Quem foi Roberto Dinamite, um goleador nato e lenda vascaína 💢 | OneFootball

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Luiz Signor·08 de janeiro de 2023

Quem foi Roberto Dinamite, um goleador nato e lenda vascaína 💢

Imagem do artigo:Quem foi Roberto Dinamite, um goleador nato e lenda vascaína 💢

As gerações mais novas não viram Roberto Dinamite empilhar gols contra todo e qualquer adversário no futebol brasileiro.

O maior ídolo da história do Vasco morreu neste domingo (8), aos 68 anos.


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Mas será eterno nos corações cruz-maltinos. E entre os amantes do futebol.

Dinamite começou no Esporte Clube São Bento, clube de São Bento, bairro localizado no município de Duque de Caixas, onde nasceu.

O “Calu” chegou ao Vasco em 1969. Para fazer história.

Sua estreia no time principal foi em 14 de novembro de 1971. Marcaria pela primeira vez nove dias depois, diante do Internacional.

Gol que foi uma verdadeira “explosão” segundo o Jornal dos Sports, pela maneira como ele se livrou dos rivais.

Era criado o apelido “Dinamite”. Que ele carregaria mesmo após pendurar as chuteiras.

Foi com a decisiva colaboração de Roberto (autor de 16 gols) que o Vasco conquistou seu primeiro Brasileirão em 1974.

Que o teve como melhor jogador.

Três anos depois, levantou seu primeiro Carioca (1977).


🤯 Dinamite no Fla? Quase aconteceu…

O ano de 1980 marcou uma breve separação nas histórias de Vasco e Roberto, que já tinha disputado a Copa de 1978 pela Seleção – sendo o artilheiro do Brasil na Espanha.

Foi quando ele acabou negociado com o Barcelona no meio da temporada 1979-1980 para substituir o austríaco Hans Krankl.

Estreou marcando duas vezes contra o Almería, mas não teve o mesmo espaço após o técnico que indicou a sua contratação, Joaquim Rifé, ser demitido.

Helenio Herrera voltou ao comando do time catalão. E não contava com Dinamite.

Após três gols em 11 jogos, o Barcelona topou negociá-lo. E o Flamengo entrou na disputa. O próprio Dinamite chegou a falar sobre a negociação.

O que causou grande repercussão na torcida vascaína. E motivou a ida de Eurico Miranda, então assessor especial da presidência, até a Catalunha.

O fato de o Barça não ter pago o valor acordado na venda do atacante (700 mil dólares) “facilitou” que o destino de Dinamite fosse o Vasco. E não o Rubro-Negro.

Mas com um “detalhe”.

Euriquinho, filho do ex-dirigente vascaíno, afirmaria anos depois que o pai chegou a rasgar o pré-contrato que estava assinado entre Barcelona e Flamengo.

Retorno TRIUNFAL ⭐

Dinamite reestreou contra o Náutico, atuando em Pernambuco.

Já o reencontro com a torcida do Vasco foi especial.

Ele fez todos os cinco gols do Cruz-Maltino no 5 x 2 sobre o Corinthians em 4 de maio de 1980.

Foi a primeira vez que um jogador marcou cinco vezes em um duelo reunindo gigantes na história do Brasileirão.

E ele seguiria fazendo gols e mais gols com o Vasco.

Ainda foi campeão carioca quatro vezes (1982, 87, 88 e 92), artilheiro do Brasil em 1981 (61 gols), do Brasileirão de 1984 e dos estaduais de 1981 e 1985.


O maior ⚽

Se Fred é o maior artilheiro do Brasileirão na era dos pontos corridos (desde 2003), com 158 gols, ele não chegou nem perto de Dinamite.

Que marcou 190 vezes. E tende a carregar tal recorde por um bom tempo.

Romário (154), Edmundo (153), Zico (135) são outros que também estão bem atrás do goleador cruz-maltino, por exemplo.

Ostenta o posto de maior goleador do Vasco, com 708 gols.

Romário, o segundo da lista, aparece bem atrás (326 gols).

Dinamite também lidera com folga quando o assunto é o número de partidas pelo Vasco.

Foram 1.110. O ex-goleiro Carlos Germano é, com 632, o segundo.

Ele ainda detém outros recordes:

  • Maior artilheiro da história do Campeonato Carioca (279 gols)
  • Maior artilheiro da história de São Januário (184 gols)
  • Maior artilheiro no Vasco x Flamengo (27 gols x 19 gols de Zico)
  • Maior artilheiro no Vasco x Fluminense (36 gols x 12 gols de Waldo)
  • Maior artilheiro no Vasco x Botafogo (25 gols x 17 gols de Quarentinha)

E seu gol contra o Botafogo em 1976 é considerado o mais bonito da história do Maracanã.

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Foto: Reprodução/Site Oficial/Vasco

Foram 12 temporadas de Vasco, nove delas ininterruptas.

Ele defenderia a Portuguesa em 1989, colaborando para uma grande campanha no Brasileirão do mesmo ano.

Voltou ao clube do coração para nova passagem e, em 1991, defendeu o Campo Grande no Carioca – também fazendo a diferença.

Deixou a condição de atleta em 1992. E com a camisa cruz-maltina.


Presidente do Vasco 💢

Dinamite seria rival político de Eurico Miranda anos depois de sua volta ao clube como atleta.

Ele assumiu o comando do Vasco em 2008, já com o clube em situação complicada. E o rebaixamento à Série B foi uma consequência.

O Vasco voltou à elite após levar o título da Segundona de 2009.

E após um 2010 sem muito brilho, teve um 2011 especial com o inédito título da Copa do Brasil e o vice-campeonato brasileiro.

Feitos decisivos para a reeleição do ídolo no mesmo ano.

O 2012 foi de queda nas quartas de final da Libertadores para o futuro campeão Corinthians e o desmanche da base campeã.

A temporada de 2013 foi complicada. E culminou com novo rebaixamento.

O Cruz-Maltino voltou à elite, mas sem fazer uma Série B tranquila. E Dinamite deixou o comando do clube em 2014.


Homenageado em vida

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Foto: Daniel Ramalho/Vasco

O dia 28 de abril do ano passado marcou a data da inauguração da estátua que eternizou as glórias e feitos de Dinamite no Vasco.

Localizado em São Januário e voltado para a torcida, o monumento foi fruto de um financiamento coletivo – que teve meta atingida em apenas seis horas.

Dinamite, que já enfrentava o câncer que o vitimou neste domingo, não escondeu a emoção:

“Quero agradecer a torcida do Vasco em todo o Brasil, a diretoria, aos meus companheiros, adversários. O Vasco foi e continua sendo importante na minha vida. Estou feliz e emocionado. O meu desejo é ver novamente o Vasco forte, campeão”.

Diversos ídolos do clube compareceram para a homenagem. E também Zico, seu rival dentro de campo e grande amigo fora das quatro linhas.

Zico que vestiu a camisa do Vasco no jogo de despedida de Roberto, em 1993. O que só reforçou o tamanho de Dinamite.

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Foto de destaque: Marcelo Sadio/vasco.com.br