Pouco inspirada, a Inter se valeu da força do elenco e passou pelo Getafe na Europa League | OneFootball

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Calciopédia

·06 de agosto de 2020

Pouco inspirada, a Inter se valeu da força do elenco e passou pelo Getafe na Europa League

Imagem do artigo:Pouco inspirada, a Inter se valeu da força do elenco e passou pelo Getafe na Europa League

Nesta quarta-feira, 5 de agosto, tivemos o retorno da Liga Europa. A Inter entrou em campo na Veltins-Arena, em Gelsenkirchen, para enfrentar o Getafe, em partida válida pelas oitavas de final da competição. Como a partida de ida não chegou a ser disputada antes da paralisação pela pandemia de covid-19, os dois times concordaram em decidir a classificação em jogo único, em campo neutro. Com algum sofrimento, a Beneamata venceu por 2 a 0.

Depois de assegurar o vice-campeonato na Serie A e, na sequência, instaurar uma confusão interna no clube, Antonio Conte escalou a Inter com a mesma base que vinha atuando na competição nacional. Godín, D’Ambrosio e Gagliardini começaram a partida entre os titulares, com Skriniar, Candreva e Eriksen ficando como opção no banco de reservas. No lado espanhol, o treinador Pepe Bordalás mudou o desenho da equipe, abrindo mão de um dos seus atacantes para povoar melhor o meio-campo, o que ocasionou a troca do 4-4-2 pelo 4-5-1.


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O Getafe conseguiu apenas uma vitória em onze partidas de La Liga depois do retorno do futebol na Espanha e isso acabou lhe custando a classificação do clube para a Liga Europa da temporada que vem. Apesar disso, o time de Madrid começou jogando melhor do que a Inter. Bem ao seu estilo, estabeleceu encaixes pelo lado do campo, bloqueou as opções de passe da Beneamata pelo centro e subiu para tirar a tranquilidade de Godín e Bastoni quando os dois iniciavam jogadas. Como consequência, os azulones conseguiram roubar muitas bolas em campo contrário e, logo nos primeiros minutos, com Maksimovic, Mata e Timor, levaram muito perigo ao gol defendido por Handanovic. O esloveno estava ligado e fez boas defesas quando solicitado.

Os primeiros 15 minutos de jogo da Inter foram abaixo da crítica em todos os sentidos. Nada surtia efeito e permitia que a progressão ofensiva da equipe nerazzurra tivesse qualquer efetividade. Depois dos 20, De Vrij assumiu um papel importante, saltando para jogar mais próximo de Brozovic, o que confundiu a marcação do Getafe e melhorou a circulação ofensiva da Inter. Aos 22, o Getafe tentou sair jogando com Djené, Lautaro roubou a bola, conduziu com qualidade e bateu firme para a boa defesa do goleiro Soria.

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A Inter melhorou em campo, mas isso não representou um crescimento geral do nível do jogo – pelo contrário. A partida ficou bem mais truncada, com muitas faltas e erros de passe. Aos 33 minutos, um lançamento foi responsável por quebrar as linhas. Bastoni encontrou um passe espetacular para Lukaku, que protegeu, conduziu e deixou a defesa sem reação, antes de bater cruzado, vencer Soria e abrir o placar. O belga, que vive sua primeira temporada com a Inter, chegou ao 30º gol em 2019-20.

O restante do primeiro tempo foi bastante morno e esse cenário se manteve em boa parte dos 20 minutos iniciais da segunda etapa. A Inter se sentia confortável em preservar a bola e o Getafe não encontrava mais os meios do começo do jogo para bloquear as linhas de passe, pressionar com eficiência e roubar bolas em campo contrário. Muito irritado com o desempenho de sua equipe, Bordalás resolveu mudar: trocou Maksimovic e Mata por Rodríguez e Molina, voltando ao sistema com dois atacantes e buscando aumentar a força do seu jogo pelo lado do campo.

Embora não tenham representado uma melhora considerável no desempenho da equipe espanhola, as mexidas do treinador empurraram a Inter alguns metros em seu campo defensivo e resultaram no pênalti infantil de Godín, que estendeu demais o braço num cruzamento lateral e acabou espalmando a bola dentro da grande área. O capitão Molina assumiu a responsabilidade pela cobrança, mas acabou tirando demais e jogou para fora a oportunidade do empate. Com o erro do atacante do Getafe, Handanovic (que estava inteiro no lance para defender) segue sem sofrer gols em penalidades na Liga Europa, já que pegou as três anteriores na competição.

Com o susto que sofreu, a Inter acordou na partida e Conte colocou Eriksen em campo na vaga de Brozovic. E o dinamarquês precisou de pouco tempo para corresponder. Bastoni, novamente, encontrou um passe espetacular vindo do lado esquerdo do campo; Eriksen dominou, girou e ativou D’Ambrosio pela ponta direita. O ala da Inter cruzou e, após a defesa errar no corte, o camisa 24 finalizou de canhota, para marcar e colocar a Inter nas quartas de final da competição. Os nerazzurri não alcançavam este estágio numa competição europeia havia nove anos.

Conte saiu de campo satisfeito pela atuação dos nerazzurri, sobretudo pelo fato de terem conseguido vencer sem encantar. Para o treinador, a equipe está começando a ficar mais cascuda, o que é vital em competições de alto nível. Nesta quinta, a Inter vai conhecer o seu rival na próxima fase. Provavelmente será o Bayer Leverkusen, que está em ótima situação após ter vencido o Rangers por 3 a 1, na Escócia.

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