Zerozero
·02 de novembro de 2024
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·02 de novembro de 2024
Ricardo Velho, Akturkoglu, Carreras... A noite teve bons momentos, que foram justificando a deslocação e o bilhete, mas, no geral, não foi das mais vistosas. Ainda assim, três pontos são três pontos e, graças à vitória (1-2) na décima jornada, o Benfica não desarma na perseguição ao líder Sporting.
À semelhança do encontro contra o Sporting, o Farense recebeu a equipa do Benfica no Estádio do Algarve, ao contrário do habitual: no Estádio de São Luís. Uma escolha percetível, pelo aumento das receitas, mas descaracterizada - partida que fez lembrar um duelo de pré-época, longe da verdadeira mística sentida entre os Leões de Faro.
Ambientes à parte, o Benfica, com maiores responsabilidades, entrou melhor. Di María dispôs da primeira grande ocasião, ao desperdiçar uma falha clara na primeira fase de construção algarvia. Contudo, apesar do erro, o Farense limpou a cara e procurou dividir o jogo.
Apesar das diferenças classificativas, os da casa aproveitaram as incursões de Miguel Menino pela direita para chegarem à área contrária e foi por esse corredor que o surpreendente primeiro golo nasceu.
Processos simples e eficazes. Menino lançou Pastor no corredor, que foi à linha e cruzou para o centro da pequena área. Por lá, Poveda chutou de primeira, por entre as pernas de Trubin. Estreia a marcar no campeonato e surpresa no Algarve.
Os contornos do espanto, ainda assim, foram rapidamente controlados. Pouco depois, Álvaro Carreras aproveitou uma arrancada de Kerem Aktürkoğlu pelo meio e, de rompante, apareceu pela esquerda, onde, em zona de tiro, encheu o pé para o empate.
Desde aí, dos 20 minutos, até ao momento de regressar aos balneários, o Benfica foi evidentemente superior - jogou no último terço e impediu grandes transições -, mas mostrou dificuldades para criar perigo concreto. Por isso, persistiu o empate.
O recomeço do encontro mostrou o que ambas as equipas têm de melhor: um Benfica ligado à ficha, mais dinâmico no último terço, e um Farense, com Ricardo Velho a brilhar, a apostar forte nas transições.
O golo que desfez a igualdade apareceu numa dessas demonstrações: sem tempo a perder, Di María levantou a cabeça pela direita, viu a desmarcação de Akturkoglu pelo meio, que só teve de desviar para Pavlidis, em posição privilegiada, bater Ricardo Velho.
Foi o melhor período do encontro - do intervalo ao golo -, porque daí em diante a partida decaiu. O Benfica voltou à fase em que tinha bola no meio-campo adversário, mas não feria a baliza do Farense.
Com um ou outro bocejo, uma ou outra substituição na tentativa de agitar, um ou outro cântico na tentativa de entusiasmar, a partida lá se jogou até ao fim. Só no final os Leões de Faro tentaram verdadeiramente o empate, sem sucesso - nota, no geral, para a excelente partida do Farense. No lado das águias, a cabeça já estava em Bayern, para a partida desta quarta-feira da Liga dos Campeões.