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·27 de setembro de 2022

Recordes de público e premiação marcam fim da décima edição do Brasileirão Feminino Neoenergia

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A tarde de sábado foi histórica para o futebol feminino no Brasil. No dia em que terminou sua décima edição, o Brasileirão Feminino Neoenergia ganhou um belo exemplo da evolução testemunhada pela modalidade. Com recordes, grandes públicos e excelentes jogos, a final entre Corinthians e Internacional é o marco de uma competição que não para de crescer.

No jogo de ida da decisão, o Beira-Rio recebeu 36.330 torcedores e estabeleceu um novo recorde de público para um jogo feminino de clubes no Brasil. A marca só durou uma semana, porque o Corinthians reuniu 41.070 presentes na Neo Química Arena para a partida de volta, registrando também um recorde sul-americano de público.


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Fora de campo, a CBF ofereceu um aumento na premiação dos finalistas do Brasileirão Feminino Neoenergia. O campeão levou R$ 1 milhão, enquanto o vice ficou com R$ 500 mil. Os valores são cinco vezes maiores do que os oferecidos na temporada anterior. Até o final da competição, a CBF também distribuiu R$ 5 milhões aos clubes participantes.

"O futebol feminino tem que continuar crescendo. Vemos o resultado em campo, na torcida presente e fora de campo, com uma premiação cinco vezes maior, que mostra a força do futebol feminino", disse o Diretor de Competições da CBF, Julio Avellar.

A Gerente de Competições da entidade, Aline Pellegrino, também comentou a evolução dos últimos dez anos do Brasileirão Feminino Neoenergia:

"Fico muito feliz que a CBF tenha o futebol feminino como uma de suas prioridades. Premiação histórica, cinco vezes maior... Se olharmos para 2013 e vermos como estamos agora, a evolução é gigante. É daqui para frente".

Confira agora um pouco do que de melhor rolou no Brasileirão Feminino Neoenergia em 2022!

Públicos históricos

O espetáculo dentro de campo refletiu nas arquibancadas. Cada vez mais apaixonado pelo futebol feminino, o torcedor brasileiro fez história na reta final do Brasileirão Feminino Neoenergia. No primeiro jogo da final, o Inter estabeleceu um novo recorde de público para um jogo feminino entre clubes no país, com 36.330 presentes. Na volta, 41.070 corintianos estiveram na Neo Química Arena, superando a marca do Inter e firmando um novo recorde sul-americano. Ao todo, as finais somaram 77.440 torcedores nas duas partidas.

Final do Brasileirão Feminino Neoenergia quebra recorde de público do futebol feminino no país Créditos: Thais Magalhães/CBF

Inter levou 36 mil pessoas ao Beira-Rio Créditos: Cris Mattos/Staff Images Woman/CBF

Premiação recorde

A CBF decidiu aumentar a premiação para o Brasileirão Feminino Neoenergia. Neste ano, o campeão levou R$ 1 milhão e o vice ficou com R$ 500 mil, valores cinco vezes maiores do que os exercidos em 2021. Além disso, cerca de R$ 5 milhões foram distribuídos entre os 16 clubes participantes. O Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, destacou que o investimento da entidade na modalidade não vai parar de crescer.

“Para a próxima temporada, vamos melhorar a premiação das competições, fomentar o crescimento nos estados e investir na formação de toda a cadeia esportiva do feminino, com cursos e preparação de treinadores, auxiliares, executivos. O papel da CBF é dar protagonismo às mulheres, fazer o futebol crescer de uma forma orgânica e encher mais estádios por todo o país”, afirmou.

O Diretor de Competições da CBF, Julio Avellar, destacou a importância desse ttipo de investimento para fazer a roda do futebol feminino girar:

"Acredito que qualquer premiação fomenta a categoria. A CBF reconhece a importância do futebol feminino e contribui dessa forma. E irá contribuir mais, ajudando a desenvolver a modalidade".

