Quem será o novo treinador do Sporting? | OneFootball

A estrutura do futebol leonino está muito activa no mercado em busca do sucessor de José Peseiro no comando técnico do clube. O ribatejano nunca foi visto como uma solução a longo prazo por parte da actual direção do Sporting e as más exibições e os pobres resultados acabaram por precipitar a expectável demissão do treinador.

Por forma a iniciar um novo ciclo, Frederico Varandas tem em mãos o mais importante dossier da nova era sportinguista. É essencial que o novo treinador seja uma opção para os próximos anos e não uma solução de recurso até ao final da época.

Quem assumir o comando técnico dos leões terá que se comprometer com três princípios vitais da filosofia que Varandas quer impôr no Sporting: praticar um futebol atractivo, potenciar jovens da Academia e ser capaz de preparar a equipa mentalmente para poder vencer em qualquer estádio.

Será necessário tempo para recolocar o Sporting na rota das vitórias e uma mudança drástica na inércia verificada na equipa não dependerá apenas do novo treinador. Varandas sabe disso e a pequena revolução que pretende operar no futebol leonino já está em curso com as contratações de José Guilherme Chieira para o Scouting e de Francisco Tavares para liderar a Unidade de Performance Desportiva.

É possível que nos próximos meses vejamos mais mudanças e contratações para melhorar os atuais recursos humanos do Sporting, com o intuito de potenciar os atletas do clube. Mas quem irá ser o homem forte do futebol nos próximos tempos? Quem será o responsável por conferir uma identidade futebolística na equipa senior que poderá (e deverá) ser replicada nas demais equipas do clube? Estes são os nomes veiculados pela imprensa nos últimos dias.

PAULO SOUSA

Paulo Sousa é um treinador com vasta experiência internacional, com passagens por Itália, Inglaterra, Hungria, Israel, Suíça ou China. Apesar da estadia menos conseguida no Tianjin Quanjian, o antigo jogador leonino conta com vários títulos no currículo, com destaque para o facto de ter sido campeão nacional com o Maccabi Tel Aviv e com o Basileia.

O técnico admitiu recentemente o desejo de regressar a Portugal para orientar um dos grandes, mas as suas exigências financeiras poderão constituir uma força de bloqueio nas negociações.

MIGUEL CARDOSO

O técnico natural da Trofa destacou-se no ano passado ao serviço do Rio Ave pelo excelente futebol praticado e pelos bons resultados obtidos. Cardoso é um adepto do futebol de toque curto, de posse, com um ADN ofensivo, algo que encaixaria que nem uma luva no Sporting.

A recente passagem pelo Nantes não correu tão bem quanto o esperado, porque muitos dos jogadores do plantel dos canários não estavam talhados para o estilo filigrana que Cardoso pretendia impor. Caso seja a escolha de Varandas, será o regresso de Miguel Cardoso a Alvalade, uma vez que o técnico integrava a equipa de Domingos em 2011/12 como adjunto.

RUI FARIA

Rui Faria tem sido uma espécie de técnico–fantasma que tem pairado nos media sempre que um treinador é despedido de um clube de grande dimensão. Nos últimos meses foi apontado ao comando técnico de Aston Villa, Arsenal, Zenit ou até Spartak de Moscovo. Aparentemente nenhum dos projetos agradou ao antigo adjunto de José Mourinho. Será o Sporting capaz de seduzir Faria?

Apesar de ser reconhecido internacionalmente como um dos melhores adjuntos do mundo, Rui Faria é ainda uma incógnita como treinador principal. Uma eventual aposta em Faria acarreta muitos riscos, contudo, caso funcione, será certamente vista como uma manobra genial pela opinião pública.

AITOR KARANKA

Já que estamos em maré de ex-adjuntos de Mourinho, importa referir que o jornal O Jogo aponta Aitor Karanka como potencial substituto de José Peseiro. O site italiano calciomercato deu conta de conversas entre a direcção leonina e o agente do basco, com o intuito de apurar qual a disponibilidade de Karanka para abandonar o Nottingham Forest.

Uma saída do clube inglês afigura-se, no entanto, muito complicada, na medida que Karanka tem contrato com os Reds até 2020 e os ingleses apostam forte no regresso à Premier League. Uma eventual saída do treinador a meio da época poderá causar danos irreparáveis nas ambições do Forest.

PACO JÉMEZ

Em Espanha fala-se do interesse leonino em Paco Jémez, um treinador conhecido por ter uma filosofia futebolística muito atacante, por vezes apelidada de suicida. O estilo evidenciado na passagem pelo Rayo Vallecano, entre 2012 e 2016, ainda está na memória de muitos amantes do futebol. Os Franjirrojos jogavam um futebol muito atacante e espectacular, mas eram uma equipa inconsistente e muito frágil defensivamente.

Depois do Rayo, Paco Jémez passou por Granada, Cruz Azul e Las Palmas, sempre sem sucesso e com algumas polémicas pelo meio. A relação intempestiva com a imprensa seria um foco de instabilidade desnecessário num Sporting que ainda está a lamber as feridas de uma presidência anterior extremamente tóxica em termos comunicativos.