Jogada10
·15 de maio de 2022
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O lateral Rafael Ramos, do Corinthians, foi liberado pela polícia após pagar R$ 10 mil de fiança. Ele tinha sido preso após o jogo contra o Internacional, quando foi acusado de injúria racial pelo volante Edenilson. E vai responder ao inquérito em liberdade.
O jogador do Colorado disse que Rafael Ramos o chamou de “macaco”. E, embora nenhuma outra pessoa tenha testemunhado sobre o assunto, a declaração de Edenilson foi suficiente para a prisão de Rafael Ramos. O Corinthians trata o caso como “suposto racismo” e Rafael nega a acusação, enquanto Edenilson diz: “Eu sei o que ouvi”.
Rafael Ramos e Edenílson no momento do episódio em que o corintiano é acusado pelo colocado de racismo – Silvio Avila/Getty Images
O episódio ocorreu aos 33 minutos no segundo tempo, quando, após uma dividida, Edenilson fez a acusação. O jogo ficou parado até que a situação se acalmasse. O português, já naquele momento, negava a injúria racial. O jogo foi retomado e Vitor Pereira tirou Rafael de campo. Mais tarde, na coletiva, o técnico disse acreditar no lateral:
“Pela educação do Rafael, pelo que conheço dele, acho impossível ele ter um comportamento como o Edenilson diz que ele teve”, afirmou.
O vice de futebol do Colorado, Emilio Papaleo Zin, disse que Rafael Ramos procurou Edenilson para conversar no vestiário.
“Independente das declarações do outro lado, nós nos solidarizamos ao atleta e estamos apoiando Edenilson em qualquer das atitudes que ele venha a tomar”, afirmou.
A nota oficial do Inter trata o fato como racismo, independentemente de investigações que venham a ser feitas. O clube demonstrou total confiança nas palavras de Edenilson:
“Mais uma vez um lamentável caso de racismo é registrado no futebol nacional (…) O Clube do povo reitera que repudia todo e qualquer ato de preconceito e apoia o seu atleta”.
Já o Corinthians esclareceu, em sua nota, que a “prisão em flagrante” leva este nome porque a lei determina que seja assim. Mas não configura prova contra o atleta. E acrescentou:
“O atleta Rafael Ramos foi ouvido pelo clube e deu versão diferente (…) Seguro de que não proferiu injúria racial, fez questão de se explicar a Edenilson no vestiário (…) O pagamento de fiança não implica admissão de culpa, permitindo ao atleta que se defenda em liberdade no inquérito”.
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