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Calciopédia

·07 de junho de 2024

Os melhores da Serie A 2023-24

Imagem do artigo:Os melhores da Serie A 2023-24

Não é difícil descobrir qual equipe teve mais representantes na nossa seleção da Serie A. A Inter dominou a edição 2023-24 da competição de ponta a ponta, fez uma das cinco campanhas mais sólidas da história e conquistou o seu vigésimo scudetto, que lhe dá direito de ostentar duas estrelas acima do seu brasão. Obviamente, cedeu o maior número de atletas para o time ideal do torneio, escolhido pela Calciopédia.

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De praxe, costumamos convidar os mais prestigiados jornalistas esportivos e blogueiros especializados no futebol italiano para elegerem a seleção da temporada e aqueles que obtiveram maior destaque em oito categorias. Dessa vez, entretanto, fomos mais modestos e fizemos uma escolha interna.


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Ao longo da semana, nos dedicamos a uma retrospectiva de duas partes com avaliações sobre as equipes que participaram da competição – leia aqui e aqui. Agora, é hora de premiar os melhores. Vamos conferir quem foram os grandes craques da Serie A, então?

Seleção da Serie A 2023-24

Di Gregorio (Monza); Pavard (Inter), Bremer (Juventus), Bastoni (Inter); Pulisic (Milan), Barella (Inter), Çalhanoglu (Inter), Koopmeiners (Atalanta), Dimarco (Inter); Martínez (Inter), Zirkzee (Bologna).

Menções honrosas

Goleiros: Carnesecchi (Atalanta), Falcone (Lecce), Sommer (Inter) e Skorupski (Bologna); Laterais/alas: Bellanova (Torino), Cambiaso (Juventus), Darmian (Inter), Hernandez (Milan), Posch (Bologna), Ruggeri (Atalanta) e Zappacosta (Atalanta); Zagueiros: Beukema (Bologna), Buongiorno (Torino), Calafiori (Bologna), Danilo (Juventus), Gatti (Juventus), Lucumí (Bologna) e Scalvini (Atalanta); Meias: Bonaventura (Fiorentina), Colpani (Monza), Cristante (Roma), Ferguson (Bologna), Gudmundsson (Genoa), Guendouzi (Lazio), Loftus-Cheek (Milan), McKennie (Juventus), Mkhitaryan (Inter), Paredes (Roma), Pellegrini (Roma) e Reijnders (Milan); Atacantes: De Ketelaere (Atalanta), Dybala (Roma), Felipe Anderson (Lazio), Giroud (Milan), Lookman (Atalanta), Lukaku (Roma), Orsolini (Bologna), Osimhen (Napoli), Rafael Leão (Milan), Scamacca (Atalanta), Soulé (Frosinone), Thuram (Inter), Vlahovic (Juventus) e Zapata (Torino).

Lautaro Martínez

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Martínez, da Inter (Getty)

Prêmios: melhor jogador e melhor atacante

Essa foi óbvia, não é? Capitão, artilheiro e principal jogador da campeã italiana, Lautaro não teve concorrência para ganhar os seus dois prêmios. Martínez fez dois terços de Serie A espetaculares, com atuações fantásticas contra adversários como Fiorentina, Atalanta e Lazio, sem falar nos quatro gols que marcou contra a Salernitana em menos de meia hora, e se deu ao luxo de anotar apenas uma vez nas 12 últimas rodadas – nem assim teve a artilharia da competição ameaçada. O argentino, a propósito, sempre foi um atacante capaz de jogar bem mesmo sem precisar colocar a pelota na casinha, por ser muito produtivo para a equipe em ambas as fases do jogo. De qualquer forma, foi o goleador do campeonato, com 24 bolas nas redes, levantou a taça que representava a segunda estrela para a Inter e também foi eleito como MVP da temporada pela liga. Barba, cabelo e bigode.

