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·10 de julho de 2020
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Gols, títulos, amor à camisa… De diferentes formas, grandes jogadores marcaram seus nomes na história do Sheffield United e viraram ídolos. A PL Brasil lista abaixo 10 grandes lendas dos Blades.
A lista de ídolos do Sheffield United começa com Brian Deane. O atacante inglês iniciou sua carreira no clube Doncaster Rovers em 1985. Porém, sua história mais marcante aconteceu enquanto vestia a camisa dos Blades. Foi de Deane o primeiro gol marcado na Premier League, em 1992, contra o Manchester United. Na ocasião, a equipe venceu por 2 a 1.
Não é só por esse fato Deane reconhecido nas dependências do Bramall Lane. O inglês iniciou sua trajetória em 1988, quando o Sheffield United ainda estava na Terceira Divisão. Suas atuações auxiliaram bastante na ascensão meteórica do time para a elite do futebol na Inglaterra.
Outra história curiosa foi a do período em que Deane jogou no sacrifício sem saber. Ele estava se sentindo mal fazia algumas semanas e seu rendimento caiu drasticamente. O técnico na época, Dave Bassett, chamou o atacante para conversar e disse que ele “não era mais o mesmo”. Depois foi descoberto que Deane sofria de uma febre glandular, que o afetou por seis semanas.
Atualmente com 70 anos de idade, Tony Currie brilhou nos gramados do Bramall Lane entre as décadas de 1960 e 1980. Formado pelo Watford, o meio-campista inglês chegou ao clube na temporada 1968/1969. O time se encontrava na segunda divisão e, apesar das boas atuações de Currie, por lá permaneceu até 1971.
O ano da ascensão marcou o vice-campeonato do Sheffield United e a premiação de Currie como o melhor jogador daquela temporada, segundo o livro “Sheffield United – The Complete Record”. Ele esteve presente durante toda a campanha dos Blades na primeira divisão até a queda em 1975/1976, quando então se transferiu para o Leeds United e lá também se tornou um grande ídolo da torcida.
Em 2014, Tony Currie foi eleito o melhor jogador da história do Sheffield United. Em entrevista para o canal oficial do clube, o ex-jogador se mostrou feliz com o prêmio e mal conseguiu responder as perguntas iniciais sem gaguejar. Nos comentários do vídeo no YouTube é possível ver tanto a torcida dos Blades quanto a do Leeds elogiando Currie.
Nascido em Preston, Inglaterra, Alan Kelly começou sua carreira no principal clube da cidade em 1985. Na década dos anos de 1990, o goleiro fez duas grandes mudanças em seu carreira. A primeira foi adotar a nacionalidade irlandesa para jogar pela seleção do país. Já a segunda foi se mudar para o Sheffield United, o que o tornou em um dos grandes ídolos do clube.
Sua chegada se deu na temporada 1992/1993, quando os Blades ainda estavam na Premier League. Na principal divisão da Inglaterra, Kelly conseguiu ser titular absoluto fazendo 63 aparições e 17 clean sheets. Após a queda do Sheffield United, o goleiro permaneceu no clube até 1999 e sendo um pilar do time nesse período.
Kelly é lembrado como sendo um dos heróis da campanha da Copa da Inglaterra de 1997/1998, quando o time chegou à semifinal. Na partida contra o Coventry City, pelas quartas, o goleiro foi providencial na disputa de pênaltis. Sua passagem mais duradoura por um clube foi nos Blades, onde ficou por sete anos.
Já falamos nessa lista sobre um jogador que foi ídolo em dois clubes diferentes, Phil Jagielka também possui esse selo de qualidade. O zagueiro inglês foi formado nas categorias de base do Sheffield United e, em 2000, estreou pelos profissionais do clube. Foram sete anos de serviço até sua ida ao Everton.
O atleta fez parte da equipe que conseguiu a ascensão para a elite da Inglaterra depois de 12 anos disputando a segunda divisão. Foi eleito o melhor jogador do clube três vezes consecutivas, feito repetido somente por mais um jogador além de Jagielka. Uma dessas conquistas individuais se deu justamente na temporada de acesso, quando o time conseguiu o vice-campeonato da Championship.
Como ídolo do Sheffield United, o zagueiro deve finalizar sua carreira no clube. Após diversas temporadas a serviço dos Toffees, Jagielka retornou para os Blades na temporada 2019/2020. Com 37 anos, participou de poucas partidas. Apesar disso, não deixa de ser uma liderança no time que vem surpreendendo na Premier League sob o comando de Chris Wilder.
Keith Edwards é mais um atacante ídolo no Sheffield United. Com duas passagens expressivas pela equipe, o inglês contribuiu em dois momentos distintos na história do clube. A primeira passagem pelos Blades foi em 1975, quando ainda estava com 19 anos e o time se encontrava na primeira divisão do Campeonato Inglês. Ficou no clube até 1978/1979, tendo sido eleito melhor jogador do time em 1977.
