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·23 de novembro de 2020

Remendado, Flu conquistou os três pontos na “dentada” – time apresenta dificuldade, mas superação é a tônica

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O Fluminense iniciou a preparação para o jogo contra o Inter com uma formação e mudou. Passou a treinar com outra então… e mudou de novo. E foi assim, sem seis de seus titulares (Fred, Julião, Nino, Michel Araújo e Hudson – além do afastamento de Dodi, e com Fernando Pacheco e Egídio afastados por covid), que o Flu entrou em campo contra o Inter. E essas alterações forçadas mais trouxeram problemas do que soluções. Talvez a exceção tenha ficado por conta de Calegari, que entrou e provou por “A + B” que não pode ser banco para Julião no time.

E com tantas alterações em campo, o time demorou até conseguir criar algo no jogo. No primeiro tempo, o Inter foi dono da situação. Não à toa, chegaram ao primeiro gol – após nova falha de Muriel, que rebateu para frente uma bola. Na sequência, uma saída de bola atrapalhada, Barcelos falha na jogada, e mais um gol deles. A sorte foi que a bola explodiu no braço de Galhardo, e o gol foi anulado.


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Já o Flu mostrava, mais uma vez, dois velhos conhecidos da torcida: a lentidão na transição defesa-meio-ataque e falta de criatividade. Nene não conseguia fazer o time fluir, e os passes voltavam do meio para defesa, que despachava a bola. Não se tinha aquele passe para frente, buscando a velocidade e agilidade. O único lampejo da equipe, ainda no primeiro tempo, foi a boa jogada de Wellington Silva que, num contra-ataque, conseguiu cortar para o meio, mas o chute saiu em cima da zaga colorada.

Para piorar, o Flu ainda perdeu Yago, que deixou o campo com fortes dores no joelho, no inicio do segundo tempo, para a entrada de André. É bem verdade que Yago, se não fazia uma grande apresentação, jogando mais na contenção dessa vez, lutava muito e buscava ser a válvula de escape do time. Mesmo com dificuldades de  se apresentar tanto na frente. E André, jovem promissor da base, ainda não tem a característica de chegada na área adversária, mas entrou e ajudou muito na marcação. Mais um problema para o treinador, que começou a pensar nas mudanças no time.

Marcos Paulo, que entrou como opção na frente, esteve fora do jogo – sobretudo no primeiro tempo, deixava muito a desejar. Lucca, outro que ganhou oportunidade, mostrou muita vontade, mas sem ter muito o que fazer, sem a bola chegar. Ter deixado Luiz Henrique no banco, na largada, já deixou muitos tricolores de cabelo em pé. Ele poderia, perfeitamente, ter feito a ala direita, centralizando o Lucca e com o Wellington Silva na ala canhota do ataque. Odair, a partir do início do segundo tempo, já começava a mexer no time.

E quando preparava a primeira substituição dupla (entrariam Felippe Cardoso e Luiz Henrique) Lucca, que seria um dos substituídos, cobrou o escanteio e anotou um gol olímpico no Beira Rio. Olha o gol de bola parada que o Flu sempre anota – e que o Inter sempre sofre. Odair, então segura as alterações. Com isso, viu o jogo se tornar ataque contra defesa. O Inter, no popular, “amassava” o Flu em seu campo que, por sua vez, não conseguia construir um contra-ataque. Chegaram até a marcar outro gol, mas novamente anulado, desta vez por impedimento. Aos 20, Luiz Henrique entrou no lugar de Lucca. A intenção do treinador era ganhar mais força e velocidade nos contra-ataques. Pouco surtiu efeito.

Com um jogo complicado, pelas limitações evidentes do Flu, Odair voltou a mexer. Desta vez tirou Nene para a entrada de Caio Paulista, e Lucca deu lugar a Felippe Cardoso. Mesmo com uma atuação apagada, o treinador bancou a permanência de Marcos Paulo no jogo. E a escolha se mostrou eficaz, pelo passe que MP deu no segundo gol anotado por Caio Paulista e pela nova cara que a equipe teve, quando ele passou a fazer o papel do “camisa 10” do time. E talvez esses “lampejos” de Marcos Paulo possam ser mais constantes, se ele for deslocado para essa função em campo, jogado de forma mais centralizada, distribuindo o jogo por ali.

Com todas as dificuldades envolvendo o jogo, desfalques e afastamento do Dodi, Odair montou um time que lutou muito. Mostrou desorganização em muitos momentos do jogo, mas mostrou muito mais superação. Talvez seja essa a tônica da partida. O Flu não fugiu de seus problemas, encarou o Inter sem medo de ganhar, e lutou muito. A vitória, mesmo com uma atuação sem tanto brilho, vale. E muito. Pela entrega e pela disposição em campo. Pela união deste grupo – que vimos nas comemorações. E pela superação. De novo. Superação.

O Flu retorna ao G6, ultrapassa mais uma vez, Palmeiras, Santos e Grêmio. Está a quatro pontos apenas do atual líder (Atlético-MG) e bem longe da zona maldita. Libertadores? Qualquer dia “tamo” aí… Título? Eu ainda acredito.

E vocês? Não?

ST

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