Resumo de uma entrevista incrível e inesquecível do Suárez

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JB Filho Repórter

·04 de dezembro de 2023

Resumo de uma entrevista incrível e inesquecível do Suárez

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Resumo do que disse Suárez na coletiva de despedida:

Se surpreendeu com o carinho que recebeu no Rio Grande do Sul. Não é nada fácil tomar uma decisão assim. Não é fácil voltar a mudar. Para sua mulher, para seus filhos, que tiveram carinho com as pessoas aqui. Mas tem que pensar neles, em poder desfrutar da vida.
Sempre vai agradecer porque não é fácil apostar em um jogador com 36 anos, que não se sabe como vai estar. Foi um desafio lindo que tomou na carreira. Por isso que tomou a decisão de vir pro Grêmio, porque era um desafio que muitos duvidavam. Porque estava velho, gordo e seu joelho…
Se dedicou 150% ao clube. Mesmo depois de tomar a decisão de sair em julho, seu comprometimento com o clube foi máximo.
O torcedor tem que pensar que, no ano que vem, o Grêmio vai pra Libertadores, que é onde sempre tem que estar e desfrutar.
A temporada marca que, mesmo com quase 37 anos, foi o ano que mais jogou na carreira. Isso diz muito.
Ele conhecia o Renato por nome quem ele foi como jogador e era como treinador. O Arrascaeta lhe disse como ele era e, no dia a dia, conseguiu confirmar que ele é um treinador muito próximo aos jogadores, que gosta de dar confiança, de trabalhar sério.
Entre as histórias que vai lembrar do Renato, foi de um dia que estava treinando faltas e perguntou pro Renato se ele batia faltas. E o Renato respondeu perguntando se ele não tinha visto nenhum gol dele. Suárez disse que nunca tinha visto. Então, Renato emendou de cara: “Depois te mostro o meu DVD”.
Queria disputar a Libertadores, mas a dor que sente no corpo no dia a dia é muita. Tem que pensar no Suárez ser humano. Tem uma carreira muito larga e conquistou o direito de decidir e dizer basta. Precisa desfrutar dos seus filhos e da sua mulher.
Agora, será um gremista mais torcendo para o Grêmio.
Não tem presa para falar do seu novo destino. Agora, quer descansar com seus filhos. Faz 11 meses que está aqui e seus filhos tiveram um mês e meio de férias, mas ficaram aqui o apoiando. É hora de pensar neles.
Até seu filho, de cinco anos, hoje cantava “Fica Suárez”.
Para ele era fácil ficar outro ano sabendo que poderia jogar um, dois ou três partidas no mês. As pessoas no clube diziam que ele poderia ficar e jogar apenas as partidas que quisesse, mas ele não é assim. Não pode mentir. É um profissional 24h, não pode enganar a gente.
Muita gente falou, mas quem sabe a realidade sobre suas dores são os três médicos e os quatro fisioterapeutas que estão com ele no dia a dia. Eles sabem do esforço que fez para ver o Grêmio voltar pra Libertadores.
A partida contra o Corinthians, se tivesse ganhado, chegaria até o final com possibilidades.
Toda manhã, sua mulher lhe pergunta se está bem porque sempre acorda mancando. É muito difícil, mas é muito cabeça dura e quer seguir jogando futebol.
Não sabe o que vai acontecer. Precisa descansar, desfrutar e pensar bem no que vai fazer. Não é fácil dizer basta. Jogador de futebol não está preparado para se aposentar. Terminou o Mundial do ano passado e pensou que tinha acabado sua etapa na seleção. E, por ser cabeça dura, voltou a jogar pela seleção. Ele é assim, é cabeça dura.
Deu a entender que joga na quarta e entra em férias. Que é só isso que pensa.