Renato Gaúcho conta que tentou alertar Rogério Ceni sobre erro no São Paulo | OneFootball

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Rivais nesta quinta-feira (28), dia do primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil entre Bahia e Fluminense, Renato Gaúcho e Rogério Ceni têm histórias até certo ponto parecidas no futebol: carreiras brilhantes dentro de campo, protagonistas em alguns dos momentos mais importantes da história dos clubes em que atuaram e com sucesso também como treinador, com títulos importantes e ótimos resultados.

Embora nunca tenham trabalhado juntos – já que Renato, que chegou a ser apresentado como jogador do São Paulo, mas acabou desistindo do acordo –, eles têm uma boa relação, a ponto do atual comandante do Fluminense ter dado uma dica para o técnico do Bahia no passado. Ou pelo menos tentado.

Na época treinador do Grêmio, Renato disse, durante uma entrevista coletiva em 2017, que fez uma ligação para o colega depois da queda do São Paulo para o Defensa y Justicia, pela CONMEBOL Sul-Americana, no Morumbis. A intenção era dar apoio e alertar sobre os riscos da escolha feita por Ceni, ao iniciar a carreira justamente no clube em que é ídolo.

“Uns dois meses atrás, quando o São Paulo foi eliminado de uma competição, até tentei falar com o Rogério. Não atendeu, não conhecia meu número. Queria ter conversado, não consegui”, falou Renato.

Para o treinador gremista, Ceni errou ao assumir logo de cara o São Paulo, sem passar antes por um período de aprendizado em clubes menores ou como auxiliar, e usou a própria trajetória como exemplo. Ex-jogador do Grêmio, só voltou ao clube para ser técnico quase uma década após iniciar a carreira na beira do gramado. Antes, rodou por equipes menores, como o Madureira, no Campeonato Carioca.

“Na minha opinião, o maior erro dele foi ter começado como treinador no São Paulo. Ele foi um goleiro espetacular, um dos maiores que vi. Mas ele tinha duas opções: começar em um clube médio ou pequeno. Todo mundo erra e você só aprende errando. E nesse clube, poderia errar sem tanta cobrança”, falou Renato.

“É difícil parar de jogar e seis meses depois começar no clube onde sempre jogou, sempre foi ídolo. Ou, outra opção, era trabalhar com treinadores sendo auxiliar técnico no São Paulo. Ir amadurecendo ideias dele. Nisso ele pecou muito e infelizmente, no Brasil, você precisa dar resultados”.

Além da análise, o treinador fez questão de deixar claro que não havia intenção de atacar o ex-goleiro, mas sim de aconselhar: “Desejo toda sorte do mundo a ele. Espero que não fique bravo com meu comentário, porque é de coração. Ele vai ter uma nova oportunidade. Mas acho importante dar um tempo para a cabeça e depois recomeçar”. Por: ESPN