AVANTE MEU TRICOLOR
·20 de junho de 2025
RELEMBRE OS SETE ARGENTINOS QUE JÁ TREINARAM O SÃO PAULO NA HISTÓRIA

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·20 de junho de 2025
Crespo está de volta ao Tricolor: mais um argentino (Rubens Chiri/SPFC)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
Hernán Crespo está de volta ao São Paulo. Campeão paulista em 2021, ele foi anunciado oficialmente como o substituto de Luis Zubeldía, seu compatriota.
Com isso, o número de argentinos comandando o Tricolor ao longo da história se mantém em sete.
Tal qual como entre os jogadores, nenhum outro país forneceu tantos treinadores ao São Paulo. O país vizinho lidera com folga a lista, seguido pelo Uruguai, com quatro técnicos ao longo da história. A lista ainda tem dois húngaros, e um representante cada ainda de Portugal, Chile e Colômbia.
Ao longo dos oito meses que passou no Morumbi, Crespo dirigiu a equipe em 53 partidas, com 24 vitórias, 19 empates e dez derrotas, resultando em um aproveitamento de 57% dos pontos. O time ainda foi comandado em outros quatro jogos pelo auxiliar Juan Branda, também argentino, quando o técnico se recuperava de Covid-19.
A seguir, vamos listar todos os técnicos argentinos da história do São Paulo. Confira abaixo quem eles foram e suas histórias.
Uma rápida pesquisa na internet entrega a 'marmelada': Rodrigues é creditado como nascendo no Brasil. De fato, se naturalizou brasileiro, abrasileirando também o nome. Era radicado no país desde a adolescência e foi funcionário do departamento de futebol profissional do São Paulo, assumindo interinamente em 1938. Em oito partidas, registrou três vitórias, um empate, quatro derrotas e 41,67% de aproveitamento. A foto que ilustra a matéria (ele é o cidadão à direita) é de mais de 20 anos depois, quando já trabalhava na Federação Paulista de Futebol, segundo o portal do jornalista Milton Neves. Uma curiosidade: um de seus filhos, homônimo, foi árbitro entre os anos 1970 e 1990.
Alejandro Galan de batismo, López desembarcou no Brasil aos 17 anos, em 1929, para lutar boxe (!). Mudou de nome quando precisou alterar a idade com documentos falsos para poder trabalhar no país. Descoberta a farsa, decidiu manter o nome que lhe deu fama em território brasileiro. Nas noites paulistanas, conheceu o uruguaio Ramón Platero (que passara pelo São Paulo em 1930), se tornou próximo dele e quando explodiu a Revolução Constitucionalista de 1932, com a paralisação de todos os outros esportes, foi trabalhar com o amigo como preparador físico, depois virando treinador. Chegou ao Tricolor em 1953, após passagens sólidas pelos rivais Palmeiras e Portuguesa, conquistando o Paulistão daquele ano. Teria uma segunda chance no clube do Morumbi em 1965, quando retornou às terras brasileiras após relativo sucesso em seu país, mas que ficou marcado por uma tragédia, a morte de seu filho, baleado em uma briga de bar. No total, foram 111 jogos, com 70 vitórias, 19 empates, 22 derrotas e 68,77% de aproveitamento.
Zagueiro classudo, desembarcou no Brasil em 1940, aos 27 anos, para jogar no carioca Bonsucesso. E a partir daí fixou residência no país. Atuou pelo São Paulo jogando entre 1944 e 1949, contratado junto ao Fluminense, conquistando três títulos paulistas (1945, 1946 e 1948). Quando pendurou as chuteiras, chegou a ser técnico das categorias de base do Tricolor em 1950, mas logo passou a rodar, principalmente por equipes do interior. Assumiu o comando são-paulino substituindo o histórico húngaro Béla Guttmann em 1958, mas era o início do procsso de construção do Morumbi e das vacas magras, pedindo demissão no ano seguinte. Foram 56 jogos, com 33 vitórias, 14 empates, nove derrotas e 67,26% de aproveitamento.
Dispensa maiores apresentações. Primeiro caso de jogador considerado símbolo do São Paulo, foi durante muito tempo recordista de jogos disputados pelo clube (até Rogério Ceni dinamitar seus recordes). José Poy precisava de uma matéria apenas para ele tamanha a sua grandeza para o Tricolor. Em cinco passagens como treinador são-paulino entre 1964 e 1983 teve 422 jogos ao todo, com 213 vitórias, 129 empates, 80 derrotas e 60,66% de aproveitamento, além de ganhar o título do Campeonato Paulista de 1975.
Ex-zagueiro, 'Pato', como era conhecido, chegou ao São Paulo em 2016, credenciado pelos dois títulos de Copa Libertadores conquistados por LDU (2008) e San Lorenzo (2014). A passagem, no entanto, foi mais curta que o esperado, já que deixou o Morumbi em agosto daquele ano, convidado para assumir a seleção argentina. Foram 48 partidas, com 17 vitórias, 13 empates, 18 derrotas e um aproveitamento de 44,44%.
Ame-o ou deixe-o. Apesar das duas boas campanhas nas Libertadores disputadas, não desempenhou como o esperado no Brasileirão, culminando na sua saída semana passada. Foram 85 partidas desde a chegada do argentino de 44 anos, em abril de 2024. No período, o time acumulou 37 vitórias, 28 empates e 20 derrotas.