Presidente do Cruzeiro rebate críticas de Rafael Sóbis: “Foi muito injusto” | OneFootball

O presidente do Cruzeiro Associação, Sérgio Santos Rodrigues, falou ao programa “Entrevista Coletiva”, da TV Band Minas, onde foi questionado sobre as declarações do ex-jogador celeste, Rafael Sóbis. Nela, o jogador afirmou que o clube estaria ‘abandonado’; que fizeram acordos de pagamento e pagaram apenas dois meses; e que jogadores tiveram de tirar do próprio bolso para pagar viagens para as partidas.

O executivo celeste explicou que os acordos aconteceram, mas que a situação financeira do Cruzeiro era delicada e tiveram de priorizar a sobrevivência do clube antes de cumprir com o proposto.

– O primeiro ponto é o contexto, essa entrevista foi dada pouco tempo após a aprovação do plano de recuperação judicial (do Cruzeiro), que de fato o Rafael Sóbis teria um valor de R$ 4 milhões e esse valor caiu drasticamente… Então, o primeiro contexto é esse. A declaração vem num momento em que ele acabou de ter um corte no que teria para receber. De fato, fizemos um acordo quando ele veio, e a gente queria cumprir, mas é aquilo eu preciso cumprir primeiro com meu dia a dia, a intenção sempre existe. As vezes nós chegamos a juntar R$ 2 ou 3 milhões em um patrocínio e vinha um bloqueio de 2012 e mudava tudo. Ao tentar conversar com os atletas, eles diziam que era ‘problema seu’, se vira. E a coisa como o Cruzeiro pegou não é assim -, declarou Sérgio.

SSR, como é conhecido por parte da torcida, continuou suas declarações alegando que Rafael Sóbis teria sido injusto com ele e com o Cruzeiro, pois o que ele disse foi a partir de um contexto onde ele sofreu um revés. Lembrando que o jogador foi um dos que votaram contra à recuperação judicial da Raposa. Os únicos que votaram a favor, foram o goleiro Fábio e o atacante Marcelo Moreno, ambos ídolos do clube.

– Eu acho que o Sóbis foi muito injusto. Primeiro por existir esse contexto, segundo porque não é do meu perfil revelar conversas e coisas particulares, mas quando aconteceu, ele foi um dos que mais elogiou, me mandou mensagem me parabenizando pela negociação. O terceiro, que eu acho o mais curioso, (sobre a fala que o Cruzeiro estava abandonado), eu em um dado momento mudei meu escritório para a Toca II, a minha sala era na Toca II. E eu só não ia à Toca, quando eu estava viajando, que gerou polêmica também, porque eu fiz duas viagens. Eu fiz um curso na FIFA que eu fui para a Espanha e logo depois eu fui chamado para dar uma palestra em Portugal, onde fui convidado, para um evento onde estavam Jorge Jesus, dirigentes do Benfica, vários presidentes -, explicou o presidente.

Ainda sobre a viagem, Sérgio Santos Rodrigues se mostrou um pouco sentido com as críticas feitas na época. Já que, na visão dele, era uma grande oportunidade para o clube ter o presidente reunido com grandes nomes e dirigentes pelo mundo.

– Ao invés de ser motivo de orgulho para nós, o presidente do Cruzeiro na situação que estava, estar indo para fora conviver com esse tipo de gente, virou motivo de xingamento.

Sérgio finalizou dizendo que nas viagens surgiram muitas possibilidades para o clube, antes mesmo de Ronaldo aparecer como uma salvação para o Cruzeiro. Ele complementou ressaltando deixar os jogadores cientes e que as provas de mensagens e câmeras desmentem que ele não comparecia ao clube para exercer a sua função.

– E é nisso aí que a gente faz contatos, porque se não fosse o Ronaldo, tinha vários outros planos ali, das viagens que eu fazia, e detalhe, com zero custo para o Cruzeiro. E vários jogadores sabem, porque eu chamava e conversava, então, eu entendo o Rafael Sóbis ter ficado chateado aquela época, mas mensagem de celular não mente, câmeras não mentem para dizer que eu fiquei um mês sem ir à Toca, eu não ia ao meu escritório, eu abandonei o meu escritório, e sou presidente não remunerado para me dedicar ao futebol -, ponutou.

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