Jogada10
·09 de abril de 2025
Renato Paiva valoriza atuação do Botafogo e dedica vitória a Manga

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·09 de abril de 2025
O técnico Renato Paiva valorizou a vitória suada do Botafogo sobre o Carabobo (VEN), no Nilton Santos, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. Apesar do esforço maior do que o esperado, o treinador elogiou o sistema defensivo e dedicou o triunfo ao ex-goleiro Manga, falecido nesta terça-feira (8).
“Não tivemos paciência na primeira parte, mas geramos oportunidade de gol. Depois, corrigimos essa situação sem sermos passivos. As vezes, se confunde paciência com passividade, não foi isso que aconteceu. Acabamos abrindo o adversário. Quanto mais fomos conseguindo, mais eles foram recuando. Temos que ter cuidado para não cair na tentação dos cruzamentos. Estou muito orgulho do que os meus jogadores porque eles não perderem o plano de jogo, de como desmontar um bloco (baixo) tão difícil”, disse Paiva.
O português também destacou que pediu paciência ao time para buscar o caminho das redes sem mostrar desespero. Ele, aliás, disse estar orgulhoso do setor de ataque.
“Quero ressaltar a parte ofensiva da minha equipe. Não é fácil de jogar contra este tipo de defesa. Não estou atacando meu colega, tem todo direito de fazer. É nossa obrigação de ir ali como martelo. Hoje o mérito da equipe foi zero desespero. O primeiro tempo não foi bom, não houve paciência em circular a bola. As melhores chances foi circulando a bola do Ponte ao Telles”, disse antes de complementar.
“No segundo tempo, corrigimos. Pedimos, aliás, paciência sem ser passivo. Porque a circulação estava lenta. Paciência com a bola circulando rápido, aos extremos e abrimos a equipe adversária e foram recuando. Quando você (jornalista) falou do Estudiantes, em termos individuais, é muito melhor equipe. Muito orgulhoso com meus jogadores, não perderam o rumo do nosso trabalho”, complementou.
Críticas e cruzamentos: “Em relação aos jogadores que a torcida e a mídia criticam, têm todo o direito. Querem espetáculo. Eu tenho uma vantagem porque estou no dia a dia e sei o que podem dar. Tem a razão e a paixão. Isso tem a ver com o conhecimento que temos. Por exemplo, um bloco fechado perto da área, que se você não mexe, vai entrar num cansaço físico e mental. Por isso que trocamos os laterais. O Marlon tem muitos jogos, e o Patrick carrega a bola um pouco mais. O torcedor quer ganhar e ver um grande espetáculo. Mas se perguntar se prefere ganhar mesmo sem jogar bem eles vão querer”.
Linha de fundo: “Porque no momento do gol o Rwan iria entrar para jogar junto com o Mastriani. Iríamos jogar com dois jogadores na ponta para cruzar, com Patrick e Savarino pelo meio. Risco total e máximo, tínhamos que ganhar. Quando fizemos o gol troquei homem por homem, o adversário deu espaços”.
Savarino: “Parece que joga com um drone na cabeça e vê coisas que mais ninguém vê. Tirar jogadores criativos da zona de criação para puxar para trás para a zona de construção perde imaginação e criatividade na zona de criação. Se pedir para ele voltar e buscar o jogo, pode perder a paciência. O Savarino, na zona onde é especialista, vai receber em algum momento onde é especialista. Eu prefiro que o Savarino fique na zona de criação, que o Igor e o Mastriani fiquem na zona de finalização e que os outros façam a bola chegar até eles. Ele foi paciente.”
Apoio da torcida: “A torcida tem direito de se manifestar. A torcida pode até ter vaiado o Santi, mas o que fizeram em 90 minutos foi fantástico. Não estou puxando saco. Meu assistente precisava falar quase ao ouvido porque não escutava. Isso é importante. Agradeço de coração aos torcedores que apoiam durante 90 minutos, incondicionalmente”.