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·05 de março de 2025

Parque dos Príncipes, da frustração e da injustiça

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27 remates, zero golos. Dois tiros, um motivo para festejar. Na casa do campeão francês, o Paris SG minimizou o Liverpool... e saiu derrotado. Num desfecho surpreendente face aos acontecimentos do encontro, os reds seguem em vantagem para a segunda mão (0-1) - bem podem agradecer a Alisson.

Frente a frente estavam duas das melhores e mais entusiasmantes equipas do mundo, líderes dos respetivos campeonatos. Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Diogo Jota receberam a confiança de Luis Enrique e Arne Slot para, de início, abrilhantarem o encontro.


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Um desigual braço de ferro

Após o primeiro apito da noite, o Liverpool entrou atrevido, com intenções de impor um estilo de jogo atrativo e pressionante, o clássico, que deu força às opiniões que apontam os reds como a melhor equipa de Europa - considerado por muitos - de melhor equipa da Europa.

Contudo, essas intenções e opiniões cedo caíram por terra. Por mérito parisiense.

Dos cinco/dez minutos até ao final do primeiro tempo, os franceses foram absurdamente superiores. Ganharam vida com um par de recuperações em zona adiantada e, além de não perderem o domínio da partida, depois embalaram para o futebol espetáculo.

Dembélé, Kvaratskhelia, Barcola, Vitinha, Hakimi, Nuno Mendes… Mais valia escrevermos aqui o onze inicial, caro leitor! Todos jogaram e fizeram jogar, com grande mobilidade e intensidade. Assim, não havia outro desfecho possível que não seja uma sucessão estonteante de oportunidades para abrir o teimoso e malandro marcador.

A melhor aconteceu à meia hora e veio a triplicar. Dembélé, de repente, apareceu isolado e atirou para uma enorme defesa. O brasileiro voltou a defender a recarga e, no desespero, Barcola chutou fortíssimo, por cima. Liverpool reduzido a uma pequenez nunca vista em 2024/25, só salvo pelo milagroso Alisson.

Em embates entre emblemas com tantos argumentos, por vezes, uma pequena conversa ao intervalo altera todo o rumo dos acontecimentos. Não foi o caso e o louco carrossel francês continuou.

Qual é a história da água mole?

Pela direita, esquerda, ou centro. De bola parada ou corrida. Com cruzamentos ou de forma apoiada. O perigo nasceu por todos os lados e só aumentou a injustiça do marcador. Noite inglória para os franceses e terrífica para os ingleses.

Khvicha e Dembélé incansáveis na procura do golo, Salah e Jota desaparecidos em combate, Alisson em modo Deus. Os acontecimentos da segunda parte só fizeram os comentários do primeiro tempo subirem de tom.

"Quem não marca, sofre". As frases feitas do futebol começavam a pairar, mas pareciam, ainda assim, impossíveis face ao domínio. Ora, o que aconteceu perto do fim comprovou que nada é impossível.

No segundo remate do encontro para o Liverpool, Harvey Elliot foi servido por Darwin e, com espaço, nos primeiros toques na bola, fez o golo que deu vantagem aos ingleses na eliminatória. Em 27 tiros disparados, os parisienses foram incapazes de abanar as redes de Alisson.

No mesmo país onde o Liverpool tanto fez na final da Liga dos Campeões de 2022, frente ao Real Madrid, e saiu derrotado, desta feita, foi feliz, para mal dos pecados do Paris SG. A segunda mão joga-se na próxima semana.

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