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Marcos Monteiro·06 de dezembro de 2018

Os melhores e piores técnicos do Campeonato Brasileiro

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A rotatividade dos treinadores no Brasil é uma das mais elevadas. Enquanto na Europa vê-se técnicos que ficam no cargo por temporadas, como Simeone, que dirige o Atlético de Madrid há seis anos, os técnicos dos clubes brasileiros ficam no cargo, em média, 6,4 meses, de acordo com levantamento do Globoesporte.com.

Desde 2003, o time que trocou técnicos menos vezes foi o Cruzeiro: foram 27 trocas de comando no celeste mineiro. Atlético-PR e Bahia dividem o posto de times que mais rodaram o comando técnico: foram 63 trocas.


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Atualmente, Mano Menezes é o treinador a mais tempo à frente de um clube nacional. O ex-treinador da Seleção comanda o Cruzeiro há 2 anos e meio.

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A temporada de 2018 terminou com o número recorde de 29 trocas de treinadores. Trinta e nove nomes passaram pelos 20 clubes da Série A, uma média de praticamente dois por time.

Elencar os melhores exige uma análise de vários fatores. O momento do clube e treinador, o estilo de jogo, a estética da equipe (joga bonito?) e, obviamente, os resultados.

O clássico exemplo do paradoxo em avaliar um treinador é Fernando Diniz. Há tempos considerado um dos mais promissores do Brasil, Diniz costuma implementar seu estilo de jogo ofensivo, com trocas de passes, controle de bola e ataques em bloco.

Porém, os resultados não o sustentam em grandes clubes. No Atlético-PR até 25 de junho, o treinador saiu com 35% de aproveitamento.

Para evitar injustiças, evitamos aqui a criação de um ranking, mas sim dividimos os técnicos entre “Melhores”, “Piores”, “Decepções” e “Revelações”. Levamos em conta somente o Campeonato Brasileiro.


Decepções

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  1. Alberto Valentim: após conseguir bons resultados com o Palmeiras na reta final de 2017, Valentim foi para o Botafogo. Com os cariocas, o treinador fez um bom trabalho e acabou contratado pelo Pyramids. Após dois jogos no Egito, Valentim acertou com o Vasco e não emplacou. Teve problemas para tirar o Cruzmaltino da briga contra o rebaixamento e terminou o campeonato com 39,5% de aproveitamento. Foram 40 pontos conquistados em 36 jogos (por Botafogo e Vasco).
  2. Marcelo Oliveira: multi-campeão, o treinador chegou ao Fluminense como um medalhão. Dentro de campo, porém, o time não jogou bem. Com uma campanha sofrível. O Flu de Oliveira acumulou o maior período sem marcar gols na história do clube. Ao final, Marcelo conquistou 28 pontos em 25 jogos: 37,3% de aproveitamento.
  3. Roger Machado: com um dos elencos mais caros e completos do Brasil, Roger saiu do Palmeiras quando o time acumulou três derrotas seguidas e ocupava o sexto lugar. Com o time que o treinador tinha em mãos, os resultados conquistados no Brasileirão eram considerados insatisfatórios, tanto pela imprensa, quanto pela diretoria do clube. Saiu com 51% de aproveitamento, depois de conquistar 23 pontos em 15 jogos.

Revelações

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  • Odair Hellmann: prata da casa, o treinador fez toda sua carreira como treinador no Internacional. A estreia no profissional foi na Série B, em 2017, quando substituiu Guto Ferreira. Apesar de não conquistar o título da segundona, em sua temporada de estreia Hellmann acabou a Série A em terceiro lugar, após uma campanha memorável. Terminou o ano com 60% de aproveitamento: 69 pontos em 38 jogos. Com Renato Gaúcho e Mano Menezes, Odair complementa o trio de técnicos que não trocou de clube na primeira divisão.
  • Tiago Nunes: é um dos casos de treinadores “de formação”. Em outras palavras, Nunes nunca foi jogador de futebol. Iniciou sua carreira em 2005, com apenas 25 anos, quando dirigiu o São Luiz. Em 2013 comandou o sub-23 do Grêmio, até que assumiu a mesma categoria no Atlético-PR, no último ano. Passou para o time principal após a demissão de Fernando Diniz. Pegou o time na zona de rebaixamento e brigou por Libertadores até a última rodada.
  • Maurício Barbieri: com 37 anos, o jovem treinador é outro exemplo de técnicos sem passado como jogador profissional. Barbieri teve uma das demissões mais discutidas do campeonato: mesmo sem ter acabado o Brasileirão na direção de nenhum time, Maurício Barbieri tem um dos melhores aproveitamentos 61,5%, atrás somente de Felipão e Dorival.

Piores

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  • Jair Ventura: diversos treinadores tiveram um aproveitamento pior do que Jair. Mas nenhum deles, com dois times de ponta. O treinador assumiu o Santos em janeiro, depois de 37 jogos (14V, 9E, 14 D), deixou o clube. Assumiu o Corinthians para melhor os resultados de seu antecessor, Osmar Loss. Conseguiu o que parecia impossível. Sua passagem no Timão chegou ao fim com 31% de aproveitamento, o pior desde 2007.
  • Rogério Micale: campeão olímpico com a Seleção Brasileira, Micale deixou a desejar e fez uma das piores campanhas da história do Campeonato Brasileiro. À frente do Paraná, o técnico conquistou 14 pontos, em 18 jogos. Aproveitamento de apenas 25,5%.
  • Claudinei Oliveira: o treinador passou por três clubes em 2018, todos da Série A, todos lutando para não cair: Sport, Paraná e Chapecoense. Não emplacou em nenhum. Seu aproveitamento, combinando todos os jogos, é de 26,4%.

Melhores

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  • Tiago Nunes: já na lista de revelações, Nunes merece ser colocado entre os melhores. Graças à filosofia de jogo implementada pelo treinador, o Atlético-PR, com todas as suas limitações de elenco, saiu da degola e por três pontos não terminou no G6. Em 26 jogos, conquistou 48 pontos. Mesma campanha de Barbieri: 61,5% de aproveitamento.
  • Felipão: recordista absoluto de títulos no Brasil, o retorno de Scolari ao Palmeiras foi essencial para a conquista alviverde. Em 22 jogos, Felipão não teve nenhum derrota. Um aproveitamento recorde de 81,8% e levou o Palmeiras ao melhor turno da história dos pontos corridos. Com a temporada de 2018, Luiz Felipe Scolari carimbou seu nome com ainda mais força entre os melhores treinadores brasileiros da história.
  • Dorival: assumiu o  Flamengo em um momento de risco, na quarta posição do campeonato. Não à toa, chegou com um contrato com validade até o fim da temporada. Fez o trabalho como poucos: reergueu o time, controlou as crises internas e brigou pelo título até a penúltima rodada, quando o Palmeiras garantiu o título ao vencer o Vasco. Terminou o Brasileirão com 66,7% de aproveitamento, atrás apenas do treinador campeão brasileiro. A permanência para 2019 é incerta, mas não descartada.