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·23 de novembro de 2024
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O início do Cruzeiro foi desastroso. O Racing atropelou, e mesmo após certa definição no segundo tempo depois do gol de Kaio Jorge, Roger Martínez decretou, nos acréscimos, a vitória, por 3 a 1, e o título inédito da Sul-Americana da Academia.
De volta a uma final internacional após mais de três décadas, contra o mesmo rival, a equipe argentina frustrou os mineiros e, com muita justiça, se sagrou campeão da Sul-Americana. O time que chegou a falir nos anos 1990 deu a volta por cima e conquistou, 36 anos depois, um troféu internacional.
O jogo começou com um susto para os mineiros. Logo aos dois minutos, Sosa recebeu lançamento na canhota, conseguiu mandar para o meio e Adrián Martínez fez muito bem o pivô, girando para deixar Martirena na boa para mandar para a rede. Só que o VAR viu impedimento e anulou o lance depois de muita demora.
O gol anulado foi um primeiros aviso com a bola nas costas da defesa com linhas altas. Mas o Racing aproveitou, também, a pressão alta. Apertou uma saída por dentro do Cruzeiro e aproveitou erro de passe e depois um corte errado de Wallace. Martirena ficou com a bola na direita e pareceu tentar cruzar. Mas a bola encobriu Cássio e acabou no fundo da rede.
Menos intenso, disperso, sem ouvir ao que o campo falava, a equipe celeste acabou atropelada. Lembra do gol anulado? A jogada se repetiu: Salas recebeu bola longa nas costas da defesa pela canhota, avançou e mandou cruzamento rasteiro na área para Adrián Martínez, o Maravilla Martínez, empurrar para dentro. Gol do artilheiro da Sul-Americana, o jogador que já foi lixeiro, pedreiro e que só começou a carreira aos 23 anos. Superação em campo. E nas redes.
O Cruzeiro demorou quase meia hora para sair do sufoco. Conseguiu chegar na frente pela primeira vez após tabela entre Marlon e Matheus Pereira. O meia cruzou para Kaio Jorge concluir na área, mas para fora. Logo na sequência, Diniz tirou o muito vaiado Walace para a entrada de Lucas Silva.
A Raposa passou a ficar mais com a posse de bola, e conseguiu outra boa chance através de um escanteio. Villalba ficou com a sobra da bola na área e bateu de canhota, mas Arias fez a defesa sem muita dificuldade. Foi o primeiro tempo dos sonhos para o Racing. Pode-se dizer o inverso do outro lado.
Depois de uma conversa certamente dura no intervalo, o Cruzeiro voltou ao jogo com um gol no início do segundo tempo. Logo aos sete minutos, após jogada de pé em pé, Matheus Henrique tabelou com Matheus Pereira no meio, se livrou da marcação e, já na área, cruzou para Kaio Jorge. De cabeça, o atacante parou em Arias, mas no rebote conseguiu mandar para a rede e descontar.
O jogo virou ataque e contra-ataque. A Academia tinha cada vez mais espaço para avançar com Sosa, e depois também com Roger Martínez, que entrou no decorrer do segundo tempo. Sem outro remédio, o time de Diniz se abriu e foi com tudo em busca do empate.
Lautaro Díaz e o jovem Kenji, que saíram do banco, tiveram boas chances de marcar na área, mas o primeiro não conseguiu finalizar e segundo pegou muito mal na bola. O Racing manteve uma pressão alta, mas não evitou o abafa final.
Já aos 49, Salas recebeu de Roger Martínez no contra-ataque, saiu na cara do gol, mas chutou para fora. No minuto seguinte, novo contra-ataque, mas dessa vez Martínez recebeu sozinho, bateu rasteiro e venceu Cássio para garantir o título do Racing.
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