Pedro Martins, diretor de futebol do Cruzeiro, fala sobre caso Vitor Roque | OneFootball

“O Cruzeiro se posicionou institucionalmente. E quando o Cruzeiro se posiciona de forma institucional, é óbvio que todos estamos alinhados e que todos acreditamos na comunicação realizada pelo clube. Uma das maiores virtudes da equipe de gestão montada pelo Ronaldo é porque a gente está na mesma página. Acredita demais no projeto que tá sendo estabelecido pelo clube e estamos todos trabalhando dia e noite pra recuperar a gestão do clube e construir, através de uma nova forma de gestão, um novo futuro para o clube.”

“Com relação ao Vitor Roque, o mais importante a se dizer aqui é que o clube não vai entrar em argumentação ou disputa em narrativas. O clube vem falando o que aconteceu, declarando como ele se posicionou e como vai se posicionar daqui pra frente. A crítica foi sobre a conduta e a forma como a negociação aconteceu. Desde o início a gente procurou estabelecer diálogos e conversas com todos os atletas que estavam em processo de renovação de contrato. Foram 139 negociações. Posso citar dois exemplos que estavam acontecendo ao mesmo com o Vitor Roque: o Geovane e o Rafael Santos. Um lado defende os valores e o que é pretendido pelo atleta, do outro lado o que a instituição quer. E normalmente a gente chega num acordo sempre mantendo a ética e o respeito entre as partes. Foi assim que aconteceu.”

“Com o Vitor Roque não foi diferente, a gente apresentou um plano de carreira, possibilidade de crescimento com o seu desempenho esportivo. E ficou claro, desde o início, que ia ser uma negociação difícil e complicada. E das 139 negociações que a gente participou, apenas uma não teve desfecho… a do Vitor Roque. Seu procurador deixou evidente que o atleta queria sair do clube pela porta dos fundos. Não tem jogador inegociável dentro do clube. Está disposto a sentar e conversar com todos. Não tem problema se quer vender o jogador, ou quer sair. Mas o que a gente pede é uma postura ética, correta e frontal. Infelizmente isso não aconteceu.”

“O clube pretende judicializar o fato. Estamos muito tranquilos e confortáveis com todos os argumentos jurídicos que existem, e o Cruzeiro vai buscar na justiça os seus direitos, pra receber a multa que é correta. Com relação ao atleta, acredito que poderia sim ter uma postura diferente com quem gere a sua carreira, jogadores de alto nível não precisam de leilão, de negociações turbulentas e muito menos sair pela porta dos fundos. A gestão de carreira também é um fator fundamental pro sucesso desportivo. Acho que isso é o mais importante quando a gente fala da negociação do Vitor Roque e da postura que o Cruzeiro vai adotar daqui pra frente.”

“O clube apresentou um plano de carreira procurando valorizar ele, não só no âmbito financeiro, ams também como um protagonista dentro da equipe principal. É uma pena que o atleta e seu estafe optaram por sair pela porta dos fundos. A todo momento o Cruzeiro se mostrou aberto e quis apresentar soluções pra que essa negociação acontecesse de maneira suave e tranquila. Chegamos a trocar minutas nessa negociação. O que gente pode agora é torcer para que novas negociações ou novas posturas com jovens atletas não aconteça dessa maneira. O clube vai manter o profissionalismo, a ética e vai cobrar isso de quem está do outro lado da negociação. Esse é o novo Cruzeiro.”

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