Ao deixar o Sheffield United na segunda divisão, Edwards atuou pelo Hull City, onde foi artilheiro. Neste período, os Blades não conseguiram boas campanhas e, em 1981/1982, se encontravam na 4ª divisão (atual League Two). Foi nessa temporada que Keith fez seu retorno. Marcou 35 vezes na liga e foi peça essencial no título que deu acesso para a 3ª Divisão.
Sua segunda aventura no Sheffield United durou até a temporada de 1986/1987. Nesse período Edwards empilhou gols, foi eleito novamente o melhor da temporada do time e conquistou o recorde de 170 gols pela equipe. Em 2019, Edwards falou de forma descontraída sobre a possibilidade de Billy Sharp bater seu recorde em entrevista ao The Star: “Se alguém batê-lo, espero que seja Billy”.
Vamos voltar um pouco no tempo para trazer um ídolo “alternativo” do Sheffield United, mais especificamente para 1897. O ano citado foi o que deu início à campanha do único título dos Blades na primeira divisão do futebol inglês. Walter Bennett pode não ter sido o jogador mais influente da conquista, mas foi o artilheiro da equipe com 13 tentos marcados.
Naquela temporada, a equipe balançou as redes 56 vezes e Bennett contribuiu com pouco mais que um quinto deles. Peça-chave no título, o atacante inglês também esteve em duas das quatro Copa da Inglaterra conquistadas pelo Sheffield United na história: em 1898/1899 e 1901/1902. Na final em 1899, Bennett marcou um dos quatro gols contra o Derby Count.
Walter Bennet faleceu em 1908, aos 33 anos de idade. Apesar de novo, deixou sua marca na história do futebol em Sheffield. Parte de seus gols estão registrados no livro “The History of the English Football League: Part One – 1888-1930”.
Formado no Rotherham United, ídolo no Sheffield United. Esse é o resumo da vida futebolística de Paul Stancliffe. O zagueiro chegou aos Blades em 1983 e por lá ficou sete anos. O jogador viveu o período de baixos e médios do clube, flutuando entre a segunda e a terceira divisão. Apesar disso, foi um dos pilares e esteve no time que conseguiu o acesso à elite em 1990.
Enquanto Brian Deane era artilheiro, Stancliffe buscava dar assistência aos seus companheiros evitando de os adversários chegarem ao gol. Em 1986 e 1988, o zagueiro inglês foi eleito o melhor da equipe na temporada.
Sua importância para o clube é tamanha, que, em 2014, fez parte dos candidatos a maior capitão da história dos Blades. Acabou não vencendo, mas sua “derrota” se deu para o próximo integrante desta lista de ídolos do Sheffield United.
Com 63% dos votos, Chris Morgan foi eleito o maior capitão da história dos Blades. A eleição se deu no aniversário de 125 anos do clube, onde Tony Currie foi declarado o maior jogador da instituição. Morgan pode não ter sido o jogador que mais entrou em campo, título esse que fica para Joe Shaw, mas sua longevidade é de impressionar.
Vindo do Barnsley na temporada 2003/2004, aos 26 anos, Chris Morgan permaneceu no United até sua aposentadoria em 2012. Foi capitão no acesso para a Premier League de 2006/2007 e nela fez 24 partidas, marcando um gol e dando uma assistência.
Morgan poderia não ser o melhor defensor, mas representava o que os técnicos queriam dentro de campo. Isso e sua liderança no vestiário lhe deram uma longa vida em um clube onde os tempos já não era mais o da estabilidade do passado.
Voltemos novamente alguns bons 95 anos na história para falar de Harry Johnson, atacante inglês que passou pelo Sheffield United e esteve presente no título da Copa da Inglaterra de 1924/1925. Naquele ano, o inglês foi artilheiro da equipe e uma das referências do último título de grande expressão do clube.
Assim como a família Lampard tem história no West Ham, a Johnson teve sua tradição no Sheffield United. O pai de Harry, William Harry Johnson, fez parte da equipe campeã das duas primeiras Copas da Inglaterra e do Campeonato Inglês. Seu irmão Tom Johnson também jogou pelos Blades depois de 1928. Só com essa família daria para fazer uma lista de ídolos do Sheffield United, não?
Falamos da longevidade de Morgan, certo? Apesar dela ser relevante para a história do clube, nenhuma supera a de Alan Woodward. O atacante que costumava jogar pelos lados do campo iniciou sua carreira no Sheffield United em 1964. Sua passagem durou até 1978, quando deixou os Blades, aos 32 anos, para atuar nos Estados Unidos.
Para se ter uma ideia do tamanho de Woodward, apenas dois jogadores vestiram mais a camisa dos Blades em ligas do que o ponta. Em sua passagem, se tornou o maior artilheiro pós-Segunda Guerra Mundial com 158 gols. Tony Currie considera seu ex-companheiro de equipe como o melhor que já jogou ao lado. Quem mais para dizer isso do que um dos maiores ídolos do Sheffield United?
Independente de nunca ter sido convocado para a seleção, o inglês foi aquele típico jogador de apenas um clube. Daqueles que só deixam de vestir as cores que amam para desbravar o mundo em novas terras no fim da carreira.