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·10 de setembro de 2024

“Os custos estão descontrolados no Benfica”

Imagem do artigo:“Os custos estão descontrolados no Benfica”

SL Benfica com resultados negativos em dois dos últimos três anos

A situação financeira do Benfica está a gerar preocupação, não apenas pelos resultados desportivos, mas também pelo défice significativo apresentado no mais recente Relatório e Contas da SAD, onde se registou um prejuízo de 31,4 milhões de euros em 2023/24. Diogo Luís, antigo jogador e comentador, sublinhou ao jornal A Bola que os custos no clube estão “descontrolados” e que esta tendência negativa tem vindo a repetir-se.

Desde que Rui Costa assumiu a presidência, o Benfica registou resultados negativos em dois dos últimos três anos, o que levanta questões sobre a gestão financeira. Apesar das justificações da direção, que apontam para um fecho de mercado que impediu algumas vendas importantes, Diogo Luís ressalta que este tipo de raciocínio apenas adiaria os problemas para o futuro.


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Um dos pontos mais críticos mencionados por Diogo Luís é o aumento da dívida líquida do clube, que passou de 92 milhões de euros em 2019/20 para 210 milhões atualmente. Mesmo com vendas significativas de jogadores como João Félix (126 milhões), Enzo Fernández (121 milhões), Darwin Núñez (75 milhões) e Gonçalo Ramos (65 milhões), o clube continua a enfrentar dificuldades financeiras.

A necessidade de vender jogadores tornou-se imperativa para a estabilidade do clube, mas Diogo Luís alerta que apenas a venda de dois ou três jogadores com grande valor de mercado poderá ajudar a equilibrar as contas. No entanto, tal enfraqueceria a equipa desportivamente, criando um ciclo difícil de romper, pois a construção de um plantel competitivo se tornaria ainda mais desafiante.

A pressão financeira aumenta, com o passivo corrente a rondar os 209 milhões de euros, e o ativo a situar-se apenas nos 100 milhões. Estes números revelam uma discrepância que causa uma pressão adicional na estrutura do clube, especialmente no curto prazo, com as receitas da Liga dos Campeões e as vendas de jogadores a tornarem-se cada vez mais cruciais.

«A situação é preocupante, pois tem sido uma tendência. Com Rui Costa como presidente, o Benfica teve saldo negativo em dois dos últimos três anos. Os custos estão descontrolados. A justificação de que o mercado fechou e que se o Benfica tivesse vendido depois do mercado teria um resultado muito melhor, pode ser verdade, mas iria condicionar o próximo ano. Neste Relatório e Contas, o ponto fundamental é a dívida líquida e as pessoas podem ir à página 36 e vão deparar-se com um aumento exponencial de 92 milhões de euros para 210, desde a época 2019/20 até ao presente. A justificação é de que essa dívida foi feita para investir no futebol profissional, mas estamos a falar de um período em que o clube vendeu João Félix (126 milhões, Enzo Fernández (121 milhões), Darwin Núñez (75 milhões de euros, mais 25 milhões por objetivos), Gonçalo Ramos (65 milhões), entre outros. Este ano, a venda do João Neves demonstrou a falta de liquidez para pagar ordenados de jogadores, fornecedores», detalha Diogo Luís ao jornal A Bola, indo mais longe na análise. O passivo corrente do Benfica ronda os 209 milhões de euros, ao passo que o ativo está nos 100 milhões de euros. As dívidas do Benfica a um ano são o dobro do que vai receber e isso causa uma enorme pressão e a solução passa pela venda de jogadores. Mas, atenção: já não basta vender um jogador, mais a receita da Liga dos Campeões. E mesmo vendendo dois jogadores, há que escolher muito bem quem são. Por exemplo, João Neves e David Neres não iam permitir ao Benfica um resultado positivo. Estes dois mais um Marcos Leonardo já poderá equilibrar. Tudo isto deve alertar os adeptos benfiquistas, pois a venda de jogadores implicará, consequentemente, a construção de uma equipa mais frágil desportivamente», disse.

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