PL Brasil
·11 de abril de 2020
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·11 de abril de 2020
Todos sabemos que a Premier League é extremamente multicultural. Centenas de nacionalidades são vistas ao redor do país inteiro durante a temporada do campeonato inglês. E é visível o aumento de jogadores africanos no decorrer dos anos.
E por conta da suspensão das rodadas devido ao coronavírus, a PL Brasil decidiu listar os cinco melhores jogadores africanos desta temporada, levando em conta as 29 rodadas disputadas até agora.
Mahrez chegou como a contratação badalada (e única) do Manchester City em 2018, dois anos depois de ser campeão inglês com o Leicester. O meia chegou para ocupar o lado direito ofensivo do time, mas não rendeu o esperado no primeiro momento.
Apesar dos altos e baixos, Mahrez vem sendo nesta temporada de 2019/2020 um décimo segundo jogador. Não começou tantas partidas assim – foram 15 em 29 rodadas, mas o seu desempenho, ao entrar no decorrer dos jogos, é bem melhor que nos anos anteriores.
Um bom exemplo disso foi o clássico contra o Manchester United. O camisa 26 entrou no segundo tempo, criou uma grande chance e deu muito trabalho para Luke Shaw. O time, sem dúvidas, melhorou naquela partida com a sua presença, por mais que tenha perdido por 2 a 0.
Além de ter disputado uma partida a mais como titular que no ano passado, já igualou o número de gols e dobrou o número de assistências, por exemplo. É o terceiro jogador com mais passes para gol no campeonato.
Outro ponto a favor do argelino é a má fase de Bernardo Silva, concorrente da vaga. O português que foi um dos melhores em 2018/2019 não está repetindo as boas atuações de antes, abrindo espaço para Mahrez se destacar.
Um dos melhores jogadores africanos do momento, o nigeriano chegou para substituir um francês em 2017. Ndidi foi a peça de reposição encontrada pelo Leicester depois da saída de N’Golo Kanté. Claro que nem Ndidi e nem Leicester repetiram o feito de Kanté e do time em 2016, mas o volante não decepciona.
Muito pelo contrário. Apesar de não ter a mesma qualidade para sair com a bola do atual volante do Chelsea, Ndidi é uma máquina de desarmes. Nesta edição da Premier League, de 125 botes realizados, ele acertou 91.
Nesta estatística, só perde para dois jogadores na temporada: seu companheiro de time, Ricardo Pereira (119) e Aaron Wan-Bissaka (99). O bom desempenho dos Foxes também salienta as qualidades do camisa 25. Ele é peça importante no modelo de jogo aplicado por Brendan Rodgers.
Como a equipe é adepta da posse de bola, Ndidi é quem luta para recuperá-la na maioria do tempo. O esforço é conjunto, mas o papel do nigeriano à frente da zaga é essencial para a recuperação rápida e para o início de uma transição ofensiva também veloz.
Além de tudo isso, é o atual líder em interceptações do time (61) e o terceiro em duelos aéreos, atrás apenas dos zagueiros. Portanto, se o Leicester tem uma das melhores defesas da competição até agora, passa muito pelo “filtro” de Ndidi.
Auba, como é carinhosamente chamado, foi artilheiro no Borussia Dortmund e vem repetindo o feito no Arsenal. Ele aterrissou em Londres em janeiro de 2018 e, desde então, está demonstrando o seu faro de gol. É hoje um dos melhores jogadores africanos da sua geração.
Se em 2019 foi um dos artilheiros (junto com os outros dois africanos da lista), em 2020, disputa com Jamie Vardy o título de maior goleador da Premier League. Até agora, o gabonês anotou 17 gols contra 19 do inglês.
Desde que chegou, Aubameyang foi quem mais marcou gols pelos Gunners. Mesmo tendo passado por três técnicos diferentes (Arsène Wenger, Unai Emery e Mikel Arteta), sua eficiência não diminuiu. Pelo contrário, aumentou.
Atualmente, é a referência no ataque do time londrino, tomando a frente de Alexandre Lacazette, por exemplo. Por mais que os dois possam jogar juntos, a preferência vem sendo pelo gabonês.
Aliás, quando Auba e Laca jogam juntos, é necessário um ajuste tático: Aubameyang cai pela ponta esquerda enquanto Lacazette atua centralizado. O fato é que o poder de fogo dos Gunners aumentou muito com sua chegada e nesta temporada o efeito é ainda mais perceptível.
Por mais que esteja longe de repetir a fantástica temporada de estreia, Mo Salah ainda está entre os melhores jogadores da liga. É o grande nome do Liverpool e, talvez, quem tenha maior mídia.
O egípcio é o segundo jogador que mais finalizou no campeonato (um chute a menos que Raúl Jimenez) e, consequentemente, é o artilheiro do time (16 gols). A campanha dos Reds com apenas uma derrota passa pelos pés dele.
Seu poder de decisão, que já era grande, foi amplificado e se mantiver o nível, será novamente o artilheiro do Liverpool. Sem contar que briga pela artilharia do campeonato também. Afinal, está apenas um gol atrás de Aubameyang, o vice-colocado.
O verso “running down the wings” (correndo pelas pontas), como diz a canção dos torcedores, revela o seu posicionamento e por onde desequilibra. Isso não mudou. O que está diferente é a frequência que aparece dentro da área.
Com uma finalização apuradíssima, Salah é o alvo final das jogadas. Ou seja, o Liverpool constrói para ele completar. Apesar de ocupar o lado direito frequentemente, por conta de sua fome de gols, sempre dá as caras no terço final para concluir.
Quando se falava em Liverpool, quem ganhava destaque era Salah, Roberto Firmino e até mesmo Alisson. Porém, com um trabalho humilde e quieto, Mané começou a mostrar em números o quanto é vital para este time ser vencedor.
Na temporada passada, terminou como um dos artilheiros. Foram 22 gols. Nesta, já são 14 e mais sete assistências (atrás apenas de Trent Alexander-Arnold). E poderia ser melhor. Dos atacantes do time, é o segundo que mais chances claras perdeu e que mais ficou em impedimento.
Em compensação, Mané é o melhor do trio ofensivo em questão de botes. Foram 36 botes certos, mostrando que ele participa ativamente do processo de recuperação de posse. E muito mais que isso. É possível elencar uma lista de qualidades que tornam o senegalês o principal atleta para o funcionamento da equipe.
Primeiro, podemos citar a velocidade aliada ao fôlego. É uma arma poderosa para os conta-ataques rápidos. Segundo, sua dedicação na marcação e na construção das jogadas. E por fim, seu poder de inventividade e decisão. Em pouco espaço, ele pode encontrar um drible ou uma finalização improvável, mas certeira.
Todos esses aspectos Mané vem demonstrando com muita regularidade nesta temporada e por isso é considerado o melhor africano desta edição de Premier League.
Concorda com a lista dos melhores jogadores africanos? Quem ficou faltando?