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·01 de dezembro de 2023

Parceria com QSI e acordo por reforços: as ideias de Rodrigo Marino, candidato à presidência do Santos

Imagem do artigo:Parceria com QSI e acordo por reforços: as ideias de Rodrigo Marino, candidato à presidência do Santos

Segundo colocado nas eleições de 2020, Rodrigo Marino está novamente na disputa para ser presidente do Santos. O empresário  é da chapa 3, denominada “Renova Santos”, e tem como vice Clovis Cimino. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, ele comentou sobre as suas propostas de gestão.

Um dos principais pontos é a transformação do Peixe em SAF. A sua ideia, contudo, é formar uma parceria. Para tornar o seu plano em realidade, ele afirmou que já tem uma boa relação com a Qatar Sports Investments (QSI).


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“A SAF é uma tendência no futebol brasileiro, mas nenhuma das SAFs que se concretizaram até ́ o momento me agradou. Foi muito melhor para o investidor do que para o clube. O Cruzeiro foi comprado por R$ 400 milhões. Isso é uma ninharia perto do que vale uma instituição. O Cruzeiro é multicampeão. É o valor da venda de um jogador. Não pode. Me agrada muito mais o sistema de parceria. O que queremos da SAF? Injeção de capital e a profissionalização do clube. Isso existe no sistema de parceria e o clube não deixa de ser do seu verdadeiro dono, que é o seu torcedor. Você vende uma parte do clube, minoria. O clube segue mandando”, disse.

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“Nessa linha, eu estive na Europa e fui visitar o Braga, que acabou de fechar uma parceria com a QSI. Vendeu 30% por 50 milhões de euros. O Santos negocia com a QSI há dois anos, tem uma relação. O presidente do Braga me disse que a QSI quer um clube no Brasil e esse clube é o Santos. A QSI colocaria 200 milhões de euros no Santos. Eu sempre faço questão de dizer que não está condicionado ao Rodrigo ganhar a eleição. A QSI quer o Santos, não o Rodrigo. Mas eu fui lá e abri a porta”, completou.

Com a possível injeção de dinheiro, Rodrigo Marino pretende investir no elenco do Santos. O candidato destacou que quer ver o time disputando o título do Campeonato Paulista em 2024. A última vez que a equipe chegou na final do torneio foi em 2016, quando conquistou o seu último título.

“A prioridade tem que ser o futebol. O futebol é um fracasso há três anos. A partir do começo do ano, temos que ter um time pronto para disputar o campeonato. Estamos há três anos brigando para não cair, fazendo a torcida passar vexames e humilhações. Não tem outro caminho além de montar um time para ser campeão. Eu falei para o meu grupo político que aceitava concorrer na eleição desde que a gente consiga trabalhar para fazer um time campeão. Estamos trabalhando nisso há seis meses”, contou.

O empresário ainda alegou que já firmou alguns acordos com executivos e jogadores para reforçar o Alvinegro Praiano assim que a próxima temporada começar.

“Hoje posso dizer que tenho um diretor de futebol, um executivo apalavrado, muito embora o Gallo e o Marcelo Fernandes tenham que ser considerados. A gente já tem planejado, já temos jogadores contratados para fechar com eles em janeiro. Dia 2 de janeiro já começa a pré temporada. Queremos montar um time campeão capaz de devolver o sorriso e o orgulho do torcedor santista”, revelou.

Por fim, Rodrigo Marino também afirmou que irá acabar com o Comitê de Gestão. Na sua visão, esse sistema “esconde” o presidente do clube.

“Além do futebol, precisa mudar o sistema de gestão. Hoje temos o Comitê de Gestão. Isso precisa acabar. Já vigora há 14 anos no Santos. É um sistema que não deu certo, comprovadamente. Precisa mudar de imediato. Precisa acabar com o CG e voltar ao sistema presidencialista. Assim, o presidente vai ser cobrado por erros, danos, perdas…No sistema de hoje, são cinco pessoas que tomam as decisões e, no fim, ninguém é cobrado. O presidente se esconde atrás da diretoria. Tem que voltar ao regime presidencialista. Depois de arrumar o futebol, tem que acabar o CG”, finalizou.

