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·07 de julho de 2020
Os 10 maiores ídolos da história do Everton

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·07 de julho de 2020
Gols, títulos, amor à camisa… De diferentes formas, grandes jogadores marcaram seus nomes na história do Everton e viraram ídolos. A PL Brasil lista abaixo as 10 grandes lendas dos Toffees.
Dixie Dean chegou ao clube em 1925, com 18 anos de idade. E aquele garoto vinha do Tranmere Rovers para se tornar um dos maiores ídolos do Everton. Em 12 anos nos Toffees, o atacante foi uma máquina de fazer gols, quebrar recordes e, claro, conquistar títulos. Em 431 jogos pelo clube, Dean marcou 383 vezes, o que dá a ele a marca de maior goleador do Everton de todos os tempos – e também do futebol inglês.
Além disso, durante a temporada 1927/1928, o atacante conseguiu fazer algo que vai ser difícil alguém superar: marcar 60 gols em apenas um único campeonato, o que rendeu ao Everton o título de campeão inglês. Curiosamente George Camsell, atacante do Middlesbrough, era o detentor deste recorde.
O Everton tem diversos ídolos, mas é difícil imaginar que alguém tenha sido maior do que Dixie Dean. Assim como a ‘Santíssima Trindade’, o eterno camisa 9 também tem uma estátua na frente do Goodison Park. Ao todo, ele conquistou dois campeonatos ingleses, uma Segunda Divisão, uma Copa da Inglaterra e duas Supercopas da Inglaterra. Pela seleção inglesa, marcou 16 gols em 18 jogos.
Brian Labone chegou ao clube como um adolescente de 17 anos, mas saiu como um dos maiores ídolos na história do Everton. O zagueiro participou da equipe principal de 1958 até 1971, disputando 530 jogos, o que o tornou o segundo jogador mais partidas pelo clube. Além disso, outra marca: o defensor atuou apenas no Everton durante toda a sua carreira.
Titular indiscutível do Everton durante este período, outro fator que engrandece Labone: ele é um scouser, batismo de quem é nascido e criado em Liverpool, conhecendo as tradições da cidade que são tão importantes para os dois clubes. Com a camisa dos Toffees, o defensor conquistou o Campeonato Inglês duas vezes, a Supercopa da Inglaterra e a Copa da Inglaterra uma vez. Seu último título foi na temporada 1969/1970, na qual foi o capitão do clube na conquista da liga.
Aos 31 anos, Labone decidiu se aposentar ao fim da temporada 1970/1971, por conta de uma lesão no tendão de aquiles. Foi o que impediu o defensor de seguir na sua carreira maravilhosa e dando orgulho aos torcedores do Everton. Pela seleção inglesa, o zagueiro disputou 70 jogos entre 1962 e 1970, mas não fez parte daquele time campeão de 1966 porque estava resolvendo os planos do seu casamento.
Quem viveu os anos 1960 e acompanhava futebol tem uma certeza: ninguém foi mais idolatrado do que Alex Young, um dos maiores ídolos do Everton. Ao todo, foram 268 jogos e 87 gols, além de três títulos: Campeonato Inglês, Copa da Inglaterra e Supercopa da Inglaterra.
Mas não foram apenas os troféus que colocaram o atleta no patamar de lenda do clube. Ele era um atleta com um estilo de jogo bastante refinado, com muita técnica e classe nas partidas. Mesmo sendo bastante idolatrado, era uma pessoa bem humilde, com personalidade tímida.
Com as boas atuações, Alex Young se tornou o ‘Gold Vision‘, que significa a visão de ouro em português, provando que as 40 mil libras pagas ao Hearts valeram e muito, embora alguns especialistas da época contestassem a contratação.
Mesmo com um começo difícil no Everton, Alex Young não desistiu e, ao seu jeito, deu a volta por cima e se tornou uma lenda do clube. Para muitos, o auge do atacante foi na conquista do Campeonato Inglês de 1962/1963, na qual marcou 22 gols naquela temporada e sendo fundamental no título.
O meio-campista nascido em Liverpool até chegou a experimentar os Reds durante a adolescência, mas em 1962 escolheu o lado azul e começou a caminhada para se tornar um dos maiores ídolos do Everton.
