Reação parcial da Fiorentina limitou a vantagem do Betis na semifinal da Conference League | OneFootball

Dos males, o menor. Pela partida de ida das semifinais da Conference League, a Fiorentina viajou até Sevilha para encarar o Betis e saiu da Espanha com uma derrota magra, por 2 a 1. Considerando o andamento do jogo no estádio Benito Villamarín, o resultado não foi dos piores para a equipe italiana, que precisará vencer o confronto de volta, no Artemio Franchi, para tentar seguir adiante na competição – um triunfo simples leva o duelo para a prorrogação e somente um sucesso por dois ou mais gols classifica a Viola diretamente à decisão.

Dono da casa, o Betis do experiente técnico Manuel Pellegrini foi a campo com seu 4-3-3 habitual, tendo como pontos de força a criação de Isco no meio-campo, o talento de Antony na ponta direita e a força de Bakambu no comando do ataque. Raffaele Palladino, por sua vez, escalou a Fiorentina no 3-5-2, optando por improvisar o lateral-esquerdo Parisi como ala destro e deixando Kean – que se viu às voltas com problemas pessoais nos últimos dias – no banco de reservas. Beltrán e Gudmundsson foram os responsáveis por liderar o setor ofensivo violeta.

O apito inicial do árbitro Michael Oliver soou e mal houve o habitual período de estudos entre os times. Logo aos 6 minutos, Bakambu recebeu lançamento, atropelou Comuzzo, avançou pelo flanco direito do ataque e só ajeitou para Ezzalzouli, sozinho na pequena área. O marroquino acabou chutando muito mal, carimbou o travessão e deu sorte, porque a bola entrou no gol da Fiorentina por muito pouco – a ponto de a tecnologia da linha do gol sequer ter sido capaz de identificar a sua ultrapassagem e o lance ter sido elucidado pelo VAR. Bem cedo, o Betis abria o placar em seus domínios.

Antony e Gosens desempenharam papéis importantes para seus times na partida (Getty)

O início de jogo da Fiorentina foi muito ruim e, aos 14 minutos, quase ficou pior: Pongracic errou um recuo fácil e permitiu que, na sequência da jogada, Isco finalizasse com perigo, à direita do gol de De Gea. Na casa dos 21, a Viola tentou reagir quando Gosens fatiou bonito para a área e Mandragora, na infiltração, cabeceou ao lado da meta de Vieites. Foi a única oportunidade dos italianos na etapa inicial.

O primeiro tempo da Fiorentina ainda teve outros problemas, como a lesão de Cataldi, que deu lugar a Adli. Dá até para dizer que os toscanos deixaram o campo satisfeitos por só estarem perdendo por 1 a 0. Afinal, o Betis só finalizou uma vez na direção do gol e, nos acréscimos, perderam oportunidade claríssima depois que Ranieri furou e a bola sobrou para Bartra – em ótimas condições, o zagueiro espanhol isolou.

Kean substituiu o sumido Beltrán no intervalo e, no primeiro minuto de bola rolando após o descanso, Gudmundsson foi deixado na cara do gol, mas parou em Vieites. Era um sinal de melhora da Fiorentina, mas o Betis respondeu de imediato: Bartra decolou e cabeceou forte, no canto, sendo negado por uma defesaça de De Gea.

Mesmo depois de ter melhorado, a Fiorentina continuou a ser subjugada pelo Betis. Antony estava apagado na peleja, mas se iluminou aos 64 minutos: costurou, cortando para o centro, e foi bloqueado em tentativa de chute da entrada da área. A bola sobrou para o próprio brasileiro na meia-lua e, sem pestanejar, ele soltou o pé, acertando o ângulo e ampliando o placar com um golaço. Em seguida, o ex-jogador do Manchester United fez boa jogada pela ponta direita e Bakambu ajeitou de letra, mas Fornals acabou recuando para De Gea.

O gol de Ranieri, no segundo tempo, manteve a Fiorentina em boas condições de seguir adiante na Conference League (Getty)

Salva pelo erro de finalização do meio-campista verdiblanco, a Fiorentina reagiu aos 73 minutos. Vivendo grande temporada, Mandragora recuou para fazer a saída de bola e mandou o capitão Ranieri partir para o ataque. Como Johnny Cardoso fazia uma boa partida na contenção e Fagioli não vivia seu melhor dia, o camisa 8 violeta quis apostar na ligação direta. Assim, descolou um belo lançamento que encontrou Gosens nas costas de Ruibal. O espanhol errou em sua movimentação e permitiu que o alemão dominasse e ajeitasse para o capitão Ranieri, que finalizou para as redes e acabou reduzindo a desvantagem dos gigliati.

Depois de diminuir o placar, a Fiorentina ainda criou uma ótima oportunidade aos 76 minutos, em cobrança de escanteio: Gosens apareceu na área e cabeceou para fora, tirando tinta da trave. O Betis se assustou um pouco com o crescimento da adversária e produziu um pouco menos, se preocupando em garantir o triunfo. Só aos 86, quando Ruibal lançou na área e Bartra testou com perigo, é que a Viola voltou a se preocupar com chegadas dos mandantes.

A Fiorentina perdeu, mas ainda tem boas condições de alcançar a sua terceira final consecutiva de Conference League – neste caso, provavelmente para enfrentar o Chelsea, que foi até a Suécia e fez 4 a 1 no Djurgarden. Para a volta, no Franchi, a Viola contará com o apoio de sua torcida e terá o retorno de Kean ao time titular, mas Palladino precisará fazer ajustes pontuais e lembrar a sua equipe de que os seus melhores momentos de futebol se dão quando ela é propositiva, o que não aconteceu no sul da Espanha.