Preparador físico de Paulo Sousa revela amizade com dois ex-Flamengo, bastidores do acerto e métodos de trabalho | OneFootball

Paulo Sousa chegou ao Flamengo com dois preparadores físicos, a fim de acabar com os problemas de lesão no elenco. E um nome será essencial para acabar com isso: Lluís Sala. Com passagens por Girona, o catalão é especialista em trabalho de prevenções físicas com os jogadores, ajudando na integração da comissão técnica com o departamento médico.

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O catalão revelou à FlaTV o seu papel fundamental na comissão fixa do português Paulo Sousa. Os dois se conheceram no Bordeaux, da França, após o preparador deixar o Girona. No entanto, o caminho de Lluís Sala se cruzou com o Flamengo antes mesmo de conhecer o comandante rubro-negro.

— A minha primeira experiência foi na terceira divisão (da Espanha), no Palamós, com Jordi Guerrero (ex-auxiliar do Domènec Torrent no Flamengo), que era técnico lá. Fomos ao Girona. Estive cinco anos no Girona.

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Na equipe espanhola, Lluís Sala também teve a oportunidade de conhecer outro ídolo da Nação Rubro-Negra. Além disso, ele revelou que ganhou até um presente do jogador.

—Tive a sorte de trabalhar com outra pessoa excelente que esteve aqui, o Pablo Marí. Tenho um grande carinho por ele. Me deu até umas chuteiras, ainda as guardo.

Bastidores do acerto e desafios com calendário no Flamengo

Paulo Sousa se acertou com o Flamengo no dia de Natal. Desde então, o português e os membros da sua comissão demonstraram muita admiração ao Rubro-Negro. Com Lluís Sala também não foi diferente. O preparador físico catalão disse detalhes da conversa com o treinador antes de se acertar com o Mais Querido.

— Quando Paulo (Sousa) nos ligou, me falou: “Lluis, você quer vir ao Flamengo?”. Eu disse: “Poxa, o Flamengo ganhou a Libertadores há dois anos, disputa títulos, todo mundo quer ganhar do Flamengo”. Isso é uma carga extra de motivação, de energia, o fato de poder jogar uma Libertadores e ser favorito.

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“Muito observador”, Lluís Sala já demonstrou conhecimento da realidade brasileira. O preparador catalão classificou a frequência de jogos na nossa temporada como um “desafio enorme”. Além disso, ele ressaltou que essa é uma situação quase inédita na sua carreira. Mesmo assim, o profissional já traça as possíveis dificuldades diante do calendário brasileiro.

— Profissionalmente é um desafio não só para ajudar nos processos de recuperação do pós-jogo dos jogadores, para estarem prontos para competir na sua capacidade máxima no jogo seguinte. Mas também para reduzir ao mínimo possível a quantidade de lesões que o time possa ter. Sem dúvidas, vamos ter (lesões), mas tentar que sejam as mínimas possíveis.

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Contudo, Lluís Sala já planeja trabalhos para evitar esses problemas. O preparador, inclusive, revela que pode fazer trabalhos individualizados com jogadores do elenco.

— Normalmente mais focalizado em trabalhos de força, ativações e, sobretudo, trabalho individualizado para jogador. Dependendo das demandas deles, não só no jogo, mas considerando o histórico de lesões e tudo aquilo que o jogador precisa para estar pronto para treinar.

Metodologia de trabalho

Lluís Sala começou sua carreira na equipe médica. Por isso, o preparador se considera um especialista na integração de jogadores machucados ao restante do elenco. Assim como o preparador de goleiros Paulo Grilo, Lluís Sala tem um elemento fundamental nos seus exercícios: o jogo.

— Podemos mostrar nossa forma de entender a preparação física, que deve ser integrada no jogo, porque jogo é o elemento principal no futebol. Nós não entendemos a preparação física como algo à parte. Nós sempre tentamos integrar a parte física com elementos do jogo.

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Mas o preparador ressalta também a importância de exercícios na academia, sem ligação com o jogo. No entanto, ele deixa claro que as atividades de musculação não são “levantar pesos por levantar” e até admitiu que ainda vão utilizar bolas nos exercícios da academia.

— Há uma parte que temos que fazer fora do campo que são as diferentes ativações na academia, trabalhos individuais e de força. Isso está um pouco descontextualizado do jogo, mas nos serve para que jogador esteja pronto para treinar e competir. Então, essa é a nossa visão. Trabalhos de força mais coordenativos. Aplicamos diferentes elementos perturbativos. Isso faz com que o jogador esteja mais focado na tarefa.

José Mário Ferraz no Twitter e no Instagram.

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