OneFootball
Marcos Monteiro·15 de maio de 2020
In partnership with
Yahoo sportsOneFootball
Marcos Monteiro·15 de maio de 2020
Mais icônico do que o cabelo do Fenômeno na Copa de 2002, o Onefootball Debate está de volta. Dois ídolos que brilharam em seus times locais, se transferiram para gigantes europeus e fizeram história: Ronaldo Fenômeno e Cristiano Ronaldo.
Iguais até no nome, o talento de ambos sempre foi comparado. Mas é bom a discussão ficar por aqui: Carter Batista e Luana Maluf digladiaram sobre o tema e o resultado você vê a seguir. E aí, quem foi melhor, Fenômeno ou CR7?
Antes de mais nada: são duas lendas das maiores que vi jogar. Tive a sorte de acompanhar a carreira dos dois, desde o início. Sem mais delongas, fico com o Fenômeno.
Ronaldo, quando ainda era chamado de Ronaldinho, não chegou a ser promessa, ele já surgiu como realidade no Cruzeiro, marcando gols e realizando grandes jogos. No PSV e no Barcelona a carreira deslanchou numa curva acentuada. Venceu duas vezes a Copa do Mundo, e foi eleito o melhor jogador do Mundo com 19 anos, realmente um fenômeno.
Cristiano é o maior atleta do mundo hoje em dia e tem uma carreira mais longeva, mas Ronaldo conseguiu se reinventar depois de sofrer uma grave lesão no joelho e, na minha opinião, tinha mais talento, e muito mais habilidade que o português.
Talvez a gente passe a vida inteira comparando jogadores e tentando colocar na balança o talento natural versus o talento construído em cima de muito esforço. O que pesa mais? O que tem mais valor no fim das contas? São complementares, privilégio nosso poder ver de perto um criador de um método único e particular e uma criatura que parece presenteada com um dom sobrenatural – que fazia movimentos extremamente particulares em alta velocidade, capazes de entortar os maiores zagueiros do mundo.
Quem parava Ronaldo? Quando Cristiano vai parar? Ronaldo foi mais talentoso, mais mágico, genial; difícil desviar os olhos. Cristiano é mais completo, mais sobre-humano, mais regular; feito em laboratório. Maior para a história. Hoje, ambos no auge, fico com Cristiano – o preparo físico próximo à perfeição e o desempenho inesgotável me garantiriam títulos por muitos anos.
Foto: Andreas Rentz/Getty Images