Jogada10
·17 de maio de 2022
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A Procuradoria do STJD pediu inquérito para apurar a denúncia de uma suposta injúria racial cometida por Rafael Ramos, do Corinthians, contra Edenilson, do Inter, durante a partida entre as equipes, no último sábado. Segundo o meia colorado, Rafael Ramos o chamou de “macaco”. Após o jogador do clube gaúcho prestar queixa, Rafael foi detido, em flagrante, no posto policial do Beira-Rio. Em seguida, após pagar R$ 10 mil de fiança, foi liberado. O atleta português responde ao inquérito em liberdade.
Edenilson comunicando a fala de Rafael Ramos ao árbitro da partida Silvio Avila/Getty Images
O pedido da Procuradoria foi encaminhado ao presidente do STJD, Otávio Noronha, que sorteará um auditor do Pleno para conduzir o inquérito. Além do pedido da apuração, a Procuradoria pediu que ambos os jogadores sejam ouvidos, assim como o árbitro e assistentes da partida, além da reunião de documentos, imagens e áudios disponíveis sobre o episódio.
“Ante à possibilidade da oitiva de mais depoimentos, bem como a reunião de novos documentos e mídias que corroborem com o depoimento do atleta Edenilson, em respeito à causa antirracista e à condução isenta dos procedimentos neste STJD, em especial por esta Procuradoria, faz-se necessária a apuração detalhada da prática da referida e repudiável conduta discriminatória”, trecho da Procuradoria, em nota publicada no site do STJD.
Caso a denúncia de Rafael Ramos seja procedente, o jogador português poderá ser denunciado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de ato discriminatório. Neste artigo, é prevista uma penalização de cinco a 10 partidas de suspensão, além de pagamento de multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
Denúncia corre na esfera criminal
A denúncia de injúria racial também está sendo analisada na Polícia Civil. A delegada Ana Luiza Caruso, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, solicitou uma perícia para leitura labial das imagens da partida. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias.