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·04 de maio de 2020
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Há alguns meses, Gerard Piqué começou uma nova experiência profissional, fora dos gramados, mas ligada ao futebol. O zagueiro do Barcelona tornou-se acionista majoritário e presidente do FC Andorra, da Segunda Divisão B da Espanha, no final de 2018.
No entanto, a gestão de Piqué no clube foi alvo de críticas do ex-treinador da equipe, Gabri García, demitido em fevereiro, após três derrotas consecutivas sob comando do Andorra. Ex-jogador do Barça, o ex-comandante do time do zagueiro recordou as más impressões que teve de sua saída do clube.
Em entrevista à rádio catalã RAC1, Gabri deixou clara uma mágoa que tem de Piqué: "Ele teve a última palavra. Profissionalmente, fiquei desapontado".
"Eu perdi três jogos e eles entenderam que tinham que me impedir. Eles me disseram que não me viram capaz de reverter a situação para colocar o time nos playoffs", lembrou Gabri.
O treinador, que hoje está sem clube, falou do projeto ambicioso do Andorra, de querer chegar à Segunda Divisão A com apenas uma temporada na divisão anterior, com uma equipe montada em apenas duas semanas. "Nas primeiras partidas se assumiu que Andorra ficaria no fim da tabela. Mas depois fomos líderes por quatro rodadas e fomos o terceiro time na tabela que mais liderou o campeonato", contou.
Segundo Gabri, foi dito, até mesmo para os jogadores, que poderiam sofrer para não cair, e ainda assim, o clube optou por sua demissão. "Tive dificuldade em entender a decisão, que obviamente foi do Piqué. Primeiro fui informado pela gerência esportiva e depois ele", disse.
Na ocasião da demissão, inclusive, o treinador acreditava que poderia ter uma arrancada e colocar o time em uma boa posição, com possibilidade de acesso à divisão superior. "Não foram números ruins para uma equipe que acabava subir e não que estava nesta divisão há 20 anos. Pensaram que subir da Segunda B para a Segunda A era fácil", disse Gabri.