Criado dentro de um lar apaixonado pelos Toffees, Colin Harvey fez a sua estreia pelo clube em 1963, aos 18 anos, diante da Inter de Milão, no estádio do San Siro, em uma partida válida pela então Copa da Europa – atual Champions League.
Mesmo diante de 90 mil torcedores, o garoto não se intimidou. E foi provando ao longo dos anos que as boas atuações eram constantes, até assumir à titularidade em 1965. Daí em diante, marcou seu nome de vez na história do Everton. Ao lado de de Alan Ball e Howard Kendall, formou a ‘Super Trindade’ do meio-campo do clube, que tem uma estátua na frente do clube e é considerado o melhor trio de meias daquela geração.
Harvey era um meio-campista com muito controle de bola e qualidade no passe, esbanjando habilidade e técnica nas partidas. A torcida do Everton, por exemplo, o batizou de ‘The Withe Pelé’, o Pelé Branco em português – mesmo ele tendo jogado apenas uma partida pela seleção inglesa.
Ao todo, o lendário meia disputou 380 jogos e marcou 24 gols – não balançava muito as redes -, além de ter conquistado uma Copa da Inglaterra, uma Supercopa da Inglaterra e um Campeonato Inglês.
Alan Ball já tinha boas atuações no Blackpool, mas só após conquistar a Copa do Mundo com a Inglaterra em 1966 que foi para os Toffees. À época, se tornou a transferência mais cara do futebol inglês: 112 mil libras. Mas esse valor se mostrou irrisório diante do seu desempenho: um dos maiores ídolos do Everton.
Ball era um jogador fantástico, com muita qualidade e que tinha o DNA da vitória circulando dentro do seu corpo. Um meio-campista completo, com muita técnica, confiança e também um desejo enorme pela vitória. Não admitia perder e para isso batia de frente com qualquer um em busca dos seus objetivos.
Dentro de campo, Ball foi peça fundamental no título do Everton no Campeonato Inglês de 1969/1970. Além disso, também venceu a Supercopa da Inglaterra meses depois. Ao todo, foram 249 jogos e 78 gols marcados – 56 nas três primeiras temporadas. Para muitos, é o mais habilidoso da ‘Santíssima Trindade’ que encantou o mundo e tem estátua na frente do Goodison Park. Pela Inglaterra, oito tentos em 72 jogos.
Após se destacar no Preston North End, Howard Kendall assinou com o Everton em 1967 por 80 mil libras. O meio-campista até chegou a negociar com o Liverpool, mas ele foi convencido pelo técnico Harry Catterick e fechou com os Toffees. Aos 20 anos, o garoto chegava para fazer história no Everton.
Ao lado de Alan Ball e Colin Harvey, completou a ‘Santíssima Trindade’ com muita maestria e classe. Era um trio que se completava e, por conta disso, é rotulado como a melhor combinação de um meio-campo daquela geração. Mesmo tendo na visão de jogo e nos lançamentos as suas principais qualidades, Kendall também contribuía defensivamente.
Com Kendall, o Everton foi melhorando e o ápice veio na conquista do Campeonato Inglês de 1969/1970, além der vencido a Supercopa da Inglaterra meses depois. Ao todo, foram 272 jogos e 29 gols marcados pelo jogador que também tem uma estátua na frente do Goodison Park.
Anos depois, já como treinador, Kendall retornou ao Everton para fazer história novamente: duas vezes campeão inglês, uma vez da Recopa Europeia e da Copa da Inglaterra, além de ter levantado a taça da Supercopa quatro vezes como técnico.
Um dos maiores ídolos do Everton chegou ao clube em 1977, mas só foi estrear profissionalmente em 1980, diante do Manchester United, aos 20 anos, e se tornou peça do time principal apenas em 1982. Começou tendo aparições na lateral-esquerda, mas foi na zaga que Kevin Hatcliffe se tornou o capitão mais vitorioso da história do clube e um dos maiores que já vestiram a camisa dos Toffees.
