Portland Thorns x OL Reign: empate no último clássico pela temporada regular | OneFootball

Portland Thorns x OL Reign: empate no último clássico pela temporada regular | OneFootball

Icon: Planeta Futebol Feminino

Planeta Futebol Feminino

·14 de outubro de 2021

Portland Thorns x OL Reign: empate no último clássico pela temporada regular

Imagem do artigo:Portland Thorns x OL Reign: empate no último clássico pela temporada regular

Em partida atrasada válida pela temporada regular da NWSL (National Women’s Soccer League – Campeonato dos Estados Unidos), na noite desta quarta-feira, 13, o Portland Thorns recebeu seu rival, OL Reign, no Estádio Providence Park. O duelo, antes marcado para o dia 02 de outubro, terminou empatado em 1 a 1, com gols de Morgan Weaver (Thorns) e Megan Rapinoe (Reign).

O Thorns, líder do campeonato e comandado por Mark Parsons, chegou ao Cascadia (nome dado ao derby entre essas duas equipes. Faz referência à região da Cascadia, que engloba o estado do Oregon (Portland Thorns) e de Washington (OL Reign)) pressionado e passando por um momento de instabilidade. Tendo somado apenas 1 ponto dos últimos 9, a equipe viu seu rival se aproximar na tabela.


Vídeos OneFootball


Por outro lado, o Reign, vice-lider e dirigido por Laura Harvey, chegou em alta no clássico. O time, até então invicto por 7 jogos, tendo somado 19 dos últimos 21 pontos possíveis, reduziu para 1 ponto a distância para o líder e se colocou na briga para a conquista do NWSL Shield (título da temporada regular).

O JOGO

O duelo começou eletrizante, com o Portland Thorns abrindo o placar logo aos 3 minutos. O gol nasceu do esforço de Sophia Smith, que superou Quinn, Lauren Barnes e Jess Fishlock, dando bom passe para a finalização de Morgan Weaver. O lance foi um indício do que viria a ser a primeira etapa: Thorns bastante agressivo e concentrado; Reign passivo, relapso e desorganizado.

Com marcação alta, incomodando bastante a saída de jogo do Reign, o time da casa conseguiu travar o jogo do adversário. Sem a bola, o Thorns triunfou. O conjunto, muito bem postado e protegendo com excelência sua área, praticamente anulou Fishlock e Dzsenifer Marozsán, principais fontes de criação do rival. No entanto, com a bola, faltou capricho no acabamento das jogadas. Bastante superior, a equipe esbarrou na falta de pontaria – Weaver, Smith e Angela Salem, por exemplo, tiveram boas chances – e não conseguiu ampliar a vantagem no placar.

Sofrendo muito para construir suas jogadas, o Reign, no primeiro tempo, só incomodava em raras transições ofensivas puxadas por Rose Lavelle e em lances de bola parada. A principal chance veio aos 28 minutos, quando Marozsán fez bela jogada individual e cruzou para a área. Fishlock ajeitou de cabeça para o centro, mas Eugénie Le Sommer finalizou por cima da meta de Bella Bixby.

A segunda etapa foi bem diferente, muito pela mudança de postura do time de Laura Harvey. A treinadora trocou Quinn, que vinha mal na partida, sem conseguir conter e dominar o meio campo, pela brasileira Angelina. A substituição surtiu efeito e a equipe apresentou mais fluidez no setor ofensivo, atuando de forma mais dinâmica e conseguindo controlar a posse de bola. Com melhor circulação no ataque, o Reign conseguiu envolver mais seus destaques na construção. Fishlock, Marozsán, Lavelle e Sofia Huerta – lateral direita improvisada que faz belo campeonato – criavam boas chances, mas as tomadas de decisões finais eram problemáticas.

O time da casa passou a segunda etapa se defendendo, no geral, de forma bastante competente, e explorando os contra-ataques. Em decorrência da marcação mais agressiva imposta pelo adversário à sua saída de bola, o Thorns passou a ter mais dificuldade de progredir e controlar o ritmo da partida. A chance mais perigosa da equipe veio aos 59 minutos, oriunda de um contra-ataque puxado por Weaver, que acionou Smith. A atacante fez o pivô, ajeitando para Christine Sinclair finalizar com muito perigo ao gol de Sarah Bouhaddi.