Entre os atacantes, também mereceram destaque nomes como Marcus Thuram, colega de Lautaro na Inter; Joshua Zirkzee, grande nome do surpreendente Bologna; os milanistas Olivier Giroud, Christian Pulisic e Rafael Leão, pela alta produtividade; Dusan Vlahovic, capaz de ser vice-artilheiro da Serie A mesmo numa Juventus opaca; e Gianluca Scamacca e Charles De Ketelaere, pilares de uma Atalanta histórica. Na briga pelo prêmio de melhor do campeonato, ficaram atrás de Martínez outros nerazzurri, como Alessandro Bastoni, Hakan Çalhanoglu e Nicolò Barella.

Michele Di Gregorio

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Di Gregorio, do Monza (Getty)

Prêmio: melhor goleiro

Nesta posição, tivemos a maior disputa da lista. E, contrariando o protocolo, começamos falando sobre o segundo colocado em nossa avaliação. Yann Sommer foi um dos destaques da fortíssima defesa da Inter, campeã da Serie A com apenas 22 gols sofridos e 21 clean sheets – o suíço levou 19 desses tentos e esteve presente em 19 das partidas em que as redes da Beneamata ficaram intactas. Porém, a fortíssima retaguarda nerazzurra e o domínio que a dona do scudetto estabeleceu em muitos de seus duelos levaram o arqueiro a trabalhar pouco em diversos momentos.

Não foi o que ocorreu com Di Gregorio, em trajetória ascendente desde que estreou na Serie A. Como não tinha a sua frente a mesma muralha que Sommer, efetuou 47 intervenções a mais do que seu colega. Mesmo assim, não foi vazado em 14 dos 33 jogos que fez pelo Monza, tendo sido fulcral para que os números citados anteriormente fossem estabelecidos. Seguro e plástico, o tigre se destacou de forma contínua, produzindo defesas espetaculares. Como na 14ª rodada, quando saltou num canto para pegar pênalti cobrado por Vlahovic e, na sequência, voou no oposto para espalmar nova finalização do sérvio para escanteio. Além dos dois goleiros citados, também se destacaram Marco Carnesecchi (Atalanta), Wladimiro Falcone (Lecce) e Lukasz Skorupski (Bologna).

Alessandro Bastoni

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Bastoni, da Inter (Getty)

Prêmio: melhor zagueiro

O prêmio é de melhor zagueiro, mas Bastoni poderia ter concorrido – com chances de vencer – aos postos de craque da lateral ou da meia cancha da Serie A. Afinal, no time de Simone Inzaghi, alguns jogadores executam várias funções diferentes daquelas que aprenderam a desempenhar em seus processos formativos como atletas. Basto, como é carinhosamente chamado, foi um desses que realizou tais tarefas com primor: além de ter sido quase intransponível no setor esquerdo da defesa, foi muito ativo na criação, em parceria com Federico Dimarco. No fim das contas, forneceu três assistências, marcou um gol e também foi eleito pela liga como principal defensor de 2023-24. Outros grandes beques da temporada foram Benjamin Pavard (Inter), Bremer (Juventus), Alessandro Buongiorno (Torino) e Riccardo Calafiori (Bologna).

Federico Dimarco

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Dimarco, da Inter (AFP/Getty)

Prêmio: melhor lateral/ala

Barbada. Num ano em que Théo Hernandez conviveu com lesões, jogou como zagueiro e teve dificuldades ao lado de toda a defesa do Milan, Dimarco esteve tão solto que até gol do meio-campo fez – contra o Frosinone. Peça fundamental para o funcionamento do 3-5-2 de Inzaghi, o ala canhoto anotou cinco tentos, forneceu seis assistências e se consolidou como um dos principais nomes de sua posição no futebol mundial e titular absoluto da seleção italiana. Outros laterais que se destacaram em 2023-24 foram Andrea Cambiaso (Juventus), Matteo Darmian (Inter) e Raoul Bellanova (Torino). Todos, a propósito, estarão à disposição de Luciano Spalletti na Euro. Está mal servida a Nazionale?

