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·24 de julho de 2023
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Após a goleada do Brasil sobre o Panamá por 4 a 0, nesta segunda-feira (24), em Adelaide, a técnica Pia Sundhage rasgou elogios à atuação da Seleção. Disse que a equipe se saiu muito bem, com personalidade, atitude, e fez questão de ressaltar a qualidade das jogadoras brasileiras, admitindo que isso pode ser um diferencial na Copa do Mundo.
“Eu não ensino nada a elas quando estão em situação de gol. Elas são brasileiras. São imprevisíveis. Encontram muitas soluções diferentes para o ataque. No lance do terceiro gol, que foi lindo, típico do Brasil, eu achava que a Ary ia chutar para a concluir a jogada”, disse a treinadora, referindo-se à assistência que Ary Borges, em condições de fazer o gol, deu para Bia Zaneratto, enganando a defesa adversária.
Ary Borges participou dos quatro gols do Brasil contra o Panamá Créditos: Thaís MagalhãesCBF
Pia revelou que estava temerosa quanto à atuação das jogadoras que estreariam em uma Copa do Mundo. Foram nove ao todo nessa partida contra o Panamá: Letícia, Antônia, Lauren, Bruninha, Duda Sampaio, Adriana, Gabi Nunes, Kerolin e Ary Borges.
“Estava preocupada para ver como se portariam. Foram todas muito bem. Estou orgulhosa delas. Nossa equipe tem uma alegria contagiante, que envolve muita energia e isso passa para os outros jogos”, declarou, durante entrevista coletiva no Estádio Hindmarsh.
Pia Sundhage no gramado após a vitória por 4 a 0 do Brasil Créditos: Thaís Magalhães/CBF
Ciente das dificuldades na sequência da competição, a treinadora deixou clara a necessidade de redirecionar o foco da equipe para o confronto com a França, no sábado (29), o mais esperado do Grupo F da Copa do Mundo.
“Estou feliz, era o primeiro jogo, o que é sempre complicado. Jogamos muito bem, criamos inúmeras oportunidades, fizemos quatro gols. Mas agora é pensar na França, um adversário totalmente diferente. Importante é que ganhamos confiança com essa estreia.”
Pouco antes, logo ao fim do jogo, numa rodinha no centro do gramado, Pia Sundhage, ao lado das jogadoras, do restante da comissão técnica e de parte da delegação brasileira na Austrália, exaltou o espírito de equipe da Seleção e ao mesmo tempo fez o alerta: as comemorações pela goleada eram merecidas e necessárias, mas a concentração para o duelo com as francesas passaria a ser a prioridade.
Na rodinha após a partida, Pia elogiou o desempenho da Canarinho diante do Panamá Créditos: Elsa/FIFA
Ela ainda teve tempo de dar os parabéns à Ary Borges, autora de três gols e da assistência para Bia Zaneratto, e justificou a substituição dela por Marta, aos 30 minutos do segundo tempo, com bom humor.
“Ela já tinha feito o hat-trick, aí eu tive que tirá-la”, disse, deixando a entender que Ary Borges já tinha cumprido o dever com louvor. “Agora vamos ter que pagar o jantar dela", prosseguiu.
A treinadora acrescentou que queria ver Marta em ação e que a entrada da veterana craque estava planejada. "Ela está sem ritmo de jogo e queríamos prepará-la para os próximos compromissos na Copa.”
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