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OneFootball·08 de março de 2022
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OneFootball·08 de março de 2022
Em muitos países, inclusive o Brasil, o futebol já foi atividade proibida para mulheres.
Nos últimos anos, contudo, a mobilização para recuperar o tempo perdido no passado proporcionou avanços notáveis.
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, o OneFootball elenca alguns números que evidenciam esse crescimento.
Selecionamos dados relacionados à presença de público nos estádios e à transferência de atletas.
Com mais atenção dos clubes, as torcidas comparecem nas arquibancadas, ligam a TV para assistir aos jogos, e mais dinheiro é distribuído para as equipes femininas.
É um ciclo virtuoso que tende a se fortalecer cada vez mais nos próximos anos.
Grandes clubes do Brasil e da Europa estão cada vez mais abrindo as portas de seus estádios para as equipes femininas, em vez de mandar jogos apenas em palcos menores.
Isso abre a possibilidade para recordes de público, que vem sendo conquistados frequentemente nos últimos anos.
Em dezembro de 2021, a final do Campeonato Paulista registrou o maior público da história do futebol feminino no Brasil para um jogo entre clubes.
O título do Corinthians sobre o São Paulo foi festejado na Neo Química Arena por 30.077 espectadores.
Em março de 2019, tivemos um recorde mundial para o futebol feminino em jogos entre clubes.
A partida entre Atlético de Madrid e Barcelona foi acompanhada por 60.739 pessoas no Wanda Metropolitano.
No entanto, essa marca já está com os dias contados.
O Camp Nou vai receber o duelo entre Barcelona e Real Madrid pela Champions League feminina no fim deste mês e os ingressos para o jogo estão esgotados.
Com mais gente sendo chamada a acompanhar o futebol feminino, mais dinheiro entra na modalidade.
É o que comprova um relatório anual da Fifa sobre transferências de jogadoras publicado em janeiro deste ano.
O documento mostra que aconteceram 1.304 negociações internacionais de jogadoras em 2021, contra 1.033 no ano anterior. Isso representa um aumento de 26%.
Em valores o crescimento também foi considerável.
Em 2021 os clubes investiram 2,1 milhões de dólares em contratações, contra apenas 1,2 milhões no ano anterior.
A maioria esmagadora dos negócios ainda acontece com jogadoras livres no mercado. Em 2021, só 4,4% deles envolveu um pagamento pela transferência.
Por outro lado, essa porcentagem é a maior da série histórica iniciada em 2018.
Foto destaque: GABRIEL BOUYS/AFP via Getty Images