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·04 de agosto de 2020
Pedro Gusso: o londrinense que hoje atua em Malta

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Antes de mais nada, relembramos que a coluna Lado B do Futebol, segue trazendo toda terça-feira uma entrevista exclusiva. Portanto, hoje iremos lhe apresentar Pedro Luiz Soares Gusso, 26 anos, natural de Londrina, e que atualmente defende o Lija Athletic, um clube de Malta.
Tratando-se sobre o início da paixão pelo futebol, o atleta comentou que foi totalmente influenciado pela própria família. Já que o pai sempre o levou para assistir os jogos, e também seu tio foi jogador profissional. Logo, se viu interessado por este mundo desde pequeno. A princípio, o jogador iniciou no PSTC de Londrina. Assim sendo, teve passagens pelo Londrina, Toledo, Prudentópolis, Apucarana, Itararé e Operário-PR . Por fim, retornou ao Prudentópolis pela temporada 2017/18, quando recebeu a proposta de partir rumo à Europa. O londrinense contou que nessa época, um amigo que hoje também está em Malta, o indicou ao empresário que cuidava da transação. Então eles conversaram, acertaram o contrato com o Lija Athletic e no meio de 2018, Pedro chegou ao arquipélago conhecido mundialmente por suas belas praias. Portanto, no início deste ano, o futebolista foi emprestado ao Mosta FC, time que disputa a Premier League de Malta. Contudo, já está de volta ao clube inicial.
“Foi muito bom, muito proveitoso. Passei por alguns clubes que são destaques na formação de atletas, digamos que foi um aprendizado gradativo. Comecei no PSTC, onde abriu as portas para eu começar, fiz amizades lá que trago até hoje, é um lugar que tenho muito carinho e sou muito grato. Depois passei pelo Athletico Paranaense, um lugar sensacional, que tem uma estrutura maravilhosa. Um lugar que aprendi muito dentro e fora de campo. Uma lembrança marcante foi no Londrina, que ganhamos o Paranaense pelo Sub-20 em 2014. Sou grato à Deus pelo meu tempo na base, os títulos e os amigos. Não tem preço.”
“Eu acho relativo, em cada clube que a gente passa tem um aprendizado diferente. Mas eu creio que através do futebol, e um conjunto com a vida, meu maior ensinamento foi nunca desistir. Sempre trabalhar, dar duro, dar o seu melhor sempre, que a recompensa vai vir. O futebol existe o talento, existe tudo, mas existe o trabalho. Se preparar para o jogo, para o treino, para tudo, e sempre estar disposto a dar o seu melhor.”
“Não foi tão difícil assim porque quando eu cheguei era verão. Aqui é um país sensacional, uma ilha maravilhosa, com praias sensacionais, então não foi tão difícil porque não foge muito do clima do Brasil no verão. O inverno também não é tão rigoroso quanto outros países da Europa. Questão da língua tem o maltês, mas o bom é que a maioria fala inglês, então eu consigo me comunicar um pouco com eles. Já a cultura é um pouco diferente, mas a gente se adapta. A gente vai respeitando e aprendendo também. Alimentação não foge muito de como eu me alimentava no Brasil.”
“É meio complicado falar né, porque aqui é um país que ainda estão desenvolvendo o futebol, estão crescendo. O Brasil é o Brasil né, sempre foi formador de atletas, sempre foi influência no mundo todo. Aqui é um futebol mais físico, mais pesado, e o Brasil é um futebol mais solto, mais jogado, onde você vê jogadas individuais mais constantes.”
“Minha relação com Malta é muito boa. Todo mundo que vem para cá se apaixona pelo país, por tudo o que tem, por tudo o que nos oferece. Questão do futebol também foi muito bem recebido aqui no clube, então não tenho o que reclamar.”
“Dentro de campo eu sou um jogador batalhador, que sempre vai dar o melhor de si, que nunca vai desistir e independente da situação sempre vai estar disposto a ajudar. Sempre vou correr pelos meus companheiros também. Creio que esse sou eu.”
“Não vou negar que sim. Por todas as dificuldades que a gente passa, é difícil porque a gente abre mão de muitas coisas, de estar com a família, com os amigos. A gente vê eles se divertindo, fazendo tudo, e a gente está ali concentrado para jogar. Também questão de oportunidade, as vezes acaba demorando para aparecer e ficamos aflitos. Como no Brasil tem muitos talentos, amigos que desistiram, justamente pela falta de oportunidade. Depois eu pensei que foi para isso que nasci, isso que eu sei fazer. Minha família e amigos sempre me apoiaram e me colocaram para cima, então eu pensei mas eu não consegui. É isso que eu amo na vida.”
“Eu estou com uma idade relativa, mas ainda tenho sonhos, tenho planos. Quero chegar em uma liga grande no futebol mundial, e creio que ainda dá tempo. Quero dar uma condição digna para a minha família, quero ajudá-los. Consequentemente, para os meus amigos também e para os que sempre me ajudaram, me incentivaram e me apoiaram.”
“Primeiramente é Deus, porque se não fosse por Ele eu não estaria aqui, nada disso teria acontecido. Depois é a minha família, e meus amigos.”
Foto Destaque: Divulgação/Arquivo Pessoal