AVANTE MEU TRICOLOR
·20 de junho de 2025
PIVÔ DE POLÊMICA QUE CULMINOU NA DEMISSÃO DE CRESPO EM 2021, PREPARADOR FÍSICO SE DERRETE EM ELOGIOS AO SÃO PAULO

In partnership with
Yahoo sportsAVANTE MEU TRICOLOR
·20 de junho de 2025
Alejandro (à esquerda) e Tobias festejam a conquista do Paulistão (Instagram)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
Da comissão técnica de Hernán Crespo que trabalhou na primeira passagem do argentino pelo Morumbi, em 2021, dois nomes seriam troca certa antes mesmo do anúncio oficial do seu retorno ao São Paulo agora, para substituir Luis Zubeldía.
O preparador físico Alejandro Kohan e o analista de desempenho Tobias Kohan, respectivamente pai e filho, foram, de certa forma, os responsáveis pela demissão de Crespo em outubro daquele ano.
Na ocasião, Alejandro foi criticado pelos jogadores por supostamente exagerar nos exercícios, acentuando o cansaço do plantel. Enquanto isso, seu filho passou a ter péssimo relacionamento com a diretoria, principalmente com o coordenador Muricy Ramalho, que reclamou ao presidente Julio Casares de ter suas sugestões ignoradas.
Ambos também tiveram problemas com o diretor de futebol Carlos Belmonte, após se recusarem a irem a Cotia acompanharem de perto treinamentos do time sub-20. E vetarem a promoção de alguns nomes da base desejados pela diretoria a Crespo.
Pelo menos uma semana antes de ser demitido, Crespo foi chamado para uma reunião privada com Casares. O dirigente explicou o clima azedo com seus dois auxiliares e sugeriu que ambos fossem demitidos. O treinador não aceitou a sugestão. E pagou o pato assim que o ídolo Rogério Ceni ficou livre no mercado.
O outro preparador físico de Crespo há quatro anos, Gustavo Satto, também não retornará ao São Paulo para a segunda passagem do treinador no clube.
Ao lado do Crespo, também retornam o auxiliar Juan Branda e o preparador de goleiros Gustavo Nepote, esses sim bastante elogiados internamente no Morumbi e que deixaram boas impressões até hoje. O trio preterido acabou substituído pelo auxiliar Víctor López e pelos preparadores físicos Federico Martinetti e Leandro Paz.
Os Kohan, junto de Satto, deixaram de trabalhar com Crespo assim que saíram do São Paulo. O ex-atacante parece ter entendido o recado. Em entrevista ao portal 'UOL', Alejandro não menciona os problemas de bastidores e minimiza o fato de não estar voltando ao Tricolor, justificando como uma decisão sua e de seu filho, de preferirem continuando a morar na Argentina. Mesmo assim, não economizou nos elogios ao São Paulo.
"Foi muito bonito e tivemos muito sucesso. Depois do São Paulo, deixamos de trabalhar juntos porque eu queria ficar na Argentina. Estou trabalhando com meu filho, que esteve conosco no São Paulo, no Defensa y Justicia. Clube anterior ao São Paulo e que ganhamos a Sul-Americana. Estamos com os juvenis, por isso não vou ao São Paulo. Mas algum dia voltaremos ao São Paulo porque nos encantou tudo que vivemos. Um clube maravilhoso, uma gente maravilhosa. Desejamos de coração que seja tudo bárbaro na volta de Hernán", disse.