Responsável por suceder Buffon, Szczesny foi o paredão que permitiu a vitória da Polônia | OneFootball

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Trivela

·26 de novembro de 2022

Responsável por suceder Buffon, Szczesny foi o paredão que permitiu a vitória da Polônia

Imagem do artigo:Responsável por suceder Buffon, Szczesny foi o paredão que permitiu a vitória da Polônia

A Juventus não tem sido um primor de organização e planejamento, mas pelo menos tomou uma decisão correta: começou a preparar a sucessão de Gianluigi Buffon antes que ele começasse a decair. Era de se esperar que apostasse em algum nome badalado e caro para a tão difícil missão de substituir uma lenda. E até tentou, com o jovem Gianluigi Donnarumma, que acabou renovando com o Milan, mas o fardo caiu nas costas de Wojciech Szczesny, o paredão que permitiu que a Polônia vencesse a Arábia Saudita neste sábado.

Szczesny chegou às categorias de base do Arsenal ainda muito jovem. Teve a sua oportunidade no norte de Londres, com três temporadas como titular, mas nunca convenceu. Perdeu espaço para David Ospina, em 2014/15, e quando Petr Cech de repente apareceu no Emirates, decidiu que precisava sair. Na Roma, recuperou a sua confiança e cresceu para ser um dos melhores goleiros da Serie A. Continuou impressionando na segunda temporada, mesmo com a sombra do brasileiro Alisson, e chamou a atenção dos, digamos, especialistas.


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“Sczcesny teve uma grande temporada pela Roma. Ele provavelmente foi o melhor goleiro da Serie A em termos de consistência e defesas feitas”, disse Buffon, na época. “Acho que é um casamento inteligente entre o clube mais forte e o melhor goleiro da última temporada. Eu acho que ele realmente fez a melhor escola para o presente e para o futuro. Estou certo que nunca se arrependerá. Quando você vem à Juventus, especialmente se não estava acostumado a vencer, logo entenderá a diferença”.

Ao ser contratado, em julho de 2017, Szczesny estava ansioso para trabalhar e aprender com Buffon. Chegou ainda como reserva, mas fez 21 jogos, 17 na Serie A. Sabendo que deixaria a meta da Juventus em boas luvas, Buffon saiu para o Paris Saint-Germain, em busca do inédito título da Champions League, mas acabou voltando um ano depois. Retornou em outra situação, como veterano, para “devolver e não para tirar”, com Szczesny estabelecido como titular e camisa 1. O polonês ganhou mais dois anos para aprender com o ídolo e seguiu como a principal escolha.

Se não está à altura de Buffon, também não aparece nem entre os dez principais problemas de uma Juventus que perdeu o rumo. Na seleção polonesa, teve que brigar pelo seu espaço. Estreou em 2009, mas passou a ser mais utilizado dois anos depois. Teve a concorrência de Artur Boruc e do contemporâneo Lukasz Fabianski, à frente na Eurocopa de 2016. Foi titular nas duas primeiras rodadas da Copa do Mundo da Rússia, mas abriu espaço ao colega na terceira. Disputou todos os minutos da última Eurocopa.

Quase falhou na estreia contra o México, e ainda teve que fazer uma grande defesa em um desvio à queima-roupa após uma bomba de longe de Edson Álvarez. A importância neste sábado foi muito maior. Começou aos 13 minutos, espalmando uma batida muito forte de Mohamed Kanno. Depois de Zielinski abrir o placar, a Arábia Saudita teve um pênalti a seu favor. Salem Al-Dawsari, craque saudita e herói da vitória sobre a Argentina, parou nas mãos de Szczesny. No rebote, à queima-roupa, Mohammed Al-Burayk tinha certeza que marcaria. Szczesny defendeu com a ponta dos dedos. No segundo tempo, frustrou novamente Al-Dawsari, que recebeu a sobra com liberdade na pequena área.

A vitória deixa a Polônia com chances de passar às oitavas de final. Também foi o jogo em que Robert Lewandowski marcou seu primeiro gol em Copas do Mundo. Mas o jogador mais decisivo em campo foi Szczesny, principal responsável por evitar que a Arábia Saudita alcançasse mais um resultado enorme no Catar.

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