Esporte News Mundo
·13 de agosto de 2025
Opinião: PSG mantém hegemonia no futebol europeu, mas segue devendo no cenário mundial

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·13 de agosto de 2025
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O Paris Saint-Germain iniciou a temporada 2025/26 com o pé direito ao conquistar a Supercopa Europeia contra o Tottenham. O título, além de coroar o bom momento da equipe, reforça a posição dominante do clube no futebol europeu. A vitória veio poucos meses depois da conquista da UEFA Champions League 2024/25, quando o PSG superou a Inter de Milão em uma campanha praticamente impecável.
O desempenho na última Champions League foi um ponto de virada para o time parisiense. Depois de anos batendo na trave, o elenco conseguiu encontrar equilíbrio entre o talento individual e a organização coletiva. Jogadores de alto nível entregaram atuações consistentes, e o técnico soube extrair o máximo de cada peça, desde os nomes mais badalados até atletas de funções mais discretas.
Esse sucesso levou o clube a disputar a Copa do Mundo de Clubes, torneio que reúne as melhores equipes de cada continente. E foi aí que, apesar de todo o embalo, o PSG voltou a encontrar obstáculos que já se tornaram um padrão em sua história recente.
Na competição global, o Paris Saint-Germain registrou uma boa campanha no geral, perdendo apenas dois jogos. Contudo, as derrotas vieram nos momentos mais simbólicos. A primeira, ainda na fase de grupos, foi para o Botafogo, em um resultado que surpreendeu pela forma como o time brasileiro conseguiu neutralizar o poder ofensivo dos franceses. Embora tenha se classificado sem grandes sustos, o tropeço serviu como alerta para o fato de que o PSG ainda encontrava dificuldades para lidar com estilos de jogo diferentes do padrão europeu.
O golpe mais duro, no entanto, veio na final. O Chelsea, representante da Inglaterra e rival tradicional nas competições da UEFA, impôs sua força e levou o título mundial. O PSG, mais uma vez, ficou com o vice-campeonato — uma posição desconfortável para um clube que investe tanto para se manter no topo.
O vice na Copa do Mundo de Clubes não apaga a trajetória de sucesso recente, mas reforça uma narrativa incômoda: a de que o Paris Saint-Germain domina o continente, mas não consegue traduzir esse domínio em supremacia global. Esse padrão já foi visto em outras grandes equipes que, por anos, foram praticamente inatingíveis em suas ligas e torneios regionais, mas tropeçavam diante de rivais de outras culturas futebolísticas.
O problema pode estar na adaptação. O futebol europeu é, em muitos aspectos, mais tático e posicional, enquanto torneios internacionais costumam trazer adversários com dinâmicas diferentes, muitas vezes mais diretas e imprevisíveis. Essa variedade de estilos exige do PSG uma flexibilidade que, por vezes, não aparece nos momentos mais críticos.
A boa notícia para os torcedores é que o clube está longe de viver uma crise. Pelo contrário, a temporada começou com mais um troféu, a moral segue alta e o elenco permanece entre os mais temidos do planeta. Porém, a obsessão por um título mundial é inegável. A diretoria, que já provou não medir esforços para conquistar seus objetivos, certamente analisará os erros cometidos para que, na próxima oportunidade, o final seja diferente.
No fim das contas, o Paris Saint-Germain vive uma fase que muitos clubes sonham em alcançar: é campeão europeu, detentor da Supercopa e presença constante em finais. Mas, para transformar seu status de potência em um legado que transcenda fronteiras, precisará derrubar a última barreira que o separa da perfeição — a conquista da coroa mundial.