Rodrigo Marino tem 49 anos. Ele iniciou a sua vida profissional servindo às Forças Armadas por seis anos. Ele também atuou na gestão da empresa Prosegur Brasil S/A, uma multinacional de transporte de valores. Atualmente, ele é empresário no ramo do comércio, especificamente na área de e-comerce.

A votação para definir o presidente do Peixe nos próximos três anos será no dia 9 de dezembro.

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Veja outros trechos da entrevista de Rodrigo Marino à Gazeta Esportiva

Principal erro do Santos atualmente “O Santos abdicou do futebol. O Santos é futebol. O Santos negligenciou o futebol. Houve um erro de planejamento dessa diretoria ou nem houve. Foram contratados 48 jogadores em três anos, 11 técnicos e oito diretores de futebol. Foi gasto R$ 150 milhões de maneira desordenada. O grande erros foi dentro de campo, a parte desportiva, que naturalmente puxa a parte financeira. O dinheiro vem de dentro de campo. Você precisa ser campeão para ter prêmios, público e patrocinadores. Todos esses recursos giram em torno de um time competitivo”

Reforma da Vila Belmiro “Na verdade, ninguém conhece o projeto a fundo. Temos informações que não são tão claras. Ninguém conhece exatamente o projeto, ninguém viu, quanto vai custar, como via acontecer. Existe a carta de intenção com a WTorrre está captando recurso. A Arena tem que sair o mais rápido possível. O Santos precisa e o torcedor merece. Quanto mais rápido sair, mais rápido o Santos volta a crescer. Dia 2 de janeiro, vou tomar ciência deste contrato e vou torná-lo público. De um modo geral, precisamos mostrar qual o tamanho do investimento, qual o projeto arquitetônico e tocar isso com bastante severidade. Precisa começar a ser construída”

Jogos em São Paulo “O Santos precisa e vai jogar em São Paulo. Eu faço uma conta: na cidade de Santos temos 480 mil pessoas. Em São Paulo a gente tem mais de 500 mil santistas. Tem mais santistas em São Paulo do que habitantes em Santos. Não faz sentido não jogar para esse público. Precisamos jogar em São Paulo. Vamos jogar no Pacaembu. O Santos pode mandar os seus jogos no Pacaembu, que vai ser uma arena moderna e linda. Não é só mandar o jogo. Precisamos fazer um evento esportivo. A praça ali na frente do Pacaembu pode se transformar em um evento de matchday, com gastronomia, música, troféu, ídolo, loja…Você cria um evento esportivo, uma atmosfera diferente. Você atrai um público diferente. Você lota  o estádio e devolve algum tipo de benefício ao sócio. A ideia é jogar em São Paulo e tornar o jogo em um evento esportivo”

Categorias de base “Categorias de base é um xodó da torcida e é uma fonte de sustento do clube há muito tempo. A base precisa ser estruturada de verdade. Hoje a base do Santos não tem uma estrutura totalmente voltada ao desenvolvimento dos jogadores. Temos no nosso projeto a construção de uma estrutura para total desenvolvimento e formação dos Meninos da Vila. Isso vai ser feito no CT Rei Pelé. Uma área de 1800 metros quadrados. São dois pisos. Ali vai ter fisioterapia, academia, médico, dentista, departamento de futebol, toda engrenagem para os Meninos da Vila vingarem”

“A questão da metodologia de trabalho também é muito importante. Atualmente, a base do Santos está pensada para ganhar partidas de campeonato, não está desenhada para desenvolver e formar os jogadores para eles subirem com 16 ou 17 anos. O treinador joga feio, por uma bola, não deixa o garoto colocar a sua criatividade. Por que? Porque ele precisa ganhar o jogo. A comissão técnica vai ser avaliada pela evolução de desempenho dos atletas, vamos medir os atletas em vários períodos do ano. Se ele estiver desenvolvendo, é sinal de um bom trabalho. Se não, temos que corrigir a rota. A virada de chave é trabalhar o desenvolvimento dos atletas e não o resultado dos jogos. O trabalho é de formação”

