Quando tudo parecia perdido, Chelsea teve um pênalti no último segundo e eliminou o Lyon | OneFootball

O Chelsea estava prestes a ser eliminado em Stamford Bridge, mesmo depois de ter vencido o grande e atual campeão Lyon fora de casa. Prestes mesmo: o apito final estava a apenas segundos de distância. No entanto, um pênalti em cima de Lauren James, marcado depois dos acréscimos da última etapa da prorrogação, permitiu que descontasse para 2 a 1, empatando o confronto em 2 a 2. E na disputa decisiva, a goleira Ann Katrin Berger brilhou com duas defesas para colocar as inglesas na semifinal da Champions League.

O Lyon não é mais tão dominante quanto já foi no futebol feminino, mas havia dado outra demonstração de que mantém o coração de um time campeão – e ainda conta com algumas ótimas jogadoras, mesmo que, por exemplo, Ada Hegerberg esteja com dificuldades para driblar as lesões. É o atual vencedor da Champions, após derrotar o favorito Barcelona na decisão, e foi ao oeste de Londres com determinação. Conseguiu empatar o confronto no fim do segundo tempo e passou à frente na prorrogação.

O Chelsea, que também investe bastante em seu time feminino e havia caído na fase de grupos da edição anterior da Champions, após um tríplice empate com Juventus e Wolfsburg, lutou até o final e conseguiu forçar a disputa de pênaltis para avançar. E agora não terá vida fácil: pega o Barcelona para tentar a sua segunda decisão europeia. No outro lado da chave, o Wolfsburg passou pelo PSG e fará a semifinal contra o Arsenal.

O Lyon mostrou por que é oito vezes campeão europeu logo de cara. Teve três grandes chances logo nos primeiros cinco minutos. Berger frustrou Cascarino, cujo cruzamento posterior acabou isolado por Signe Bruun, apesar da proximidade com o gol do Chelsea. Bruun mandou de primeira o centro de Ellie Carpenter, também por cima do travessão. O Chelsea respondeu com um passe preciso de Lauren James, uma das melhores em campo, para Sam Kerr, que acabou batendo no rosto da goleira Christian Endler. Perdeu uma grande chance.

O segundo tempo foi mais parado. O Chelsea conseguiu controlar melhor a sua vantagem, mas, meio de repente, o Lyon buscou o empate, com Vanessa Gilles desviando na primeira trave, após cruzamento rasteiro de Lindsey Horan. Na prorrogação, Hegerberg, voltando de lesão, cruzou da direita para Sara Däbritz dominar e emendar o chute rasteiro de perna esquerda. Não pegou tão bem na bola, mas foi pelo menos precisa o bastante para superar Berger.

O Chelsea tinha cerca de 10 minutos para tentar o milagre, e ele veio por meio de um pênalti discutível. James buscava a linha de fundo pela esquerda da grande área, marcada de perto por Vicki Becho. O toque por baixo existiu. Não foi também tão claramente uma rasteira da jogadora do Lyon. A árbitra croata Ivana Martincic chegou o monitor do assistente de vídeo e aponto à cal. Maren Mjelde teve muita frieza para empatar com o último chute com bola rolando

Os pênaltis começarem bem para todo mundo. Mjelde tirou o seu da frente imediatamente, e Dzsenifer Marozsan empatou. Sam Kerr, Hegerberg e Jessie Fleming não tiveram dificuldades para converter. Wendie Renard, porém, telegrafou o canto e parou nas mãos de Berger. Lauren James respondeu batendo pior ainda e tudo continuou igual. Heroína na prorrogação, Däbtriz ficou perto de errar, com uma finalização cruzada de canhota. Berger foi buscar, mas não alcançou.

Jessica Carter soltou uma bomba de perna direita para fazer 4 a 3 para o Chelsea. Lindsey Horan teve a bola para manter o Lyon vivo. Bateu cruzado de perna direita. Berger foi buscar e ajudou a classificar o Chelsea às semifinais.

Popp, do Wolfsburg (Foto: ODD ANDERSEN/AFP via Getty Images/One Football)

Alexandra Popp voltou aos gramados no meio de 2021, depois de quase um ano afastada por uma lesão no joelho, e dividiu a artilharia da Eurocopa com a inglesa Beth Mead. Um grande reforço também para o Wolfsburg. Estava quieta nesta temporada da Champions League. Ainda não havia marcado. Mas nesta quinta-feira, fez o gol da classificação das Lobas para mais uma semifinal, com o empate por 1 a 1 com o Paris Saint-Germain, na Alemanha. As alemãs haviam vencido a ida, no Parque dos Príncipes, por 1 a 0.

Laurina Frazer teve a primeira abertura para o PSG. Dominou com liberdade dentro da área, mas não conseguiu finalizar com força. Em seguida, Ashley Lawrence lançou quase do meio-campo e aproveitou o erro de cálculo de Dominique Janssen para deixar Kadidiatou Diani na cara da goleira. A francesa marcou com um toque no canto. O gol, porém, foi anulado por impedimento. E, então, foi o Wolfsburg quem botou a bola na rede. Felicitas Rauch puxou contra-ataque pela esquerda e tocou na entrada da área. Alexandra Popp chegou batendo de primeira com a canhota, fora do alcance da goleira Sarah Bouhaddi.

Popp quase ampliou, com um peixinho no meio da área, bem defendido por Bouhaddi, e o PSG conseguiu recuperar alguma esperança na marca da meia hora, quando Diani desviou o cruzamento alto de Sakina Karchaoui. As francesa precisavam de mais um gol para a prorrogação. Kheira Hamraoui quase o fez, batendo de frente da entrada da área. Merle Frohms espalmou por cima do travessão com uma mão. No outro lado, Karchaoui tirou o doce da boca de Popp, que recebia o cruzamento na cara do gol, sem goleira. E na jogada seguinte, Popp recebeu novamente na pequena área, dessa vez sem marcação, e perdeu um gol incrível ao carimbar a trave.

O Wolfsburg seguia chances de matar a partida. Jill Roord ficou cara a cara com Bouhaddi, que saiu bem do gol para abafar, e Lena Oberdorf mandou uma cabeçada no travessão após cobrança de escanteio. O PSG criou pouco, além de algumas batidas de média distância, sem direção.