Campeão, Corinthians levou R$ 1 milhão de premiação Créditos: Thais Magalhães/CBF

Grandes estádios

Os jogos do Brasileirão Feminino Neoenergia tem sido cada vez mais realizados nos grandes estádios de seus clubes. O Palmeiras recebeu quase todos os seus jogos no Allianz Parque. O Internacional disputou o mata-mata no Beira-Rio. São Paulo e Real Brasília mandaram jogos no Morumbi e na Arena Mané Garrincha, respectivamente. Palcos que traduzem a grandeza que o futebol feminino vai tendo no Brasil.

Beira-Rio recebeu jogos do Inter no mata-mata Créditos: Cris Mattos/Staff Images Woman/CBF

Sucesso de audiência

A disputa do Brasileirão Feminino Neoenergia contou com a transmissão de três diferentes veículos. Na TV aberta, a Bandeirantes exibiu partidas da competição. Na TV fechada, a missão ficou por conta do Sportv. E a Eleven Sports garantiu ao torcedor que pudesse assistir todos os jogos de graça.

O crescimento do futebol feminino resultou em um resultado expressivo de audiência para a Band na final deste sábado (24). Com a decisão entre Corinthians e Internacional, a TV ficou na vice-liderança na Grande São Paulo, com 3,8 pontos de audiência em média no Kantar Ibope Media, com cerca de 9,1% de share (proporção pelo número de TVs ligadas). Cada ponto equivale a 74.666 casas ou 205.755 telespectadores, e a partida chegou a ter pico de 5,8 pontos de audiência (ou seja, mais de um milhão de espectadores).

Band e Sportv transmitiram partidas do Brasileirão Feminino Neoenergia na TV Créditos: Cris Mattos/Staff Images Woman/CBF

Cobertura da imprensa aumenta

Com o crescimento do interesse dos torcedores pelo Brasileirão Feminino Neoenergia, também aumentou a presença da cobertura da imprensa. Prova disso foi o Media Day da final, realizado na véspera do segundo jogo, na Neo Química Arena, que reuniu veículos de diferentes formatos e estados para acompanhar. Os técnicos e as capitães das duas equipes estavam presentes e falaram com equipes de televisão, rádio, portais, redes sociais e jornais. Na final, as tribunas de imprensa estavam cheias para o jogo. Ao todo, 379 profissionais foram envolvidos na cobertura da partida.

Media Day atraiu interesse da imprensa na véspera da decisão Créditos: Thais Magalhães/CBF

Jogadoras de Seleção brilham no Brasileirão

Um campeonato forte precisa ter um alto nível dentro de campo. Nisso, o Brasileirão Feminino também tem crescido nitidamente. Quando conquistou a CONMEBOL Copa América, em julho deste ano, a Seleção Brasileira tinha 13 jogadoras que atuavam no Brasil, entre elas Natascha, Tamires, Luana, Adriana e Gabi Portilho, que conquistaram o Brasileirão Feminino Neoenergia no último sábado. Além disso, o Brasileirão tem revelado jogadoras para a equipe de Pia Sundhage nos últimos anos, como Lorena, Duda Sampaio, Micaelly e Jaqueline.

Adriana, campeã da Copa América e do Brasileirão Feminino Neoenergia Créditos: Thais Magalhães/CBF

Descentralização do futebol feminino

A temporada do futebol feminino no Brasil ficou marcada pela variedade de times que foram protagonistas. O ano começou com a Supercopa do Brasil, que reuniu equipes de oito federações. Em todas as divisões, estados diferentes foram representados nas decisões, prova de como o desenvolvimento da modalidade tem chegado a cantos distintos do país. Corinthians e Inter disputaram a final na elite, que ainda teve o Real Brasília chegando às quartas de final. Ceará e Athletico Paranaense fizeram a decisão do Brasileirão Feminino Binance A-2, e, na A-3, Taubaté e 3B Sport batalharam pelo título. Cinco estados diferentes representados nas finais de título brasileiro, sinal de que a descentralização é real e factível.

"É passo a passo, temos que fazer de forma sólida, concreta. Tenho certeza de que tudo que está sendo feito não voltará atrás. Estamos no caminho certo e tenho certeza que a cadeia do futebol está entendendo isso, abraçando a ideia e chegando junto", disse Aline Pellegrino.

Real Brasília foi às quartas de final pela primeira vez Créditos: Staff Images/CBF

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