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·28 de outubro de 2020

Realidade ou otimismo?

Imagem do artigo:Realidade ou otimismo?

E aí, moradores de G4!

Há muito tempo não temos essa paz, né?


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Tenho certeza de que todos vocês, assim como eu, começaram o ano prontos pra mais uma temporada emocionante brigando pra não cair. E, assim como eu, acredito que estejam se perguntando como fomos parar no G4 com esse time, técnico e tudo mais.

Então venho trazer o seguinte questionamento: a briga por uma vaga na Libertadores é nossa realidade ou apenas o desejo do mais otimista dos tricolores? E mais, estamos na briga pelo título?

Bom, não é uma pergunta respondida facilmente com um simples “sim” ou “não”, mas é muito importante ressaltar que a briga pela vaga é sim realidade, afinal é onde estamos. O que eu vou tentar destrinchar aqui são alguns fatores do nosso futuro.

É essencial destacar logo de cara que o Brasileirão é nossa única competição, tendo em vista as desastrosas eliminações na Sula e na Copa do Brasil. Dito isso, é nossa obrigação fazer uma campanha no mínimo razoável. Dos times que brigam na primeira página da tabela, Atlético MG e Fortaleza são os outros nessa mesma situação. Já Internacional, Palmeiras, Santos, Grêmio e o time da Gávea jogam a Libertadores e a Copa do Brasil, que conta também com São Paulo (vivo na Sula) e Ceará.

Isso é importante na medida em que teremos mais tempo para treinar, recuperar lesões e descansar. Sem a maratona de jogos a qual aqueles times serão submetidos, podemos obter alguma vantagem como, por exemplo, enfrentar um Internacional desfalcado na 22a rodada (22/11), já que no dia 25 jogarão contra o Boca Juniors. Além disso, as demais equipes também precisarão, provavelmente, poupar jogadores e, quem sabe, perder uns pontinhos por isso.

Claro que esse fator, por si, não é suficiente para nos colocar na briga lá em cima. Precisamos de um time regular e de um elenco forte. Sobre o primeiro ponto, é preciso dar o braço a torcer e reconhecer que há sim um lado positivo no trabalho do Odair, caso contrário estaríamos como Botafogo e Vasco. O time evoluiu desde o início da temporada e vem mostrando, ainda que lento como Hudson, sinais de que ainda está evoluindo, assim como o próprio técnico. As falhas individuais diminuíram muito com o fim da má fase do Nino, leve melhora do Muriel e por último, mas não menos importante, com a mudança de posição de Egídio, que joga onde deveria: no banco. Já é possível ver um padrão de jogo e isso se reflete na nossa colocação. Quanto ao Odair, ainda incomoda a insistência em alguns jogadores e as escolhas e momentos das substituições.

Sobre o segundo ponto, lembro a vocês que a janela de transferência se encerra no dia 9/11 e ainda não temos reforços, sem contar com o futuro indefinido do Dodi, jogador importantíssimo pro time. Nosso elenco é limitado e muito carente em algumas posições e, se temos a pretensão de brigar por algo importante, os reforços são necessários e urgentes. O Flu precisa ir ao mercado em busca dessas peças, sobretudo laterais. Se for pra subir a molecada da base, que seja feito com responsabilidade e calma, como foi feito com Luiz Henrique que, a meu ver, é um dos melhores que temos hoje.

A chegada de reforços é importante até pra que possamos nos manter nesse nível. Um time que costuma fazer um primeiro tempo intenso, costuma também cansar no segundo e cair de produção. Fundamental termos jogadores à altura para substituir sem prejudicar o futebol que jogamos – e que o nosso técnico faça uso das substituições quando isso acontecer, de preferência antes de tomar um gol.

Cabe também apontar que o início do returno não será fácil. Teremos Grêmio (C), Palmeiras (F) e Inter (F) de cara, três confrontos diretos. Não podemos nos dar ao luxo de perder pontos nesses jogos. São jogos difíceis, mas não impossíveis. É fundamental que, ganhando, procuremos ampliar o placar ou, pelo menos, conseguir segurar o resultado. Já vimos que esses pontos fazem falta lá na frente. Em seguida, Bragantino e Athletico (que joga Libertadores e CB), ambos em casa. Preciso nem dizer que é obrigação vencer, né? Esse papo de entregar pra times lá de baixo tem que acabar.

Além disso tudo, se mantivermos o bom aproveitamento em casa que tivemos no primeiro turno, boas chances de o ano acabar bem pra gente. Foram 6 vitórias, 3 empates e 1 derrota, e temos o quarto melhor ataque do campeonato. E já que estamos aqui, lembro que o Fortaleza, nosso adversário de sábado 21h, tem a melhor defesa do campeonato, embora jogue desfalcado.

À essa altura vocês devem estar se perguntando se eu não considero uma queda brusca de rendimento que nos afunde no Brasileirão. Lógico que esse medo existe, afinal o Fluminense apronta cada uma com a gente que só quem tem muita fé em Gravatinha aguenta. Tenho pra mim que ele já deve ter uma grande família de mini Gravatinhas e que eles vêm nos salvando nos últimos anos, porque o primeiro já deve estar exausto.

Então, ao final desse monólogo tento responder minimamente à minha própria pergunta: acredito sim que o G4 é possível esse ano. O torneio está claramente nivelado por baixo e precisamos aproveitar isso. O medo que mencionei antes precisa dar lugar à confiança que já tivemos em outros tempos. Brigar pelo título contudo, acho difícil.

Mas vocês já viram nossas chances de conquistar o penta? 1%…

Danem-se os idiotas da objetividade.

ST

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