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·04 de março de 2024

Palmeiras estuda medidas legais contra diretor do São Paulo por falas xenofóbicas a Abel e critica Casares

Imagem do artigo:Palmeiras estuda medidas legais contra diretor do São Paulo por falas xenofóbicas a Abel e critica Casares

As confusões que marcaram o empate de 1 a 1 entre São Paulo e Palmeiras, neste domingo, no Morumbis, seguem rendendo. Nesta segunda-feira, o Verdão afirmou que estuda medidas legais contra o diretor de futebol do Tricolor, Carlos Belmonte.

O Verdão alega que o dirigente foi flagrado “xingando de forma xenófoba o técnico Abel Ferreira após o jogo”.


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“Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos. O Palestra Italia nasceu pelas mãos de imigrantes que resistiram à intolerância para que o clube não morresse. A nossa história foi construída com o amor e a dedicação de jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Repudiamos, portanto, qualquer tipo de discriminação, quanto mais ofensas que incitem a aversão a estrangeiros”, escreveu o time em nota.

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“Não é segredo que o futebol brasileiro atravessa um momento perigoso, com casos cada vez mais frequentes de violência, como o brutal ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza, há menos de duas semanas, e a morte de um torcedor em Belo Horizonte (MG), no último sábado (2). Neste cenário complexo e desafiador, cabe a quem comanda o compromisso com a responsabilidade, não com o ódio”, ampliou.

O Palmeiras ainda criticou o posicionamento do presidente do São Paulo, Julio Casares, na zona mista do Morumbis. O mandatário reclamou da arbitragem do clássico e indicou que o Abel apita os jogos do Paulistão.

“Lamentamos também a postura do presidente do São Paulo, Júlio Casares, que, em um pronunciamento raivoso na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira. Trata-se de um comportamento inadequado e incompatível com quem ocupa um cargo de tamanha relevância. O desequilíbrio, a insensatez e a histeria somente potencializam a violência que todos, juntos, deveríamos combater”, comentou o Alviverde.

O clima foi bem quente após o empate. O árbitro Matheus Delgado Candançan relatou na súmula que foi xingado por jogadores e membros da diretoria do Tricolor no corredor dos vestiários no Morumbis.

“Foram proferidas as seguintes palavras pelos dirigentes Fernando Bracalle Ambrogi, Carlos Belmonte Sobrinho, Julio César Casares, ‘safados, que pênalti foi esse? Sem vergonhas, filhos da p*’, vai tomar no c*, você não vai ficar em paz, desgraçados, o Abel apitou o jogo hoje'”. escreveu o juiz.

O lateral direito Rafinha e o atacante Wellington Rato, que ficaram de fora do embate por lesão, também protestaram.

Para conter os ânimos, Matheus Delgado Candançan solicitou a intervenção do policiamento com escudos. As autoridades, então, retiraram os dirigentes e jogadores tricolores.

O VAR foi o protagonista do clássico ao marcar um pênalti do goleiro Rafael no zagueiro Murilo. Depois, sugeriu a revisão por um possível pênalti de Piquerez em Luciano, mas Matheus Candançan manteve sua decisão de campo. Outro lance polêmico foi a não expulsão de Richard Ríos após entrada em Pablo Maia, jogada que não foi revisada pelo árbitro de vídeo.

O técnico Abel Ferreira não concedeu entrevista coletiva após o empate, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista. A decisão se deu após o São Paulo barrar a sala de coletiva do estádio para o treinador falar.

Veja a nota do Palmeiras na íntegra

A Sociedade Esportiva Palmeiras estuda as medidas legais cabíveis contra o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, flagrado xingando de forma xenófoba o técnico Abel Ferreira após o jogo de ontem, no Morumbis. Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos.

O Palestra Italia nasceu pelas mãos de imigrantes que resistiram à intolerância para que o clube não morresse. A nossa história foi construída com o amor e a dedicação de jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Repudiamos, portanto, qualquer tipo de discriminação, quanto mais ofensas que incitem a aversão a estrangeiros.

Desse modo, lamentamos também a postura do presidente do São Paulo, Júlio Casares, que, em um pronunciamento raivoso na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira. Trata-se de um comportamento inadequado e incompatível com quem ocupa um cargo de tamanha relevância. O desequilíbrio, a insensatez e a histeria somente potencializam a violência que todos, juntos, deveríamos combater.

Reiteramos que estamos analisando as medidas judiciais cabíveis para proteger o nosso treinador e o próprio Palmeiras.

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