PQP! Impecável até então, defesa dorme no ponto e São Paulo perde clássico com gol polêmico nos acréscimos | OneFootball

Palmeirenses enfrentaram dificuldades de superar ferrolho tricolor (Cesar Greco/Palmeiras)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

Quem acompanhou e se lembra do empate sem gols do São Paulo com o Palmeiras na fase de classificação do Campeonato Paulista, em fevereiro, viveu um belo 'deja-vú' na noite deste domingo (11). Assim como acontecera naquela noite, Luis Zubeldía mais uma vez poupou seu time no gramado sintético. E privilegiou a defesa. O resultado, desta forma, caminhava para ser igual.

Caminhava porque, nos acréscimos da etapa final, de maneira injusta, a defesa tricolor, eficaz até ali, errou feio. E em um lance de puro oportunismo, Vitor Roque aproveitou a liberdade na área e marcou o gol deles. 1 a 0 em Barueri (SP) que derrubou a invencibilidade são-paulina.

O lance não deixa de gerar polêmica, visto que inicialmente o auxiliar de campo marcou o impedimento, 'desmarcado' pelo VAR e as linhas traçadas.

A última derrota tricolor tinha sido justamente pelo mesmo placar, para eles, na semifinal do Estadual. Também com polêmica do apito.

Na escalação que se tornou habitual ante adversários considerados difíceis, com dobradinha na direita entre Ferraresi (teoricamente na lateral-direita) e Cédric Soares (teoricamente de ponta-direito), foi um Tricolor diferente na essência tática e disposição em campo.

Zubeldía abaixou as linhas, ocupou a intermediária de sua área e formou dois blocos de contensão ao adversário verde, com uma eficaz marcação zonal que impedia o rival de utilizar sua principal arma, as jogadas individuais pelas pontas com Estévão e Paulinho.

Em compensação, o Tricolor pagou o preço no ataque. Foi um primeiro tempo insosso ofensivamente, de um São Paulo que apostou na ligação direta quando recuperava a bola, mas quase sempre Ferreirinha, Matheus Alves e Cédric não conseguiam dominar a bola e fazer uma jogada mais apurada e perigosa com André Silva.

Tanto foi assim que o único lance digno de nota pelo lado tricolor foi aos 23, quando em jogada de ataque rival de Richard Ríos, Wendell se chocou com Ruan, caiu de cabeça no chão e foi substituído sentindo fortes dores.

Na volta do intervalo, Zubeldía viu o time mais confiante e tentou dar um gás maior ao ataque. Colocou Lucas Ferreira e Oscar, esse de volta após dez jogos fora por contusão, e o São Paulo até apareceu bem mais à frente.

Dois lances chamaram a atenção. Aos 8, após vacilo do palmeirense Giay, enfim o Tricolor aproveitou um contra-ataque e Ferreirinha carregou a bola, puxou para o meio e aproveitou a brecha da marcação para finalizar e exigir boa defesa de Weverton.

O goleiro deles voltou a trabalhar aos 28, quando de novo falharam. Bruno Fuchs vacilou na saída de jogo, Ferreirinha recuperou, trabalhou bem com Oscar e o caisa 8 saiu na cara do gol para finalizar e Weverton salvar a lavoura de novo.

Mas foi só. Na maioria do tempo foi o Palmeiras com a posse de bola criando chances ofensivas, algumas ótimas, sim, mas a maioria bem patética.

Eles tinha caído de qualidade na etapa final e já não chegavam com o mesmo ímpeto. Melhor para o Tricolor, que dominou completamente as ações nos acréscimos e quase marcou em lance que culminou na vacilada de Luciano, dormindo no ponto ao receber passe na medida de Oscar na cara de Weverton.

Aos 51, contudo, quem vacilou foi a defesa: Estévão recebeu na linha de fundo e tocou para trás. Felipe Anderson acertou a trave direita de Rafael e, no rebote, Vitor Roque completou às redes. O lance acabou tendo de ser checado pelo VAR, já que o auxiliar marcara impedimento inicialmente.

A derrota acaba com a última invencibilidade do Brasileirão. E complica as coisas para o São Paulo, 15º colocado na classificação com nove pontos.

O São Paulo volta a campo pela principal competição nacional às 21h (de Brasília) de sábado (17), contra o Grêmio, no Morumbi. Antes, contudo, enfrenta o Libertad, do Paraguai, também em casa, pela Copa Libertadores, na quarta-feira (14).