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Nathalia Araújo·16 de novembro de 2019
⭐️Os melhores times da década #5: Bayern de Munique (2013-2016)

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Nathalia Araújo·16 de novembro de 2019
Os editores do Onefootball se reuniram para debater e definir: quais são os melhores times da década? Depois de um intenso debate, nossa equipe chegou a um top 5 e você vai conhecer os escolhidos ao longo dos próximos dias.
A temporada 2011/2012 foi a mais dolorosa da história do Bayern de Munique. Não bastasse o vice-campeonato na Bundesliga e a derrota na Copa da Alemanha – ambos para o Borussia Dortmund – o pior estava por vir no dia 19 de maio de 2012.
O roteiro era perfeito: final da Liga dos Campeões, na Allianz Arena. Pela frente, estava o Chelsea – e o terrível destino de ser derrotado em casa, na disputa de pênaltis.
A Finale Dahoam, contudo, não conseguiu quebrar a equipe. A resposta do Bayern veio com uma repaginação em seu estilo de jogo e a quebra de recordes no mercado de transferência, com a compra de Javi Martínez por 40 milhões de euros.
Doze meses depois do trauma, veio a glória.
Jupp Heynckes e seus comandados conquistaram a Bundesliga fazendo 91 pontos e quebrando o recorde estabelecido pelo Borussia Dortmund na temporada anterior (81). O rival, inclusive, foi a pedra no caminho da vez na nova final da Liga dos Campeões.
Mas, dessa vez, em Wembley, foi diferente. Sim, teve drama e lágrimas. Mas o gol de Robben, aos 89 minutos, lavou a alma de jogadores e torcedores.
A tríplice coroa foi celebrada na semana seguinte, com a conquista da Copa da Alemanha, contra o Stuttgart.
Essa foi a última temporada de Heynckes à frente do time. Então, veio Pep Guardiola.
O treinador catalão conseguiu sustentar os resultados e ainda transformar totalmente a sua equipe. É difícil apontar um jogador que não tenha melhorado sob o comando do técnico.
Manuel Neuer se tornou, de longe, o melhor goleiro do mundo, além de ser um “jogador extra” na zaga com suas saídas do gol. Algumas, eram de apertar o coração. Mas era bonito de se ver o talento do arqueiro com os pés.
Philipp Lahm foi redesenhado como volante. Junto com David Alaba, eles eram os responsáveis por proteger o Bayern de contra-ataques e dominar a posse de bola. Enquanto isso, Jérôme Boateng atingiu um novo nível, com um dominante trabalho defensivo combinado a um passe mortal.
A filosofia única do Bayern estava, enfim, forjada. O meio-campo consistia do controle e da técnica espanhola – Thiago e Xabi Alonso – combinados com a típica classe alemã – Bastian Schweinsteiger.
Arjen Robben e Franck Ribéry continuaram a aterrorizar as defesas adversárias. A incrível velocidade e verticalidade dos dois fez com que o próprio Guardiola mudasse sua visão sobre o futebol e como usar jogadores nestas posições.
Robert Lewandowski chegou em 2014 e, apesar de demorar um pouco para entrar no ritmo, logo foi aperfeiçoado – o resultado podemos ver hoje, com o atacante marcando gols em todos os jogos da atual temporada até aqui.
De 2012/2013 até 2015/2016, incluindo apenas os jogos que ainda valiam na briga pelo título, o Bayern perdeu cinco de 117 partidas na Bundesliga.
Uma tríplice coroa com Heynckes. Domínio doméstico e sempre indo até o limite com Guardiola. Uma versão reconstruída de como o futebol poderia ser jogado. Este Bayern foi realmente revolucionário.
Se esse Bayern teve algum problema, este foi a falta de disposição na reta final da temporada. A equipe garantia o título da Bundesliga e desacelerava, como se não houvesse nada mais em jogo. E isso acabou custando a Liga dos Campeões, com eliminações nas semifinais em 2014, 2015 e 2016.
Um segundo troféu da competição mais cobiçada da Europa seria o ideal para coroar este dominante Bayern de Munique. Mas não se engane: ainda assim, o clube conquistou a grandeza.