Gazeta Esportiva.com
·12 de dezembro de 2024
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A Promotoria de Amsterdã pediu, nesta quinta-feira, oito meses de prisão para um homem acusado de ter agredido torcedores israelenses e que evocou uma “caça aos judeus” durante uma noite de novembro na capital holandesa, durante atos violentos classificados como antissemitas por governos ocidentais.
Umutcan A., de 24 anos, é acusado de agredir vários torcedores e de arrancar violentamente um cachecol do clube Maccabi Tel Aviv de um indivíduo. Ele está entre os sete suspeitos, com idades entre 19 e 32 anos, que compareceram ao tribunal em Amsterdã na quarta e quinta-feira.
Na noite de 7 para 8 de novembro, torcedores do clube israelense Maccabi Tel Aviv foram perseguidos e agredidos nas ruas de Amsterdã após uma partida contra o Ajax. Cinco pessoas foram brevemente hospitalizadas. Umutcan A. também foi reconhecido como o autor de uma mensagem de WhatsApp que menciona uma “caça aos judeus”.
“Não odeio judeus de forma alguma, não sei dizer por que disse isso”, declarou o acusado, que se entregou à polícia e expressou seu arrependimento perante os juízes, de acordo com a mídia local AT5.
A Promotoria declarou que a violência foi consequência do descontentamento em relação à guerra em Gaza e às ações dos torcedores israelenses na noite anterior à partida. O acusado forneceu vídeos, transmitidos durante a audiência, de torcedores do Maccabi entoando cantos antiárabes e pedindo a vitória do Exército israelense.
De acordo com a polícia, a tensão era evidente antes do jogo. Torcedores israelenses também vandalizaram um táxi e queimaram uma bandeira palestina.
A Promotoria pediu, ainda, um mês de prisão para outro suspeito, acusado de ajudar e incitar a violência ao compartilhar a localização de torcedores israelenses em um dos grupos online.
O tribunal de Amsterdã, que deve proferir seu veredicto em 24 de dezembro, pediu, na quarta-feira, sentenças que variam entre seis meses e dois anos de prisão para três outros suspeitos.
A audiência de outro suspeito, originário da Faixa de Gaza, foi adiada para uma data não revelada para permitir que ele realize uma avaliação psicológica, informou a Promotoria. O homem de 22 anos é acusado de tentativa de homicídio culposo, a acusação mais grave no caso.