Deus me Dibre
·22 de novembro de 2024
In partnership with
Yahoo sportsDeus me Dibre
·22 de novembro de 2024
Na véspera de uma das partidas mais importantes da temporada, o técnico Fernando Diniz transmitiu confiança e gratidão ao comentar sobre a final da Copa Sul-Americana, que será disputada neste sábado (23), às 17h, no estádio Nueva Olla, no Paraguai.
O Cruzeiro enfrenta o Racing, da Argentina, em busca do segundo título internacional de sua história. Em coletiva de imprensa, Diniz abordou as expectativas para o confronto, os desafios na montagem da equipe e a identificação que construiu com o clube em pouco tempo de trabalho.
Diniz reconheceu a importância do momento e destacou o peso emocional de disputar mais uma final em sua carreira.
“A expectativa para disputar mais uma final é sempre grande. Mexe com todo mundo, e a gente se prepara de uma maneira especial. A influência externa acaba entrando, por mais que a gente filtre o que vem de fora”.
O técnico também ressaltou a qualidade do Racing, elogiando o trabalho do treinador Gustavo Costas: “O Racing é muito bem dirigido, joga bem constantemente, difícil de achar falhas. É um dos melhores times que vamos enfrentar. Se estivesse na Libertadores, teria chance clara de ir para a final.”
Questionado sobre as condições climáticas no Paraguai, Diniz admitiu que o calor pode ser um fator a ser enfrentado, mas não se mostrou preocupado: “No Brasil também faz muito calor. Tá muito quente e o calor tá para as duas equipes. No futebol, seria ideal uma temperatura mais amena, mas vamos nos adaptar.”
Mineiro de origem, Diniz revelou a conexão especial que desenvolveu com o Cruzeiro e a torcida em pouco mais de dois meses à frente da equipe.
“Todos sabem que sou mineiro. E participar da história do Cruzeiro, com um passado recente tão difícil, é uma grande honra. Todos estão se empenhando ao máximo, como o torcedor, que fez uma festa grande pra gente. Vamos jogar juntos como time e com o nosso torcedor. Quem mais merece esse título é o torcedor do Cruzeiro. Você sente mais a grandeza do clube, a história e o peso que tem.”
O técnico também destacou a emoção pessoal de estar no comando do time que marcou a infância de sua família. “Meu pai foi apaixonado pelo Cruzeiro e acompanhou o primeiro grande momento da história do clube, com Tostão e Dirceu Lopes. Isso dá um significado ainda maior para este momento”, revelou.
Entre os ajustes finais, Diniz não quis revelar sobre a grande dúvida que paiara sobre a posição de volante. Walace e Lucas Silva disputam a vaga no meio de campo da equipe titular.
“São características diferentes, mas personalidades parecidas. Estou tranquilo. Não vamos jogar com 11, vamos jogar com mais. E os dois estão empenhados em fazer o melhor jogo para o Cruzeiro amanhã.”
Apesar da fama de “La Bestia Negra” construída pelo Cruzeiro em competições sul-americanas, Diniz preferiu adotar um discurso cauteloso: “Com respeito a essa fama, a gente não leva isso para o campo. Levamos o presente. Não é o Boca, nem o Lanús… é o Racing. Respeitamos muito e estudamos o adversário para fazer o nosso melhor.”
Desde sua chegada, Fernando Diniz imprimiu sua filosofia de jogo no Cruzeiro, mas fez questão de enfatizar que o desempenho em campo é construído diariamente. “Eu trabalho sob a ótica de treinar como se fosse final todos os dias. O mais importante é estarmos cada vez mais unidos. O Cruzeiro chega bem emocionalmente e com o apoio do torcedor.”