Queridinho da Copa, segundo hino de Gales mudou o país nos anos 1980 | OneFootball

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·22 de novembro de 2022

Queridinho da Copa, segundo hino de Gales mudou o país nos anos 1980

Imagem do artigo:Queridinho da Copa, segundo hino de Gales mudou o país nos anos 1980

Foram 64 anos de espera para que o País de Gales estivesse em uma Copa do Mundo novamente, para diversas gerações a esperança ressurgiu muitas décadas após o Brasil encerrar o sonho do título mundial em 1958, nas quartas de finais.

A espera valeu a pena, na segunda-feira (21), no estádio Ahmad Bin Ali, todos os torcedores de vermelho com o escudo ‘wales’ escrito no peito cantaram o segundo hino oficial à capela composto em 1983 e que se tornou um canto histórico para essa nação do Reino Unido de pouco mais de 3 milhões de habitantes. O momento repercutiu rapidamente.


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A composição de Dafydd Iwan foi escrita como uma forma de protesto ao governo de Margaret Thatcher, a dama de ferro, que governo com irredutível rigidez a todos os países que formavam o Reino Unido. A relação entre a Downing Street e o País de Gales era muito complexa, e inúmeros protestos ocorreram no país e em Londres devido a repressão política.

A música se tornou o segundo hino oficial do país, cantado a plenos pulmões pelos adeptos presentes no duelo contra os Estados Unidos. Tamanha influência dessa manifestação artística na vida dos galeses, ela foi responsável por alterar o sistema educacional de Gales, reforçando a importância de se aprender o galês.

O refrão diz: “Nós ainda estamos aqui, apesar de tudo e de todos”, e emocionou até mesmo os torcedores dos Estados Unidos e os qataris presentes na arena. Em 1993, um decreto transformou o galês em idioma oficial ao lado do inglês no País de Gales, um reconhecimento que demorou mais de um século para acontecer.

Emoção também em campo

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Photo by Ryan Pierse/Getty Images

Se nas arquibancadas o País de Gales emocionou a todos com seu hino cantado à capela, dentro de campo Neco Williams, lateral-direito do Nottingham Forest, não segurou sua emoção ao marcar o primeiro gol em 64 anos do País de Gales. Mas a emoção não foi apenas por isso.

O jogador confessou no Twitter após a partida, que o momento do gol foi algo inesperado e que a emoção transbordou os olhos devido ao momento difícil que o atleta passou na semana da estreia galesa.

Ontem recebi a notícia mais difícil que já tive que enfrentar, que foi ouvir minha mãe me dizer que meu avô faleceu na noite passada. Para ir de um dia inteiro chorando a começar um jogo de Copa do Mundo foi extremamente difícil, mas eu superei com o apoio dos meus companheiros de equipe e família. Então eu dedico esse jogo e esse importante ponto para ele“, afirmou Neco Williams no Twitter.

Neco também foi protagonista de outra situação, dessa vez envolvendo a torcida e com descontração. Um grupo de torcedores resolveu levar uma faixa escrita “Brazil had Zico, We’ve not Neco” que em português ficou “Brasil teve Zico, nós temos Neco”.

Apesar da brincadeira, Zico e Neco são de posições diferentes e com estilos de jogo muito distintos. O lateral-direito é considerado uma das maiores promessas da história do futebol galês, enquanto Arthur Antunes Coimbra é o ídolo máximo do Flamengo e um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro.

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