Que loucura foi essa vitória do Grêmio contra o Galo
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Que loucura essa vitória. O Grêmio conseguiu um resultado completamente maluco. Tinha gente querendo a cabeça do Quinteros no começo da partida, surtou vendo um 2 x 0 acontecer ainda no primeiro tempo e deve ter tido ataques cardíacos na segunda etapa, com direto a lance de quase gol aos 50 do segundo tempo. Que maluquisse o que vimos.
Já na escalação, Quinteros bancou um jeito de jogar que, olha, não consigo gostar. Ele coloca dois volantes em linha (Camilo e Villa), mais o Edenilson centralizado, como se fosse meia. Seguiu apostando nas bolas de zagueiros armando e os pontas sendo protagonistas.
Mais do que isso, Edenilson virou o capitão. O jogador que todo mundo sempre argumenta que é bom jogador, mas não protagonista, foi mais protagonista do que nunca. Virou o centro do time e a liderança formal.
O primeiro tempo é completamente maluco. O Volpi foi, com certeza, o maior protagonista. Em 15 minutos, poderia estar uns 2 x 0 tranquilamente. Era um amasso. Tinha gente indo pra rede social pedindo a saída do Quinteros. Todos os jornalistas que transmitiam a partida criticavam (corretamente) porque parecia que nada tinha sido treinado.
Pois bem, um lance mudou tudo. Uma bola cruzada na área, sobrou pro Arezo cabecear de peixinho. Gol do Grêmio. Esse gol mudou tudo.
De fato, depois do gol, o Grêmio começou finalmente a aparecer e jogar. O Galo seguia tendo chances, Volpi seguiu defendendo e alguns gols só não aconteceram pela linha de impedimento (algo que é um risco pavoroso), mas a boa notícia é que a bola não entrou e o Grêmio teve mais chances.
Foi então que, por estar no ataque, uma bola sobrou para o Edenilson, dentro da área, fazer o 2 x 0. Na boa, eu sei que o torcedor pode ficar incomodado com isso, mas o placar foi muito injusto. Sim, futebol é bola na rede, mas foi um 2 x 0 enganoso. Um time jogou muito melhor que o outro. Eu não consigo vir aqui e dizer que estava tudo bem.
No segundo tempo, Volpi seguiu fazendo milagres. Seguiu sendo o protagonista. Isso precisa indicar alguma coisa para o Quinteros. Não é possível.
Tanto, que o Rony consegue descontar. E aqui vai mais uma nota para o João Lucas. Quinteros tirou o Igor Serrote no intervalo e meteu o João Lucas novamente (não sei o que houve com o João Pedro, ele estava no banco). Eu só imagino questão física para essa troca. De resto, é inadmissível. Afinal, o João Lucas novamente ficou olhando o atacante rival e deixou o Rony marcar o gol dos caras.
Olha, a única chance que eu lembro no segundo tempo é com o Pavón, aos 46 minutos. De resto, foi o Galo com 70% do tempo tendo a bola e o lado gremista se defendendo como poderia.
Se quisermos ser otimistas, vamos analisar a vitória e dizer que o Grêmio bateu o campeão mineiro, que isso vai dar confiança e fará os jogadores pegarem cada vez mais esse jeito de jogar. Se quiser ser mais “pessimista” (eu diria até realista), pode ficar preocupado porque beirou o inacreditável essa vitória. Não teve futebol para isso.
E, sim, eu sei que futebol não é jogo de justiça. Porém, jogar bem é fundamental no longo prazo. Tu pode ganhar uma partida jogando desse jeito, mas seguramente não vai longe assim. Basta olhar pro campo e ver que os melhores foram Volpi e depois Vagner Leonardo. Um goleiro e um zagueiro.