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Trivela

·20 de abril de 2023

Pena por fraude financeira é suspensa até novo julgamento, e Juventus dispara ao terceiro lugar da Serie A

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O Colégio de Garantia do Comitê Olímpico Nacional Italiano aceitou o recurso da Juventus e suspendeu a pena de 15 pontos imposta à Velha Senhora em 20 de janeiro. O clube havia sido condenado por inflar os valores de transferências para manipular os seus balanços. O caso foi devolvido para o Tribunal de Apelações da Federação Italiana (FIGC) e será julgado por um painel diferente ao da primeira sentença. Enquanto isso não acontece, o time de Turim dispara na tabela da Serie A. Assume a terceira colocação, a dois pontos da Lazio, e empurra o semifinalista europeu Milan para fora da zona de classificação à próxima Champions League.

A reversão era esperada. A Federação Italiana não defendeu o seu caso durante a audiência desta quarta-feira. Isso ficou a cargo do procurador-geral do Esporte, Ugo Taucer, que havia admitido que a sentença de 15 pontos tinha “uma falta de clareza na motivação, que precisa ser apreciada e avaliada por um novo julgamento”. O cerne da decisão do Colégio de Garantia é falta de fundamentação para uma punição tão grande, após o promotor da federação, Giuseppe Chiné, ter pedido uma dedução de apenas nove pontos.


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A questão, agora, é o tempo. A Juventus não foi absolvida. O seu recurso foi julgado na forma, e não no mérito, então ainda é provável que ela sofra alguma sanção. No entanto, a pena deve ser menor e não se sabe quando o novo processo terminará. Segundo a Sky Sport, o Colégio de Garantia tem 15 dias para apresentar a fundamentação da sua decisão. Em seguida, o Tribunal de Apelações começará a nova avaliação do caso e essa decisão também pode ser contestada. É possível que não haja uma determinação final até o fim da atual temporada, em junho.

Agora, várias hipóteses estão na mesa. Talvez a Juventus nem sofra uma dedução de pontos, embora não pareça o cenário mais realista. Mas é provável que ela seja mais próxima ao que o promotor da FIGC havia pedido inicialmente. Digamos que seja de exatamente nove pontos: a Velha Senhora ficaria com 50, em sexto lugar, na cola da Internazionale (51) e do Milan (53), vivíssima na briga por Champions. E também existe uma possibilidade razoável de que o processo não termine durante a atual temporada, o que significa que a sentença pode ser aplicada apenas na próxima.

A situação de momento é que a Juventus pulou para a terceira colocação do Campeonato Italiano, com 59 pontos, a dois da vice-líder Lazio. A Roma caiu para o quarto lugar, com 56, e agora é o alvo dos semifinalistas da Champions League. O Milan está em quinto, com 53, e a Internazionale aparece na sequência, com 51. Ainda na briga, a Atalanta é a sétima colocada, com 49 pontos, a sete de um lugar entre os quatro primeiros. Faltam oito rodadas.

Alguns dirigentes que também haviam sido punidos pela decisão do Tribunal de Apelações tiveram seus recursos aceitos. Entre eles, Pavel Nedved. Por outro lado, o Colégio de Garantia rejeitou as apelações do ex-presidente Andrea Agnelli (banido por dois anos) do ex-diretor de futebol, Fabio Paratici, que deixou o Tottenham após sofrer uma suspensão de dois anos e meio, do ex-presidente do conselho, Maurizio Arrivabene, e do ex-coordenador esportivo Federico Cherubini. A manutenção das sanções a diretores importantes e que no fim das contas tomavam as decisões é um sinal forte de que a Juventus não escapará de uma pena pesada, seja nesta temporada ou na próxima.

As fraudes aconteceram em relatórios financeiros apresentados pela Juventus em 2019, 2020 e 2021. A Juventus exagerava os valores de transferências para reduzir as suas perdas. Com déficits artificialmente sanados, os balanços pareciam mais saudáveis do que realmente eram para as entidades reguladoras, como o Fair Play Financeiro da Uefa. A Juventus escapava de punições e podia continuar investindo.

Essa decisão não tem nenhuma influência em um outro caso envolvendo a Juventus, acusada de manipular os salários do elenco. O clube teria anunciado que reduziu alguns vencimentos durante a pandemia, mas teria continuado a pagá-los integralmente por baixo dos panos. Isso pode gerar outra punição, ainda mais pesada.

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