Países que não 'existem', rivais do Brasil e +: os lanternas em Copas | OneFootball

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Luiz Signor·19 de novembro de 2022

Países que não 'existem', rivais do Brasil e +: os lanternas em Copas

Imagem do artigo:Países que não 'existem', rivais do Brasil e +: os lanternas em Copas

Nenhuma seleção campeã do mundo foi a última colocação de um Mundial até o momento.

Mas a lista conta com equipes que hoje são tradicionais.


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Tem por exemplo, as três rivais do Brasil na Copa do Catar.

E contempla várias histórias relevantes.

Primeiro: confira todas as lanternas:

  • 1930 – México
  • 1934 – Estados Unidos
  • 1938 – Índias Orientais Neerlandesas
  • 1950 – Bolívia
  • 1954 – Coreia do Sul
  • 1958 – México
  • 1962 – Suíça
  • 1966 – Suíça
  • 1970 – El Salvador
  • 1974 – Zaire
  • 1978 – México
  • 1982 – El Salvador
  • 1986 – Canadá
  • 1990 – Emirados Árabes Unidos
  • 1994 – Grécia
  • 1998 – Estados Unidos
  • 2022 – Arábia Saudita
  • 2006 – Sérvia & Montenegro
  • 2010 – Coreia do Norte
  • 2014 – Camarões
  • 2018 – Panamá

Siga suas seleções e seus jogadores favoritos no OneFootball para ficar por dentro de tudo sobre a Copa do Mundo do Catar!

E, agora, veja algumas curiosidades e fatos históricos 👇🏽


Quem não ‘existe’ mais?

Era uma Holanda ‘alternativa’

Já ouviu falar das Índias Orientais Neerlandesas?

Tal região era colônia da Holanda quando disputou a Copa de 1938 – foi a primeira seleção asiática e marcar presença em um Mundial.

A aventura não passou do primeiro jogo: goleada de 6 x 0 para a Hungria, que seria vice-campeã.

E a hoje Indonésia nunca mais voltou à maior festa do futebol mundial.

Ameaças de um ditador

O Zaire também passou a ser conhecido por outro nome: República Democrática do Congo.

E foi, na época, o primeiro país da África negra a disputar uma Copa, a de 1974, na Alemanha.

A expectativa de uma boa campanha não foi longe após diversos problemas envolvendo Joseph Mobutu, ditador que comandava o país.

Zaire na chave que tinha o Brasil e chegou ao duelo contra Zico & Cia. já eliminado – após as derrotas para Escócia (2 x 0) e Iugoslávia (9 x 0).

Após o tropeço na estreia, o elenco descobriu que a premiação prometida por Mobutu pela histórica classificação não seria paga. O que quase resultou em uma greve.

Já o segundo revés veio após Blagoje Vidinic, técnico do Zaire e que era nascido na Iugoslávia, preterir dois destaques do time. Um deles foi o atacante Adelard Mayanga, cujo apelido era “brasileiro”.

A suspeita de favorecimento ao rival nunca se confirmou.

Tal resultado fez com que Mobutu prometesse que os jogadores não voltariam ao Zaire em caso de uma nova derrota por mais de quatro gols.

Veio o duelo contra o Brasil. E o 3 x 0 “evitou” algo pior.

Só que nenhum atleta daquela geração conseguiu deixar o país. E muitos morreram na pobreza.

País que nem existia na Copa 🤯

Sérvia & Montenegro foram um só país por apenas três anos (2003 e 2006).

O suficiente para disputar o Mundial de 2006 na Alemanha.

Ambas as nações foram o último vestígio da antiga República Federal Socialista da Iugoslávia.

Que já tinha visto Eslovênia, Croácia, Macedônia e Bósnia & Herzegovina declararem independência em 1991 após o fim da União Soviética.

A classificação para aquela Copa veio com a surpreendente liderança do Grupo 7 das Eliminatórias Europeias – deixando a Espanha na repescagem.

Só que país colapsou oito dias antes de a seleção sérvio-montenegrina entrar em campo,

O que aconteceu quando Montenegro declarou sua independência em 3 de junho.

A Sérvia fez o mesmo logo depois (5 de junho).

Ou seja: Sérvia & Montenegro estreou na Copa em 11 de junho diante da Holanda sem existir como país.

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E a campanha foi de três derrotas: 1 x 0 para a Robben (com cabelo) & Cia., 6 x 0 quando encarou a Argentina e, por último, o 3 x 2 diante da Costa do Marfim.

A Associação de Futebol de Montenegro fez o pedido de reconhecimento junto à Uefa, estreando como seleção independente em março de 2007.

Já  Sérvia, por sua vez, herdou o histórico da Iugoslávia. Essa será a rival do Brasil na estreia.


Também não voltaram mais

Foi o que aconteceu para outras duas seleções.

O Emirados Árabes Unidos fez história ao disputar o Mundial de 90, na Itália.

Mas ficou zerado após ser goleado por Alemanha Ocidental, Iugoslávia e também perder para a Colômbia de Rincón.

Até houve a real possibilidade de ir ao Mundial do quase vizinho Catar.

Mas o sonho acabou nos playoffs com a derrota para a Austrália por 2 x 1 – que eliminaria o Peru nos playoffs continentais.

Já o Panamá foi a grande surpresa nas Eliminatórias da Concacaf para a Copa de 2018 – colaborando para a ausência dos EUA.

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Mas não brilhou em solo russo. Três derrotas (Bélgica, Inglaterra e Tunísia) e lanterna por ter sofrido mais gols do que o também zerado Egito.

A busca pelo Catar acabou com o quinto lugar no Octagonal Final da Concacaf. Fez 21 pontos, contra 25 da Costa Rica – que foi ao Mundial após passar pela Nova Zelândia.


Outros tempos

O México que alcança as oitavas de final em todas as Copas desde 1994 já sofreu (e muito).

É o recordista em últimas colocações: três.

O que aconteceu em 1930 (primeiro lanterna da história), 1958 e 1978.

Até o já citado Mundial de 1994 nos Estados Unidos, o México só não caiu na primeira fase em 1970 e 1986, justamente quando sediou o torneio – chegou às quartas de final nas duas edições.

Segunda rival do Brasil em solo catari, a Suíça foi a lanterninha em 1962 e 1966.

Teria sido efeito do fato de não ter atuado em casa?

O Mundial de 1954 – o primeiro na Europa pós-Copa – foi lá.

E os donos da casa foram até as quartas – o melhor desempenho até hoje.

Campanha que não foi repetida em 1958: sequer se classificaram.

Mas a Suíça passou a ser presença constante nos mata-matas: foi três vezes às oitavas entre 2006 e 2018.

E volta a estar no caminho brasileiro na fase de grupos.

Terceiro e último rival do Brasil, Camarões reencontrará o Brasil após o fracasso de 2014.

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Foram três derrotas na chave que ainda tinha Croácia e México.

Austrália e Honduras também ficaram zeradas, mas terminaram com saldo superior.


Foto de destaque: Stu Forster/Getty Images