Futebol feminino “Futebol feminino no Santos, nos últimos três anos, eu avalio como o melhor resultado dentro de campo. O time feminino do Santos sempre chega até as quartas, semi e final. Não tem batido campeão por alguns detalhes. O time precisa de dois ou três reforços de jogadores diferentes. Estamos falando de um salário de R$ 30 mil. Se a gente colocar R$ 100 mil por mês a mais no femiino,a gente consegue ter dois ou três atletas diferentes  e seremos campeões. O projeto é apoiar e melhorar esse time. O feminino é o mais fácil de dar aquela lapidada”

Marcos Leonardo vai ficar? “O Marcos Leonardo não está vendido. A janela de transferências do começo de ano é ruim, a boa é no meio. No meio do ano, ele vale mais do que agora. Se for possível segurar ele e aproveitar o primeiro semestre, temos que fazer das tripas coração para conseguir fazer isso. O projeto é ser campeão paulista. O Marcos Leonardo vai fazer muita diferença nisso. A ideia é segurar a onda do jeito que der até o meio do ano e, aí sim, negociar com uma proposta melhor. Essa é a ideia. Precisamos sentar na cadeira e entender de fato o que está acontecendo”

Neymar pode voltar? “Todos os planos possíveis e imagináveis para voltar o Neymar. É um ganho técnico, de imagem e de patrocínio muito grande. Mas ele tem um contrato de dois anos. Ele precisa cumprir. Depois, ele vai escolher se ele vem ou não. O Neymar custa bilhões, é um investimento muito difícil. O Neymar volta se ele quiser voltar. Se ele estiver disposto, eu busco ele no aeroporto, mas vai depender muito mais dele do que do Santos”

Por que votar em Rodrigo Marino? “O Santos precisa renovar, oxigenar, mudar o que vem sendo feito ao longo dos últimos anos. O Santos vem sendo administrado pelos últimos cinco, sete presidentes por uma mesmice. A gente traz propostas de renovação, de oxigenação a gestão. São propostas viáveis. Eu mostro como eu vou fazer. O projeto feito para as categorias de base, por exemplo, foi validado pelo Roberto Carlos. Ele é santista e achou o projeto maravilhoso. A gente já conhece muito do futebol do clube. Eu vou buscar os R$ 50 milhões que vou buscar no Comitê Brasileiro de Clubes. Já tenho a porta aberta com a QSI. É uma renovação. É um gestor que abre portas, monta projeto e faz acontecer. Entendo que tenho as melhores propostas e tenho uma experiência muito grande no Santos. O Santos é uma religião na minha casa. Entendo que tenho condições de verdade de colocar o Santos em um patamar diferente no futebol brasileiro”

Injeção financeira “Existe um instituto no Brasil chamado Comitê Brasileiro de Clubes, que apoia e incentiva o esporte amador. Tudo o que não é profissional dentro do futebol esse comitê pode ceder recurso. Você monta o projeto, apresenta, eles validam e te dão preciso. Você pode custear o futebol feminino, a base, toda comissão de base, esportes olímpicos, futsal, vôlei e basquete. Você pode construir um projeto para a base, por exemplo. São não pode usar para o profissional. Qual a vantagem? Se eu custear tudo o que é de amador, sobra dinheiro para o profissional. Consegue alavancar o clube. Imagina o Santos na liga nacional de futsal, vôlei e basquete. Você gera uma nova luz para o clube, mais patrocínio e investimento”

“Na base você melhora a formação, cada vez mais jogadores no profissional. Você pode custear o salário do feminino, das comissões técnicas da base…Esse Comitê Brasileirod e Clubes é um recurso que está disponível, mas o Santos não busca. O Flamengo pegou R$ 50 milhões ano passado. O Comitê devolveu R$ 200 milhões ao Governo. Ninguém foi buscar. Esse recurso é imediato. Monta o projeto e vai buscar. É bater, ser aprovado e o recurso vir. É um plus no nosso faturamento”

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