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·03 de novembro de 2022

Representação criminal: benemérito do Flamengo aciona Justiça comum contra diretora Ângela Landim

Imagem do artigo:Representação criminal: benemérito do Flamengo aciona Justiça comum contra diretora Ângela Landim

Ângela Rollemberg Santana Landim Machado é acusada de discriminação contra nordestinos


O Flamengo vive a festa dos títulos de Copa do Brasil e Libertadores quando o assunto é elenco. Nos bastidores, porém, a diretora Ângela Rollemberg Santana Landim Machado, responsável pela pasta de Responsabilidade Social, gerou grande polêmica. Agora, além de um pedido de destituição do clube, há também uma representação criminal contra a diretora, que é esposa do presidente Rodolfo Landim.

A representação criminal feita por Siro Darlan de Oliveira, benemérito do Flamengo, é por conta de publicação da diretora em relação à eleição presidencial. Através do Instagram, Ângela publicou a seguinte frase: “Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias, bora trabalhar porque se o gado morrer o carrapato passa fome”. A postagem é uma suposta alusão ao Nordeste após o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter vencido Jair Bolsonaro (PL), no último domingo (30), para o cargo de Presidente do Brasil.


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Devido à frase publicada por Ângela, Siro Darlan apresentou a representação criminal alegando que a diretora do Flamengo propagou mensagem “de cunho depreciativo”, com “conduta preconceituosa” contra o povo nordestino ao comparar as pessoas da região a um “carrapato que passará fome se o gado morrer”.



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VEJA TRECHO DA REPRESENTAÇÃO CRIMINAL:

“Assim, confirmado os fatos ora noticiados perante Vossa Senhoria, verifica-se desde logo que se amoldam ao crime de racismo. Afinal, a conduta da Requerida não se consubstanciou em propagar publicações eletrônicas nas redes sociais de cunho depreciativo contra vítima determinada em razão de sua procedência nacional, mas com o intuito de ofender diretamente a honra subjetiva, em verdade, consistiu em conduta preconceituosa, visto que promoveu fato ofensivo contra o povo nordestino, comparando como um ‘carrapato que passará fome se o gado morrer’.

Cuida-se, pois, de delito de ódio, que fere a dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (CF, art. 1º, III), e viola um dos objetivos fundamentais (CF, art. 3º, IV), que é o de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

RESPOSTA DE RODOLFO LANDIM

Siro Darlan pede à Justiça comum que Ângela seja intimada e que o sigilo do celular seja quebrado, além, também, da criação de um inquérito sobre o caso. Vale mencionar que a diretora de Responsabilidade Social do Flamengo ainda não se pronunciou sobre o caso. Em contrapartida, o presidente do Fla e esposo da envolvida, Rodolfo Landim, disse o seguinte na última quarta-feira (03):

É óbvio que isso deixa ela (Ângela) muito chateada por algo que ela tenha feito. Isso foi quase um desabafo, por ver a terra que ela tanto ama, ela achar que não vai ter nos próximos anos o destino que ela gostaria que tivesse. Ela tem o direito de se posicionar […] De forma distorcida no próprio Instagram dela, ela repostou uma mensagem que ela recebeu. Foi isso que aconteceu. Ângela é uma pessoa extremamente religiosa. Ela é católica praticante, fervorosa. É uma pessoa que adora as pessoas. Dentro do Flamengo, ela é uma verdadeira unanimidade — disse Rodolfo Landim, em entrevista ao Canal do Benja.

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