Em 1983, sob o comando do lendário Howard Kendall, Hatcliffe se tornou capitão do Everton, marcando uma era não apenas pessoal, mas também que simboliza o retorno do clube ao período das glórias. Ao levantar o troféu da Copa da Inglaterra de 1984, ele se junta ao lendário zagueiro Bobby Moore como os capitães mais jovens a erguerem a taça.
Com muita solidez, liderança e simplicidade, Hatcliffe colecionou taças: ao todo, conquistou duas vezes o Campeonato Inglês, quatro vezes a Supercopa da Inglaterra e uma vez a Copa da Inglaterra e a Recopa Europeia. Entre 1980 e 1992, o zagueiro galês disputou 459 jogos e marcou dois gols.
Após uma boa temporada no Bury, Neville Southall assinou com o clube em 1981. Mas o caminho foi duro até se tornar um dos ídolos do Everton. Isso porque logo em seu primeiro ano nos Toffees, o goleiro não conseguia ter atuações consistentes e, para completar, era o titular na goleada sofrida por 5 a 0 pelo Liverpool. Depois desse jogo, foi emprestado ao Port Vale.
Mas esse empréstimo fez bem ao goleiro. Isso porque ele, mais maduro e adaptado à liga, retornou ao Everton em 1983 para ficar de vez. Daí em diante, foi escrevendo capítulos para se tornar o maior goleiro da história do clube. Com reflexos impressionantes e técnica refinada, conseguia se mostrar um goleiro completo.
Além das habilidades técnica, Southall também era um goleiro com muita liderança dentro de campo. Entre 1981 até 1997, ele disputou incríveis 750 jogos pelo Everton, números que dão a ele o título de jogador com mais partidas na histórias do clube. Além disso, as conquistas coletivas também são grandes: duas vezes campeão inglês, duas Copas da Inglaterra, cinco Supercopas da Inglaterra e uma Recopa Europeia.
Era agosto de 1982 quando Bob Paisley, então técnico do Liverpool, decidiu vender o meia Kevin Sheedy por 100 mil libras, já que ele não tinha chances no elenco. Vendo uma boa oportunidade, os Toffees pagaram ao rival e trouxeram o jogador, que chegaria para ser um dos maiores ídolos do Everton.
Atuando como um meia aberto pela esquerda, Sheedy foi provando que as 100 mil libras pagas ao rival eram irrisórias diante do seu talento. Com uma canhota apurada, o irlandês era uma grande peça criativa naquele elenco vitorioso do Everton. Além da qualidade nos chutes de fora da área, também tinha a imprevisibilidade tão necessária para um setor ofensivo.
Sheedy viveu uma das eras de ouro do Everton, na qual o time conseguiu vencer quatro Supercopas da Inglaterra e dois Campeonatos Ingleses, além de uma Copa da Inglaterra e uma Recopa Europeia. Ao todo, o dono do pé canhoto que deu muitas alegrias ao torcedor do Everton fez 92 gols em 338 jogos.
Em novembro de 1983, já com a temporada 1983/1984 em andamento, o então técnico do Everton, Howard Kendall, resolveu apostar no atacante escocês Andy Gray, que não vivia os seus melhores dias nem fisicamente e tecnicamente. No entanto, aquela contratação que à época custou 250 mil libras e foi motivo de questionamentos, se tornou uma das maiores da história do clube.
A chegada de Gray ao Everton mexeu com a motivação do elenco, que voltou a jogar muito bem após a transferência do atacante. Mesmo com problemas nos joelhos, o escocês impressionava com o seu faro de gol tanto nas cabeçadas como nos chutes. Seu impacto foi imediato e a parceria com Graeme Sharp levou os Toffees ao título da Copa da Inglaterra de 1984, com um gol de cada na vitória diante do Watford.
Na temporada seguinte, Gray acabou se lesionando e perdeu alguns jogos da liga. Na volta, ficou na reserva de Adrian Heath. Mas ele foi recuperando sua melhor forma e, ao lado de Graeme Sharp, conduziu o Everton ao título inglês.
No fim do campeonato, o técnico Kendall quis reforçar o ataque trazendo Gary Lineker. E isso resultou na saída de Andy Gray para o Aston Villa. Ao todo, escocês fez 22 gols em 61 jogos.