Hakan Çalhanoglu

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Çalhanoglu, da Inter (Getty)

Prêmio: melhor meio-campista

Outra barbada – apesar da fortíssima concorrência. Desde que trocou o Milan pela Inter a custo zero, Çalhanoglu virou outro jogador. Sobretudo após ser recuado em campo e assumir o posto de maestro nerazzurro, anteriormente ocupado por Marcelo Brozovic. Metrônomo da equipe, dita o ritmo como poucos no futebol mundial e é uma peça fundamental para o funcionamento da Beneamata. Também é impecável a partir da marca da cal, algo importantíssimo para um time que tem elevado volume de jogo, pisa frequentemente na grande área adversária e que, por isso, conquista muitas penalidades. Um dos vice-artilheiros da campeã, com 13 gols, o turco guardou 10 de pênalti e também foi eleito pela liga como melhor meia de 2023-24. Outros nomes que fizeram temporadas brilhantes foram Nicolò Barella e Henrikh Mkhitaryan, seus colegas de clube, Teun Koopmeiners (Atalanta), Lewis Ferguson (Bologna), Albert Gudmundsson (Genoa) e Ruben Loftus-Cheek (Milan).

Bremer

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Bremer, da Juventus (Getty)

Prêmio: melhor jogador brasileiro

Temos um bicampeão. Melhor brasileiro da Serie A em 2021-22, quando também foi escolhido como melhor zagueiro do campeonato, Bremer repetiu o elevado nível de desempenho e liderou a forte defesa da Juventus, segunda menos vazada do certame. Implacável na força física, impecável no posicionamento e soberano nas bolas aéreas, o baiano ainda marcou três gols na competição. Entre a turma verde e amarela, também se destacaram ao longo do ano o capitão Danilo, seu colega na Velha Senhora, Éderson (Atalanta), Carlos Augusto (Inter) e Felipe Anderson (Lazio).

Simone Inzaghi

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Inzaghi, da Inter (Getty)

Prêmio: melhor técnico

Numa temporada em que Thiago Motta, do Bologna, e Gian Piero Gasperini, da Atalanta, tinham tudo para faturarem o prêmio de melhor técnico, Simone Inzaghi não deixou. O altíssimo nível dessa disputa se reflete no fato de que a prata ficou com um profissional capaz de classificar à Champions League um time tido como concorrente ao meio da tabela e o bronze com um veterano que abocanhou mais uma vaga no principal torneio de clubes do continente ao mesmo tempo em que foi vice da Coppa Italia e campeão da Liga Europa. No lugar mais alto do pódio, a glória de quem deu a volta por cima, se reinventou, conquistou a segunda estrela para a agremiação que representa e encantou o mundo nesse processo.

Inzaghi chegou à Inter em 2021. Desde então, foi justamente contestado pelas muitas oscilações na Serie A, em oposição à solidez nos torneios de mata-mata. Simone recebeu a confiança da diretoria, apesar das críticas e dos contumazes pedidos de demissão feitos por parte da torcida, e teve suas convicções reforçadas pelo bom desempenho na Champions League e, em especial, na final contra o Manchester City.

Dali em diante, a sua equipe manteve a força defensiva que demonstrou com os ingleses: os nerazzurri foram apenas 22 vezes na Serie A, sendo míseras nove no primeiro turno. Ademais, Inzaghi intensificou o poderio do ataque. O técnico fez a Inter praticar um futebol envolvente, com transições eficazes e movimentos que remetem ao totaalvoetbal holandês. Dessa forma, faturou o scudetto com uma das cinco melhores campanhas da história do campeonato e um saldo de gols superior à quantidade de tentos anotados por 17 das outras 19 participantes da competição. Ficou difícil para a concorrência batê-lo.

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