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·18 de janeiro de 2021

OPINIÃO: Fingir que está tudo bem é o caminho para seguir na fila

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Mais preocupante que os últimos resultados (frustrantes) do São Paulo no Campeonato Brasileiro é o diagnóstico daqueles que deveriam mudar esse momento instável (pra dizer o mínimo). A coletiva do técnico Fernando Diniz após o empate em 1 a 1 contra o Athletico-PR foi mais um ponto fora da realidade: “Fizemos uma partida digna de campeão no segundo tempo, e o Daniel Alves só é questionado porque não ganhamos o jogo”.

Entendo totalmente a postura de não expor algum problema ou queda de rendimento, no entanto, esse time não será cobrado publicamente nunca? Vai perder uma chance única de sair da fila e entender isso como normal?


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Diniz, você entende mais de futebol que eu. Responda: Daniel Alves, Gabriel Sara e Igor Gomes têm merecido a cadeira cativa que você oferece? Será que o antigo conceito de “o campo fala” não serviria nesse momento? Alguns dirão que “não temos opções no banco”, mas foi esse mesmo treinador que teve a coragem de bancar Léo Pelé e Diego Costa como titulares na zaga, com bom desempenho durante um importante momento do campeonato.

E agora? O que justifica o Daniel Alves NUNCA ser substituído?

Diniz, você é um cara correto, trabalha umas 12 horas por dia no CT, sabemos disso. Então não jogue essa chance de ser campeão pela janela. Saia da prateleira dos técnicos promissores para a dos campeões. Se amanhã você decidir tirar do time, por exemplo, os três que citei acima, tenho certeza absoluta que o Muricy te apoia.

Muda o esquema, ninguém quer saber de jogar bem agora, a gente precisa desesperadamente ganhar. A vantagem de sete pontos derreteu e se transformou em apenas um. E ter mais posse de bola apenas não vai nos fazer campeões.

Essa é a prioridade e sei que você tem capacidade de mudar esse momento.

E por que não citei os jogadores?

Tenho cada vez menos paciência com eles. Jogador tira o pé quando um diretor sai, quando troca presidente, quando o bife tá mal passado, enfim, vivem num mundo encantado, mimado e cagam pra nós que, de verdade, amamos o clube. Foi assim em 2018 e se precisar ter palhaçada de novo, eles vão fazer.

O que eu espero é que aqueles com o mínimo de hombridade se matem em campo nos últimos jogos que faltam. São nove finais. Se tem salário atrasado, eu sinceramente acho um absurdo, mas não é perdendo o campeonato que a situação financeira vai se resolver. Se tem alguém mal emocionalmente, que assuma, que peça pra sair, que suma. Será que eles veem o Santos jogando?

Pra mim, o que importa é o São Paulo. Eu não estou nem um pouco interessado em frescura de quem ganha de R$ 100 mil a R$ 1,5 milhão por mês. É obrigação jogar, se matar, correr e tentar até o fim. Façam isso e depois aceitem as propostas que vão chegar, renovem contratos com valores mais altos, conquistem algo.

Ou sejam, de novo, reconhecidos como um time de pipoqueiros, amarelões e derrotados.

*A opinião do colunista não reflete a opinião do site

Foto: Rummens

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