Harvey, ao 62 minutos, fez duas substituições curiosas, porém que se provaram determinantes para o empate. Saíram as duas atacantes com maior poder de definição, Le Sommer e Bethany Balcer, para as entradas de Megan Rapinoe (voltando de lesão) e Dani Weatherholt. Chamou a atenção a entrada da última, por ser meio-campista mais defensiva. Com isso, a comandante soltou mais Angelina, que passou a atuar como segunda volante, e avançou Fishlock e Lavelle. No entanto, a falta de referência na área foi obstáculo para a equipe tentar o empate. Em resposta ao avanço do Reign, Parsons trocou sua linha ofensiva, colocando jogadoras descansadas e de velocidade.

Aos 84 minutos aconteceu o confuso lance que definiu o placar. Rapinoe cobrou escanteio venenoso, a bola bateu em Lindsey Horan e beijou a trave. No rebote, Angelina chutou e Bixby salvou em cima linha. A bola sobrou para Huerta, que emendou de primeira, acertando, à queima-roupa, os braços de Salem. A meio-campista do Thorns estava com seus braços colados no corpo, protegendo seu peito e rosto. A árbitra da partida marcou a penalidade. Na minha opinião, a infração foi mal assinalada, visto que Salem não realiza nenhum movimento brusco ou anti-natural com seu braço, nem amplia sua área de ação. Rapinoe, fria e decisiva, bateu com perfeição e deu, aos 86 minutos, números finais ao confronto.

Melhores momentos:

ANÁLISE FINAL

Pelo o que ambas as equipes produziram, tendo o Portland Thorns sido melhor no primeiro tempo e o OL Reign no segundo, o empate em 1 a 1 ficou de bom tamanho para o clássico da Cascadia. No entanto, o time da casa sai com um gosto amargo, por ter se defendido bem e pela marcação de um pênalti discutível contra.

A vantagem do Thorns na liderança permanece de 1 ponto. Restam 2 rodadas para o fim da temporada regular da NWSL e a batalha pelo NWSL Shield continua aberta. Enquanto o Thorns enfrenta 2 equipes que ainda brigam por vaga nos playoffs (Houston Dash e North Carolina Courage), o Reign duela apenas com 1 (Washington Spirit), finalizando contra o último colocado (KC). Vale salientar que o time do estado de Washington leva a vantagem contra o do estado do Oregon nos critérios de desempate (confrontos diretos).

Destaque final vai para a boa atuação da brasileira Angelina. A atleta ganhou minutos relevantes no setor central do meio-campo (ao longo da temporada vem sendo mais utilizada na linha de ataque, geralmente como ponta), onde se sente mais confortável. Ajudou a equipe na construção, tendo impacto na melhora da fluidez ofensiva, bem como se posicionou bem, conseguindo algumas interceptações, além de ter sustentado duelos contra o forte meio-campo rival.

FICHA DO TÉCNICA

Competição: National Women’s Soccer League (Campeonato dos Estados Unidos)

Local: Estádio Providence Park – Portland, Oregon, EUA

Data: 13/10/2021

Horário: 23h30 (de Brasília)

Transmissão: Twitch (NWSLOfficial3)

Gols: Morgan Weaver (Portland Thorns); Megan Rapinoe (OL Reign)

Cartão amarelo: Angelina (OL Reign)

PORTLAND THORNS: Bella Bixby; Natalia Kuikka, Emily Menges, Becky Sauerbrunn, Meghan Klingenberg (Kelli Hubly); Rocky Rodríguez, Angela Salem, Lindsey Horan; Sophia Smith (Simone Charley), Christine Sinclair (Crystal Dunn) e Morgan Weaver (Tyler Lussi). Técnico: Mark Parsons.

OL REIGN: Sarah Bouhaddi; Sofia Huerta, Alana Cook, Lauren Barnes, Kristen McNabb; Rose Lavelle (Amber Brooks), Quinn (Angelina), Jess Fishlock; Bethany Balcer (Dani Weatherholt), Dzsenifer Marozsán (Ally Watt) e Eugénie Le Sommer (Megan Rapinoe). Técnica: Laura Harvey.

Saiba mais sobre o veículo