Retrospectiva: os melhores momentos do Palmeiras em 2020 | OneFootball

Depois de aproximadamente 87 meses, 2020 – finalmente – acaba. Para o palmeirense, além de tudo o que estava acontecendo fora de campo, foi um tempo de superação e firmação do amor pelo Palmeiras.

O time, apesar de ter ganhado o Paulistão contra o maior rival, não jogou bem a maior parte da temporada. A diretoria insistiu tempo demais no trabalho pragmático de Luxemburgo à frente da equipe, que não mostrava sinais de evolução.

Porém, calma. Tudo passou e o Verdão hoje está em outra. O ano de 2020 já foi difícil demais para lembrarmos os momentos ruins. Vamos focar aqui no que aconteceu de bom. Por isso, o OneFootball lembra os melhores momentos do Palmeiras em 2020, dentro e fora de campo.

Manutenção dos empregos e salários dos funcionários

No início da pandemia de Covid-19 no Brasil, o futebol parou. Foram meses sem jogos, sem entrada de dinheiro, mas com contas chegando. Enquanto a maioria dos clubes no país anunciava demissões em massa e redução (senão atraso total) nos salários, o Palmeiras foi exemplo.

Enquanto os maiores rivais cortaram o salário dos funcionários em 70% (caso do Corinthians), ou demitiram, como o Flamengo, que dispensou 62 funcionários durante a pausa do futebol, o Palmeiras não demitiu ninguém. O elenco concordou com uma redução de 25% de seu salário para que os funcionários do clube (que têm salários muito inferiores aos dos atletas) continuassem com seus vencimentos de forma integral.

Gestão de crise exemplar no Palmeiras e um dos melhores momentos do clube no ano.

Campeão contra o maior rival

Beleza, foi o “Paulistinha” e com o time jogando mal, mas foi contra o maior rival. Se o campeonato estadual tem cada vez menos importância no futebol brasileiro, o Paulistão de 2020 para o Palmeiras é um pouco diferente.

Foi um título que reafirmou a importância da base para os planos do Verdão, com Gabriel Menino e Patrick de Paula sendo fundamentais na campanha. Além disso quebrou uma marca negativa do time alviverde contra o rival em finais de Campeonato Paulista.

Campanha histórica na Libertadores

O Verdão está na semifinal da Liberadores. E, apesar do que muitos podem dizer sobre “sorte no sorteio”, o números indicam outra coisa. Mais do que a melhor campanha na atual edição do campeonato, invicto, com oito vitórias e dois empates (86,7% de aproveitamento), o Palmeiras tem a segunda melhor campanha da história da Libertadores. Melhor do que o Verdão, só o América-MEX em 2002, que teve nove vitórias e um empate até a semifinal.

Quer mais motivos para celebrar a atual campanha? Com 29 gols marcados, o Palmeiras tem o melhor ataque da competição em uma temporada, deixando para trás o Corinthians de 2000, o Santos de 2003 e o Atlético-MG de 2013, cada um com 25 gols.

Os números jogando em casa são ainda mais impressionantes: cinco vitórias em cinco jogos, com média inacreditável de 4,2 gols marcados por partida e mísero 0,2 gol sofrido por jogo no Allianz.

Se o Palmeiras repetir os resultados da semifinal de 1999, contra o River Plate – derrota de 1 x 0 na Argentina e vitória por 3 x 0 em São Paulo -, estará na final.

Chegada de Abel e ascensão do Verdão

A contratação de Abel Ferreira foi, de primeira, vista com desconfiança. Um treinador desconhecido, no início de carreira, era mais uma aposta do que um nome “de peso”. Após uma série de recusas de outros treinadores de melhor aceitação no futebol brasileiro, como Gabriel Heinze e Miguel Angel Ramírez, Abel aceitou o cargo.

O casamento deu certo. Com o jovem português à frente da equipa, o Palmeiras cresceu dentro de campo e reconquistou sua torcida, que já tinha desistido de acompanhar o time em 2020. Em pouco mais de um mês de trabalho, Abel Ferreira soma números interessantes e que animam o torcedor: nove vitórias, três empates e apenas duas derrotas (uma delas com mais de 20 desfalques por Covid-19).

Olhando para o desempenho dentro de campo, outro motivo para a animação palmeirense. O futebol bem jogado do time está representado também nos números: são, em média, 2,23 gols feitos por partida e apenas 0,53 gol tomado. Por comparação, com Luxa as médias eram de 1,42 e 0,73, respectivamente.