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·26 de julho de 2021
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A seleção feminina entra em campo contra a Zâmbia nesta terça-feira (27) pelo último jogo da fase de grupos da Olimpíada de Tóquio. Depois de golear a China por 5 a 0 e empatar em 3 a 3 com a Holanda, o Brasil chega à rodada derradeira do Grupo F em segundo lugar, atrás das holandesas no saldo de gols, já que o time laranja fez 10 a 3 no confronto contra a Zâmbia.
A técnica Pia Sundhage já adiantou que pretende fazer mudanças na equipe para evitar o desgaste físico das atletas, além de ajustar a defesa para travar o poderio ofensivo de Barbra Banda, que em sua primeira participação entrou para a história ao se tornar a primeira jogadora a marcar dois “tripletes” consecutivos nos Jogos Olímpicos.
Um empate contra a Zâmbia já garante o Brasil nas quartas de final. Para passar em primeiro lugar, além de vencer as africanas, o time verde e amarelo precisa torcer por um tropeço da Holanda, ou então golear a ponto de recuperar os cinco gols de desvantagem no saldo. No entanto, ficar em primeiro pode não ser o melhor negócio para o time brasileiro.
Pelo chaveamento olímpico, quem passar como melhor time do Grupo F enfrenta o segundo melhor do G, o “grupo da morte”. E como a Suécia venceu os Estados Unidos dentro da chave, é justamente o time de Rapinoe e companhia o favorito para ficar com a segunda posição – vai depender do que acontecer no jogo entre Austrália e Estados Unidos, também marcado para terça, em que as “Matildas” tentarão superar o favoritismo das tetracampeãs olímpicas.
Por outro lado, se passar em segundo lugar do Grupo F, o Brasil encara o segundo colocado do Grupo E, onde Canadá e Japão brigam pela posição – a Grã-Bretanha lidera a chave, com duas vitórias em dois jogos. As canadenses estão em segundo, mas ainda podem perder a posição para as japonesas, que enfrentam o Chile na rodada final.
Embora também sejam times tradicionais no futebol feminino, esses rivais não têm no currículo o mesmo peso que as estadunidenses, tampouco as quatro medalhas olímpicas e outras quatro em Copas do Mundo que levam o torcedor brasileiro a preferir evitar o confronto com os Estados Unidos logo nas quartas de final.
Existe ainda uma terceira possibilidade: mesmo no improvável cenário do Brasil ser goleado pela Zâmbia, ainda pode se classificar como um dos melhores terceiros colocados, enfrentando então nas quartas de final o líder do grupo E ou do grupo G, que no cenário atual são Grã-Bretanha e Suécia.
A técnica Pia Sundhage, que já conquistou duas medalhas olímpicas de ouro com os Estados Unidos e uma de prata com a Suécia, diz que não cabe a ela escolher adversários.
“Nós analisamos todas as possibilidades para que todas estejam atualizadas quando jogarmos a partida, mas não há grupo melhor ou pior. Todos os times que forem às quartas serão grandes times. Não apostarei que um é melhor que o outro, não sou boa para isso. O que eu quero é ganhar o jogo contra a Zâmbia”, afirmou a treinadora em entrevista coletiva.
A bola rola para Brasil e Zâmbia nesta terça-feira, às 8h30 (de Brasília), no Estádio Saitama.
No Mundial da França em 2019, o Brasil acabou eliminado logo nas oitavas de final pela França, mas poderia ter adiado o encontro com as donas da casa. Jogando a rodada decisiva contra a Itália, a seleção feminina abriu o placar aos 28 minutos do segundo tempo com um gol de pênalti de Marta e estava superior na partida, criando chances, com oportunidade de ampliar. Caso fizesse mais um gol, o saldo levaria o Brasil ao primeiro lugar do grupo, e o confronto nas oitavas seria contra a China. O técnico Vadão, contudo, optou por fechar o time na defesa nos minutos finais, o que causou críticas de torcedores e jornalistas. A Itália passou da China, mas acabou eliminada pela vice-campeã Holanda nas quartas.