Esporte News Mundo
·02 de dezembro de 2022
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Atual técnico da seleção de Camarões, Rigobert Song foi zagueiro durante sua carreira como jogador e participou de quatro Copas do Mundo com a camisa dos Leões Indomáveis (1994, 1998, 2002 e 2010). Em seu primeiro Mundial, Song tinha 17 anos e enfrentou o Brasil na primeira fase do torneio disputado nos Estados Unidos com a Seleção Brasileira campeã pela quarta vez. No duelo da primeira fase, o então defensor deu um carrinho em Bebeto e foi expulso. Com o cartão vermelho recebido na edição de 1998, Song é o jogador com mais cartões vermelhos recebidos na história das Copas ao lado de Zinédine Zidane, expulso em 1998 e 2006. Questionado na entrevista coletiva na véspera do duelo diante dos brasileiros, o treinador falou das lições aprendidas na ocasião e como isso impacta nas instruções aos seus comandados.
“São lembranças e o sonho de toda criança é ser jogador e encarar o Brasil. Em 1994, eu tinha 17 anos e fui titular contra eles, que já eram os melhores. Tive a oportunidade de enfrentar diversos jogadores e fiz o que eu podia na partida. Tentei me impor da minha forma. Recebi o cartão vermelho e isso me ensinou a ter mais maturidade. É isso que tento transmitir aos meus jogadores, para que eles não sejam expulsos. O futebol evoluiu muito e a mensagem que transmito é de que precisam lutar e se esforçar em todos os sentidos, ainda mais o psicológico.”
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Camarões não depende apenas das próprias forças para se classificar. Além de vencer o Brasil, precisa torcer para que a Suíça não vença a Sérvia. Em caso de empate no outro confronto, os critérios de desempate irão definir o segundo classificado do Grupo G. Se os sérvios vencerem, a vitória dos Leões Indomáveis precisa ser com placar igual ou superior para manter o saldo de gols favorável. Com esse cenário, o comandante camaronês deixou bem claro que não espera jogo fácil pelo fato de a Seleção Brasileira estar classificada e realizar modificações no time, mas também acredita no potencial de seu grupo para buscar o que necessita para avançar.
“Conhecemos muito bem o time do Brasil e as dificuldades. É certo que eles têm a vantagem de estar classificados. Não queremos pensar em como eles vão nos atacar, mas em como nós vamos atacar. Não me interessa o que eles vão fazer e nos preparamos para jogar uma partida digna. É como uma final. Vai ser um jogo muito importante e faremos de tudo para vencer e ver o que vai acontecer.”
Rigobert Song usou o exemplo de uma seleção do mesmo continente para mostrar que existem e são reais as possibilidades de Camarões vencer o Brasil. A vitória da Tunísia sobre a França por 1 a 0 na última quarta-feira (30) deu mais ânimo e trouxe a lição de que não há time imbatível, além do técnico ter relembrado a vitória simples dos africanos sobre os brasileiros na Copa das Confederações de 2003.
Saiba mais sobre o veículo“Todo mundo precisa ter jogadores em campo, não importa se são reservas ou titulares. Se estão aqui é porque têm a capacidade de jogar. Eu preciso me concentrar no que fazer para livrar a minha seleção das dificuldades. Vimos que a França teve dificuldades e podemos pensar que será igual. Faremos de tudo pelos três pontos. Camarões já venceu o Brasil antes. É algo que não está perdido e temos que pensar. Não podemos tirar os nossos olhos da bola. O Brasil tem um time incrível, mas, no futebol, há realidades diferentes e as zebras acontecem às vezes. Por isso, estou convicto do que podemos fazer e isso me motiva.”